quarta-feira, 30 de junho de 2010

já fez compras em Marrocos ?

Mais trapalhadas na comunicação governamental... Ao fim da tarde de Segunda-Feira, uma "fonte oficial" do Ministério das Obras Públicas dizia à Lusa que as portagens nas Scut do Norte iriam impreterivelmente ser cobradas a partir do próximo dia 1 de Julho (quinta-feira) e que passar sem pagar numa Scut, por não ter chip ou documento comprovativo da sua reserva iria implicar multas entre os 120 e os 600 euros… Eram 18.45 e Pedro Passos Coelho, do PSD, dizia preferir que "o Governo não se precipitasse antes de se saber o impacto financeiro da introdução das portagens naquelas auto-estradas e os critérios que vão ser definidos para a sua cobrança". Aconselhou o Governo a "ter o trabalho bem feito". Às 21.32, nova notícia, também na Lusa: o Governo vai adiar até 1 de Agosto o início da cobrança de portagens nas Scut do Norte tendo em conta "a votação recentemente ocorrida na Assembleia da República e a vontade do Governo de continuar a desenvolver todos os esforços para obter um acordo político que permita, com justiça e equidade, executar esta medida que consta do Programa de Estabilidade e Crescimento com o qual Portugal se comprometeu". dn Ontem, Terça-Feira, o Governo propôs a isenção da cobrança de portagens em 46 municípios atravessados pelas sete SCUT, caso seja alcançado um acordo. Mas, o líder parlamentar do PSD considera que as isenções do pagamento de portagens nas SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) propostas pelo Governo PS são "demagogia perigosa" e avisa que, para isso, o Executivo "não conta com o PSD". dn Hoje, Quarta-Feira, o deputado Jorge Costa referiu : «O PSD recebeu agora as propostas do PS relativamente ao chip de matrícula, que é uma das questões enunciadas pelo partido numa carta enviada ao ministro dos Assuntos Parlamentares. O que foi apresentado hoje é uma parte da questão. (…) Estamos a aguardar que nos sejam apresentadas as restantes propostas». Sol Aqueles que alguma vez entraram num mercado árabe, o bom exemplo são os “souks” dos nossos vizinhos marroquinos já experimentaram a tradicional arte árabe da negociação. É um jogo complexo, aprende-se. Dificilmente se obtêm uma resposta á tradicional pergunta: Quanto custa? O vendedor não lhe responde de imediato, coloca a mercadoria nas nossas mãos para que a toquemos ou provemos. Antes de tudo, ele quer o provável cliente goste do produto. Só depois, avaliada a impressão que se demonstra pelo artigo virá o preço, por regra elevadíssimo. Segue-se a discussão, melhor, o leilão. E, na falta dela, se se pagar logo o absurdo preço inicial o mercador ficará contente pelo que recebeu, mas profundamente frustrado por não termos entrado no jogo… Não podemos negar que ainda nos corre nas veias muito sangue mouro...