segunda-feira, 4 de setembro de 2017

e quem é que se lembra da Opel na Azambuja?

... os partidos da geringonça já estão a trabalhar para prejudicar a economia, como mostram três casos recentes.
- Como resposta aos incêndios do Verão, o PCP e o BE atacaram o cultivo do eucalipto e as indústrias do papel, um sector onde Portugal lidera na Europa. O maior produtor, a Navigator, foi o segundo maior exportador nacional em 2016, atrás da Petrogal. Contribui com 3% para o total das exportações e com 1% do PIB. A Navigator cria ainda dezenas de milhares de postos de trabalho. Mas o BE e alguns sectores do PS acabariam de bom grado com a indústria do papel em Portugal, contribuindo assim para o aumento do desemprego, a redução das exportações e o empobrecimento do país.
- O governo, com o PCP e o BE a reboque, também resolveu atacar a Altice e a PT. Assistir a um governo socialista a atacar um investidor externo que salvou o que restava da PT é extraordinário. Foi um executivo socialista (sem qualquer responsabilidade de António Costa, devo reconhecê-lo) que contribuiu para destruir o valor da PT, empurrando-a para aventuras empresariais no Brasil que a levaram quase à falência. O investimento da Altice salvou o que restava da PT (excluindo o investimento na OI) e milhares de empregos. Aliás, até ao incêndio de Pédrogão Grande e até à aquisição da TVI, o governo não atacava a Altice nem qualquer situação laboral na PT. De um lado, os ministros das Finanças e da Economia fazem tudo o que podem para captar investimento externo. Por outro lado, o PM e os camaradas comunistas e bloquistas atacam os investimentos da Altice em Portugal.
- O terceiro caso diz respeito à Autoeuropa. Já muitos o disseram, é uma empresa modelo, quer nas relações laborais entre a administração e os trabalhadores, quer na capacidade de produção, e que ocupa desde 2000 um lugar entre os três maiores exportadores nacionais. Devido às guerras entre o PCP e o BE, e os seus sindicatos, a fábrica conheceu na semana passada a sua primeira greve. A CGTP não descansa enquanto não conquistar o poder entre os trabalhadores. No contexto dessa luta sindical, a contribuição da Auto Europa para o crescimento da economia portuguesa é secundária.
Os problemas na Autoeuropa não afectam apenas as exportações, também podem prejudicar o investimento externo. Há muitos países na União Europeia que gostariam de trazer a Autoeuropa para os seus territórios. E, na feliz expressão de Daniel Bessa, ela si muove, se for necessário. Além disso, as outras grandes empresas olham preocupadas para o que se passa em Palmela. Sublinharia, desde logo, a Bosh Car e a Continental Mabor, igualmente campeões de exportações e ambas resultado de investimentos vindos da Alemanha.