domingo, 12 de fevereiro de 2012

a grécia que nos antecede...

O governo de coligação da Republica Helénica aprovou o Plano de Austeridade exigido pela UE e pelo FMI para desbloquear uma nova ajuda que permitirá a Atenas evitar um 'default' de pagamentos em Março, um mês antes das eleições.
O “pacote de austeridade” aprovado prevê um corte de 22% no salário mínimo, uma redução de 15% nas pensões complementares e o despedimento de 15 mil funcionários públicos, para cumprir uma meta de 150 mil reduções de postos de trabalho na função pública até 2015.
Na sequencia daquela aprovação, seis membros do Governo demitiram-se em protesto contra o acordo e o partido LAOS abandonou o executivo. 

Falta a que o “Plano” passe no Parlamento, mas 25 deputados social-democratas e 13 da conservadora ND afirmaram publicamente que não votarão a favor das severas medidas exigidas pela 'troika'.
Papandreou do PASOK e Antonis Samaras da Nova Democracia apelaram aos deputados dos respectivos partidos para respeitarem a disciplina de voto durante a votação para a ratificação do acordo obtido no governo.
O Plano de Austeridade irá passar e os gregos irão receber mais 130M de euros. 

Na rua as manifestações contra o acordo reuniram mais de 80 mil pessoas que se concentraram em diversos pontos de Atenas e outras 20 mil em Salónica. Vários estabelecimentos comerciais, três agências bancárias e dois cafés de grandes marcas, foram incendiados, além de contentores do lixo e veículos, relata a agencia EFE e as televisões gregas mostraram um grande edifício a arder. 

Em Abril haverá eleições para o Parlamento Helénico.
Fica a questão: Quem dos actuais deputados, que votaram favoravelmente o Plano, terá coragem de se recandidatar?
e depois?