segunda-feira, 19 de agosto de 2019

a natureza do PS!

A fazer fé no próprio, António Costa gaba-se de ser do PS desde os 14 anos. Ou seja, talvez tivesse estado na Alameda, em Lisboa, pela mão de alguém em Julho de 1975. Aí, Soares tratou a tropa radical e o PC como "paranóicos" e "energúmenos", a mesmíssima dupla que redigiu a lei da requisição civil de que Costa se serviu recentemente. 
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Costa agiu na fronteira da não democracia e do desrespeito pelas liberdades públicas quando mobilizou o aparelho do Estado para um exercício autoritário do poder público contra o direito constitucional à greve. Sabe que o pode fazer porque há quatro anos meteu o PC, o radicalismo bloquista e os bobos do sindicalismo oficioso da CGTP e da UGT no bolso. Fá-lo com a cumplicidade de uma Comunicação Social deliberadamente acrítica e serventuária. Apoia-se no recuo pontual de funções "autónomas" de soberania como as da PGR. [...]
De Marcelo, não vale a pena falar. Só de coisas sérias. A abdicação cobarde diante do poder fáctico de Costa, significa que o evento "greve de motoristas de matérias pesadas" transcendeu as barreiras "tradicionais" entre esquerdas e direitas. Separou, e ainda bem, os inimigos das liberdades públicas, os ditos "profissionais" e "donos" da democracia, dos que à Esquerda ou à Direita defendem uma democracia liberal limpa. (in A Natureza do PS” por João Gonçalves)