Quando a dimensão do
assalto a Tancos foi tornada pública, o PCP foi dos primeiros partidos a reagir,
mais ou menos à mesma hora em que o Costa fazia a mala para as férias em Palma
de Maiorca, o PCP emitiu um comunicado oficial muito duro, a pedir
«responsabilidades políticas».
Enquanto Costa se
mantinha em silêncio,
O ministro da Defesa
admitia que o material roubado viesse a «colidir com a nossa segurança»,
aceitando que poderia ir parar a redes terroristas e
O Presidente da
República fez declarações tonitruantes: era preciso investigar tudo «doa a quem
doer e não deixando ninguém imune».
mas
o Costa continuou impávido
as suas férias!
Quando chegou explicou
que tinha ido para Palma de Maiorca descansado porque os serviços de segurança
o avisaram que não havia riscos – apesar do Ministério Público ter aberto uma
investigação.
O chefe militar explicou
que o material roubado, afinal, não servia para nada. Era só tralha.
Alguém anda a fazer de
nós parvos.
Entre as explicações em São Bento e as teoria da
tralha do Pina Monteiro e a da
conspiração do Vasco Lourenço segundo a qual tudo se tratou de uma intentona
para prejudicar o Governo PS, venha o diabo e escolha... (adapt de “O
sentido de Estado é uma coisa que tem dias” de Ana Sá Lopes )