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Foram anos de incorporações sucessivas, envolvendo cerca de um milhão de jovens de todas as regiões do País que, de forma exemplar, cumpriram a sua missão por terras africanas.
Ao percorrer com o olhar a parede em redor do monumento, encontramos os nomes dos cerca de 9 mil portugueses mortos em campanha nessa guerra ainda bem presente para muitos de nós. Podemos, aí, rever nomes de familiares ou de amigos. E recordar, também, aqueles que, ao longo de quase nove séculos, deram a sua vida para que Portugal seja hoje uma nação livre e independente.
Saudamos com especial apreço, pelo muito que lhes devemos, os militares de etnia africana que, de forma valorosa, lutaram ao nosso lado. Todos, combatentes por Portugal! Anibal Cavaco Silva, Alferes Miliciano, Combatente, Moçambique.
O discurso completo foi deliberadamente ocultado pela comunicação social que temos, mas pode ser lido no sitio da presidencia e acreditem vale a pena.
Foi há 50 anos que nos passámos a chamar Combatentes do Ultramar. Não éramos voluntários, nem grandes apoiantes do regime. Mas foi-nos dado um trabalho e fomos executa-lo.
Regressados, diáriamente, lembramos os que lá ficaram ou que regressados ainda lá estão.
Perdoamos a quantos, e foram muitos nestes 36 anos, que nos vilipendiaram e maltrataram mas não o esquecemos...