sexta-feira, 24 de novembro de 2023

25 de Novembro

resumo:
Na noite de 24 para 25Nov75, sargentos e soldados para-quedistas ocuparam as bases aéreas, prenderam os respectivos Comandantes, e exigiram a demissão do Chefe de Estado-Maior da FAP, o General Morais e Silva.
Os fuzileiros, a PM do Exército, o Ralis e a Escola de Administração Militar etc. solidarizaram-se com os paraquedistas; obedeciam todos às ordens do acéfalo herói de Abril, Major Otelo Saraiva de Carvalho, Comandante do COPCON, Comando Operacional do Continente.
Aparentemente, o PCP e a extrema-esquerda faziam o assalto final ao Poder.
O 25Nov75 foi concebido, planeado e dirigido encobertamente pela URSS/PCP e alguns elementos do MFA, Movimento das Forças Armadas.
Raimundo Narciso do PCP, que em 75 tratava dos “assuntos militares”, afirmou que de facto o PCP foi a cabeça da organização e da contenção do 25Nov75, e também quem orientou a esquerda militar, liderada por Otelo S. de Carvalho, na organização e lançamento do mesmo, seja, criou o incidente e controlou, sempre à rectaguarda, as duas facções em oposição.
Para ultimação do 25Nov75, o Coronel Mankeiev da KGB/ URSS chegou a Portugal em 18Nov75 e partiu em 23Nov75, tendo estado no quartel general do COPCON,
(O Expresso noticiou também na altura esta presença, assim como a sua chegada e partida ao aeroporto de Lisboa.)
A arte e a eficiência da dupla URSS/PCP na concepção, planeamento e execução de tais acções, autênticas obras-primas do golpismo político militar, de engenharia da opinião pública, de manipulação dos militares, do povo e da política, foram absolutamente notáveis, de tal modo que esta verdade ainda hoje não é compreendida.
(José Luiz da Costa Sousa, Participante no 25Nov75 como Capitão Paraquedista)