escrever à direita, hoje!
Ou seja: o “aproveitar enquanto
é possível” porque, não tenham dúvidas, ao deixarmos instalar-se no poder um “maduro
e sus muchachos”, já estamos a caminhar para a Venezuela (e o 25 de Novembro já
não é possível!)
.
“Por estranho que possa parecer a um
observador esse mundo demencial longe de se ter extinguido, no final dos anos
80 espalhou-se qual mancha de óleo sobre as nossas vidas: os outrora militantes
tornaram-se activistas e muito devidamente instalados em gabinetes
universitários desataram a determinar assédios, homofobias, racismos e questões
de género. Tal como no passado: os meios justificam o seu fim na hora de provar
que ainda existe quem não concorde com as suas regras. Ou que não manifestando
uma discordância directa às vezes acusa num comentário à hora do café ou no
intervalo de uma reunião que algum recanto do seu cérebro ainda precisa de mais
um pouco de doutrina.” [...]
.
“É um erro fatal acreditar que basta
ignorar esta gente para não se ser afectado pelo seu zelo inquisitorial: o que
comemos, bebemos, vestimos, as palavras que ensinamos aos nossos filhos e os
brinquedos que damos aos nossos netos, tudo é pretexto para que imponham as
suas teses e executem a sua engenharia social.
Mais, são eles quem decide o que se
pode ou não discutir.
Durante anos trataram
depreciativamente como dramas de faca e alguidar o que depois fizeram uma causa
sua: a violência doméstica. Agora determinam que não se pode falar de questões
de segurança: é populismo, dizem. Um dia farão dos assaltos às casas uma
bandeira e logo toda a sociedade terá de ir a reboque do que de mais
destrambelhado lhe ocorrer propor. No caso da família e do sexo foi precisamente
isso que aconteceu: de início a luta pela igualdade entre homens e mulheres foi
vista como um desperdício burguês porque a igualdade que contava e da qual decorriam
todas as outras era a igualdade entre classes.” [...]