sábado, 20 de fevereiro de 2010

á espera do centralão...

Continuo a perguntar-me porque raio é que não pode cair o Governo e formar-se já um outro pluripartidário, se após a entrega do PEC em Bruxelas virão, a exemplo da Grécia, uns senhores da UE ou FMI para nos "governar"? É sabido que a Comissão Europeia não gosta de deixar países “isolados”, no mínimo junta dois, logo o nosso destino está, a exemplo de 78 e 83, mais uma vez traçado: um novo “bloco central”, recuperação das finanças á custa do esforço dos mesmos. Estamos, mais uma vez, a perder tempo e apenas porque o PSD vai a eleições. Tempos que são “juros aumentados”, mais desemprego, mais falências, maior dificuldade em recuperar, mais divida para a herança que filhos e netos irão pagar. Quem se recorda que Jorge Sampaio deixou a maioria PSD/CDS durante meses em “lume brando” até que o difícil Ferro Rodrigues largasse o poder e surgisse um secretário-geral mais a seu gosto? Um erro grosseiro, bem apoiado por senadores e por uma CS que agora o atacam. Depois apareceu o que se vê… yuppies sem qualquer tipo de preparação. É tempo de se começar a pensar que esta crise nacional e global provavelmente indicará, aos historiadores do futuro, que nos marcou o fim do Império. O Império de que apenas alguns ganharam mas que marcou indelevelmente a Economia e a Administração pública nacional, que continuou dependente de governos que colocaram os seus boys, primeiro em lugares chave, depois em qualquer lugar. Chegou a hora de despejar os milhares de “nomeados” incompetentes que nos tem vindo “bloco-centralmente” a arruinar, porque mais do tudo, o nosso caos não é financeiro, não é da divida ou do défice, é principalmente económico. Uma economia que vive apenas do “subsidio”, do compadrio e de patrões de gente mal preparada e, também por isso, mal paga. Uma economia de maus auto-intitulados empresários que vivem de uma “justiça” feita á sua medida. Já que não é possível cumprir o ideal da mudança de todos os actores deste regime, que se acabe com esta bi-partidarização de políticos-de-cartão, a forma de se cumprir o Portugal que Pessoa quis e ainda não chegou.