Ao longo dos últimos dois anos muitos de nós foram ignorados, muitos até silenciados, por economistas, comentadores, politólogos e, claro, por políticos, nos avisos que enviávamos, de viva voz e principalmente nos escritos, aos poucos que nos ouviam ou liam neste local a que poucos acediam.
Foi aqui na Net dos blogs que esteve a resistência. Foi aqui, na Net, que se concentrou o pouco que restava dos que não eram, nem queriam ser, os boys do regime. Mas também aqui fomos combatidos por funcionários pagos por eles…
Também a chamada “comunicação social”, embalada pelo canto da sereia governamental ajudou ao festim, e encheu-nos das maravilhas que quem nos governava nos ia dar neste paraíso onde o estudo e trabalho seriam pecado.
No local próprio apenas Portas, Louçã e Sousa nos correspondiam. Lembram-se como os jornaleiros os tratavam? Eram o Portas das Feiras, o Louçã Chique e o Sousa Caviar.
De repente, hoje, todos apareceram com olhos abertos, como se virgens ainda fossem.
Nada melhor que um naufrágio para conhecermos os ratos…
A partir de agora muitos ai estarão com os cantos das sereias, para ler, ver e ouvir, com que, mais uma vez, nos irão embalar.
Seguramente por isso não podemos esquecer a benzina do Eça, o raticida da Ratol e, especialmente, devemos perder a nossa costumada serenidade e lembrarmo-nos da Islândia!
Esqueci-me do novo ídolo dos comunicantes: Passos Coelho… mas ele nunca esteve cá!