Era preciso saber mais, muito mais,
sobre o plano de gestão camarária de Almeida Correia (que em Lisboa usa o
nome de Fernando Medina) para os próximos tempos. [...]
.
era vital que nos mostrasse caminhos
em vez de impedir ruas e acessos;
era essencial que nos fizesse sentir
todos cidadãos de primeira, e não habitantes de segunda ou terceira categoria.
Acima de tudo era fundamental que
nos dissesse que nós, lisboetas, somos a sua primeira e última prioridade, pois
hoje em dia facilmente nos sentimos estrangeiros na nossa cidade. Estrangeiros
no sentido mais estranho do termo, note-se. Estrangeiros, como se fossemos nós
os exóticos forasteiros e eles, os de fora, os verdadeiros e queridos
moradores.
( em “Nós, os
estrangeiros” por Laurinda
Alves)