sábado, 30 de setembro de 2017

Catalunha

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Centenas de pessoas manifestaram-se em frente ao edifício do Governo catalão, pedindo a detenção do presidente da Catalunha por insistir em organizar o referendo sobre a independência.




segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Tancos :O documento existe e é verdadeiro?

o esclarecimento do Expresso sobre a notícia
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Na sua edição semanal, o jornal Expresso contém este sábado uma notícia intitulada "Relatório explosivo sobre Tancos arrasa poder político e militar". A entrada da referida notícia acrescentava que "serviços de informações militares apontam cenários de tráfico para os PALOP ou encomenda do estrangeiro".
Em causa está ainda a investigação sobre o roubo de material militar dos paióis de Tancos.
A este respeito, as Forças Armadas emitiram entretanto um comunicado dizendo:
"Relativamente à notícia hoje publicada pelo jornal Expresso e que está a ter eco em outros órgãos de comunicação social, vem o Estado-Maior General das Forças Armadas informar que o seu Centro de Informações e Segurança Militar não produziu qualquer relatório sobre o assunto".
Em relação ao comunicado divulgado este sábado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas, o Expresso reafirma que em momento algum atribui ou atribuiu o documento a que teve acesso ao Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL), mas sim a serviços de informações militares.
O documento, de 63 páginas e que o Expresso tem na sua posse, foi elaborado, tal como se escreveu, para conhecimento da Unidade Nacional de Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária e do Serviço de Informações de Segurança (SIS).
O documento, cuja credibilidade foi confirmada pelo Expresso junto de várias fontes, contém informação de cariz militar e também ao nível da segurança interna. As fontes humanas citadas pelo relatório são militares no ativo e também na reserva.
Além do processo sobre Tancos, também são referidas informações na área do terrorismo, nomeadamente sobre o grupo de jiadistas portugueses e de outros pontos da Europa.

O documento baseia-se em fontes abertas (provenientes, por exemplo, da comunicação social) e em fontes fechadas (obtidas através de fontes próprias). E faz uma análise sucinta sobre o tipo de ameaças que Portugal e todo o Continente europeu atravessa, numa altura em que o Ocidente é assolado por dezenas de ataques terroristas de cariz jiadista.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

uma Lisboa “lindinha”

... em Agosto tive de passar por Lisboa. Fiquei estarrecida, circulava-se mal e a custo, apesar do mês, tradicionalmente bondoso com os automobilistas. Num relance, percebi duas coisas.
Uma: Lisboa ficará intransitável muito rapidamente. O presidente da Câmara, sem engenho ou disposição para disciplinar as entradas e saídas de carro da capital, e certamente ignorando a galopante compra de carros, preferiu uma luta pessoal, obstinada e quase irracional contra o automóvel. Manda a seriedade que se lembre que nenhuma grande cidade venceu ainda a luta contra o tráfego. Mas estreitar vias, acabar com inúmeras outras, fazer praças, pracetas, ciclovias desertas, relvadinhos, banquinhos onde poucos lisboetas se sentam… serve para quê?
Para uma Lisboa “lindinha” , que encha o olho mas “impercorrível”? Em breve quase não se circulará e nem vale a pena evocar o regresso às aulas, o inverno, a chuva, as cheias, basta só falar do que (já) está. 
Que me lembre, o presidente da Câmara nem consultou os seus munícipes na guerra que iria declarar contra o automóvel, nem lhes deu nada em troca. Sou grande utilizadora do metropolitano mas, circulando ele apenas para meia dúzia de sítios, semi cumpre a sua função; os autocarros? São demasiado incertos e estão demasiado velhos para que se possa confiar neles com a responsabilidade de cumprir horários. Resta o táxi, que não é obviamente uma forma de vida.
E, assim sendo, a segunda coisa que percebi é que não vai haver solução. Novas linhas de metro? Daqui a quanto tempo? Mais e mais lestos autocarros? Para quando?

(in “Chatices” por Maria João Avillez )

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

e quem é que se lembra da Opel na Azambuja?

... os partidos da geringonça já estão a trabalhar para prejudicar a economia, como mostram três casos recentes.
- Como resposta aos incêndios do Verão, o PCP e o BE atacaram o cultivo do eucalipto e as indústrias do papel, um sector onde Portugal lidera na Europa. O maior produtor, a Navigator, foi o segundo maior exportador nacional em 2016, atrás da Petrogal. Contribui com 3% para o total das exportações e com 1% do PIB. A Navigator cria ainda dezenas de milhares de postos de trabalho. Mas o BE e alguns sectores do PS acabariam de bom grado com a indústria do papel em Portugal, contribuindo assim para o aumento do desemprego, a redução das exportações e o empobrecimento do país.
- O governo, com o PCP e o BE a reboque, também resolveu atacar a Altice e a PT. Assistir a um governo socialista a atacar um investidor externo que salvou o que restava da PT é extraordinário. Foi um executivo socialista (sem qualquer responsabilidade de António Costa, devo reconhecê-lo) que contribuiu para destruir o valor da PT, empurrando-a para aventuras empresariais no Brasil que a levaram quase à falência. O investimento da Altice salvou o que restava da PT (excluindo o investimento na OI) e milhares de empregos. Aliás, até ao incêndio de Pédrogão Grande e até à aquisição da TVI, o governo não atacava a Altice nem qualquer situação laboral na PT. De um lado, os ministros das Finanças e da Economia fazem tudo o que podem para captar investimento externo. Por outro lado, o PM e os camaradas comunistas e bloquistas atacam os investimentos da Altice em Portugal.
- O terceiro caso diz respeito à Autoeuropa. Já muitos o disseram, é uma empresa modelo, quer nas relações laborais entre a administração e os trabalhadores, quer na capacidade de produção, e que ocupa desde 2000 um lugar entre os três maiores exportadores nacionais. Devido às guerras entre o PCP e o BE, e os seus sindicatos, a fábrica conheceu na semana passada a sua primeira greve. A CGTP não descansa enquanto não conquistar o poder entre os trabalhadores. No contexto dessa luta sindical, a contribuição da Auto Europa para o crescimento da economia portuguesa é secundária.
Os problemas na Autoeuropa não afectam apenas as exportações, também podem prejudicar o investimento externo. Há muitos países na União Europeia que gostariam de trazer a Autoeuropa para os seus territórios. E, na feliz expressão de Daniel Bessa, ela si muove, se for necessário. Além disso, as outras grandes empresas olham preocupadas para o que se passa em Palmela. Sublinharia, desde logo, a Bosh Car e a Continental Mabor, igualmente campeões de exportações e ambas resultado de investimentos vindos da Alemanha.

domingo, 3 de setembro de 2017

Sem emenda - Tão simples!

           
A situação actual apresenta perigos enormes, mas também potencialidades benéficas. Entre estas, conta-se evidentemente a possibilidade de mudança do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. O que, apesar das aparências, não é impossível. O Bloco, partido de transição e de trânsito, poderá converter-se sem dificuldade a uma política democrática e realista, com umas pinceladas reformistas e alguma radicalidade cultural e de costumes. Uma boa análise de classe deste partido, das suas origens e do seu programa dir-nos-á exactamente isso.

Quanto ao PCP, imagina-se que este partido poderia conhecer, finalmente, a sua Primavera, quem sabe se a sua metamorfose e transformar-se em partido democrático, de esquerda, de base sindicalista, pragmático e radical, mesmo se pouco liberal. Não é impossível que a sua evolução constitua um dos mais interessantes casos contemporâneos. O “novo quadro político” e as “relações de forças”, os dois critérios mais importantes da definição estratégica comunista, sugerem essa possibilidade. O apoio a este governo é mais do que oportunismo e pode ter longo alcance. Até hoje, o PCP só apoiou os governos de dois primeiros-ministros, Vasco Gonçalves e António Costa. O primeiro foi o desastre conhecido. O segundo… não se sabe.

Infelizmente, não há só boas perspectivas. Há também perigos, entre os quais dois graves. O primeiro seria o PS afastar-se da sua história liberal e democrática, ficando apenas fiel à tradição jacobina. Se assim for, fica o país a perder e a esquerda condenada, no futuro, a pastorear reivindicações, não sem antes danificar ainda mais a posição de Portugal no mundo.
O segundo seria o de repetir o ciclo de Sócrates: distribuir o que se não tem, investir o que não se poupou, gastar o que não é nosso, endividar-se e fazer aproveitar amigos políticos e patrícios financeiros. Não parece exagerado imaginar que tal possa acontecer. Na verdade, alguns dos mais importantes ministros e secretários de Estado deste governo foram, com António Costa, os pilares dos governos de José Sócrates.
Nada está escrito.
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(por ANTÓNIO BARRETO in Sem emenda - Tão simples! N’ O Jacarandá)

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

irresponsabilidade politica...

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Azeredo Lopes, disse hoje (01Jul17) em Castelo Branco que assume a "responsabilidade política" após o furto de material de guerra em Tancos pelo "simples facto de estar em funções". "Assumo a responsabilidade política pelo simples facto de estar em funções", disse Azeredo Lopes à margem das comemorações do 65.º aniversário da Força Aérea Portuguesa.
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"O simples facto de estar em funções, implica uma responsabilidade quotidiana e não é agora que eu me vou escusar a ela. O que chamo a atenção é para a natureza distinta das circunstâncias que envolvem este caso. Pelas circunstâncias pelas quais diretamente eu respondo, procurei esclarecer e procurei explicar", sustentou.