quinta-feira, 6 de abril de 2023

Duas à "porrada"

(uma politicamente correcta à espera do "tacho" que lhe vira do do marido ou do colega do marido da colega...)

… a Alexandra Reis veio finalmente a público esclarecer todas (ou quase) as dúvidas que existiam sobre o seu despedimento da TAP e a sua indemnização de 500 mil euros.A gestora já tentou, sem sucesso devolver por três vezes a indemnização recebida da TAP, ainda que discorde do parecer da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que a declara ilegal, e até hoje não sabe a verdadeira razão para ter sido demitida da TAP. Numa audição que durou seis horas e meia, as respostas da gestora livraram (para já) Fernando Medina da suspeita de que saberia de toda a história quando a convidou para o Governo, apesar de ter sido muito questionada sobre as relações com a mulher do ministro das Finanças, a ex-diretora jurídica da TAP.
Um dos pontos que os deputados tanto insistiram foi no esclarecimento sobre quais as divergências com a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e que levou ao seu despedimento. Alexandra Reis elencou sete:
- Mudança de sede;
- Renovação de frota automóvel;
- Contratação de diretores e altos quadros;
- Procedimentos de procurement (onde se inserirá a recusa por parte de Alexandra Reis da contratação da empresa ligada ao marido da CEO);
- Otimismo do plano de reestruturação;
- Conversão de empréstimo acionista em capital da TAP;
- Renovação da frota dos aviões ATR versus Embraer.

a Comissão de Inquérito, a Christine e as dúvidas sobre a “reunião secreta”.



Ao meio-dia de uma terça-feira de janeiro, um deputado do PS, a CEO da TAP e membros de dois ministérios juntavam-se num encontro via Teams. A reunião foi discreta — quase secreta, tendo ficado fora da agenda comunicada ao Parlamento — e teve a particularidade de ocorrer um dia antes de Christine Ourmières-Widener ser ouvida no Parlamento. Era dia 17. Dois meses e meio depois, o encontro foi tornado público e os deputados da oposição quiseram saber se alguém na sala esteve lá. Com sotaque francês, a CEO demitida respondeu: “Car-los-Pe-rei-ra”. Começaram então outras dúvidas: a que título escrutinador e escrutinado se encontraram? Porque foi a reunião convocada? Quem a organizou? Quem estava presente? O que foi discutido?