… o mais estranho é os alegados jornalistas e comentadores ainda não perceberem a diferença entre “comunicação social” e “imprensa” nem entre “fabrico” e “produção”. Por muitas notícias que “fabriquem” só há produção se o mercado as adquirir. E o mercado não é o Estado, são os consumidores.
[E agora]
Perante as dificuldades, um grupo de comunicação social, chama o Estado.
Mas estamos no país onde foi o Estado, depois das nacionalizações de 1975, quem levou ao descrédito e à ruína a grande imprensa do século XX.
.
Lembram-se ou ouviram falar de O Século?
O Século foi o mais influente e próspero jornal diário que alguma vez existiu em Portugal. Até ao dia em que passou a ser propriedade do Estado. Ao fim de dois anos, fechava [por ordem de Manuel Alegre].
Como é possível, com esta história, falar da propriedade ou do financiamento públicos como remédio para a comunicação social?
(bs “Querem matar um jornal? Chamem o Estado” por Rui Ramos)