A direcção do CDS-PP vai propor ao 24.º Congresso daquele Partido um modelo de Governo mais reduzido, que extingue o Ministério das Obras Públicas e alarga a componente económica dos Negócios Estrangeiros: "as grandes obras públicas já estão feitas, poderá haver obras de conservação, de proximidade. Se nós defendemos o corte no endividamento faz sentido nesta altura que o Ministério das Finanças tenha a tutela directa sobre as obras públicas”, defende a primeira subscritora da moção, Assunção Cristas.
Num governo democrata-cristão desapareceriam também o Ministério da Cultura, que passaria a Secretaria de Estado na dependência do Primeiro-Ministro, e o Ministério da Economia, cuja tutela seria divida por outros.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros assumiria da area económica a “incumbência essencial das exportações nacionais”.
O Ministério da Educação passaria a Ministério do Ensino, agregando a Ciência, e os Ministérios dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros fundir-se-iam num só.
Ainda na área económica, a moção da direcção do CDS-PP propõe o Ministério do Turismo, Indústria e Inovação, o Ministério da Agricultura e do Mar e o Ministério do Ambiente, da Energia e do Ordenamento do Território e, sobre estes, a deputada afirma que “damos muita importância aos três ministérios com forte componente económica. Quanto ao do Mar, pensamos que não é apenas uma prioridade, é um desígnio nacional, e vemos no da Agricultura uma prioridade para substituir importações e reduzir o défice alimentar”.
A moção prevê ainda os Ministérios da Justiça, da Administração Interna e da Defesa e Antigos Combatentes.
Isto é, o CDS-PP propõe 12 ministérios, menos quatro que os actuais, e menos 13 Secretarias de Estado e, recuperando uma ideia antiga, a direcção centrista defende a obrigatoriedade do “visto financeiro” no Ministério das Finanças nos gastos de todos os outros.
Boas Ideias, mas vão ter que esperar! O PPD/PSD e o PS ainda são o FCP (ou o SLB) da incipiente fute-politica nacional onde se vota só para se estar com o primeiro!
Parece-me que esqueceram algumas coisitas para limpar: os Governos Civis, os Institudos e as Empresas Públicas e tudo aquilo que apenas serve para duplicar os serviços que a Função Pública sempre se honrou em nos prestar e que sucessivos governos PS e PSD têm vindo a destruir.