O Ministério Público investiga o líder do CDS, Paulo Portas, e o seu núcleo duro no Ministério da Defesa, no âmbito da compra dos submarinos, e pediu ajuda à Justiça da Alemanha, na convicção de que aí pode estar a chave do caso.
Francisco Galope escreve na visao que o documento incluirá uma longa lista das mais importantes, e em princípio influentes, figuras que intervieram ou poderão ter influído nos contratos, seu conteúdo e sua forma, entre o Governo de Lisboa e o consórcio germânico de mais de uma dezena de indivíduos e empresas. Desde logo será natural que Paulo Portas, ministro da Defesa aquando da sua negociação e assinatura, encabece essa lista, bem como os homens de confiança que nomeou para o grupo de trabalho que o assessorou no programa de aquisição dos submarinos. A saber: coronel Fernando Serafino (diretor-geral do Armamento e Equipamentos de Defesa, coordenador do grupo de trabalho), contra-almirante Luís Caravana (da Direção de Navios da Marinha, responsável pela parte operacional, técnica e logística); Pedro Brandão Rodrigues (presidente da Comissão das Contrapartidas, hoje deputado do CDS), Bernardo Carnall (secretário-geral do Ministério da Defesa, para a área financeira) e Bernardo Ayala (advogado, na altura da Sérvulo Correia e Associados, o escritório que apoiou juridicamente o ministério). Este é, até à data, o único arguido no processo 56/06, ainda em investigação. Gil Corrêa Figueira, representante da Ferrostaal em Portugal e Jürgen Adolff, ex-cônsul honorário de Portugal em Munique, cargo que acumulava com o de consultor do consórcio alemão, também farão, entre outros, parte do rol.
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porque é que será que quando o governo está "à rasca" aparecem os submarinos?