« Não lhe posso garantir que ainda
tenha alguma saída mas eu, que não ambiciono ser o seu terceiro director de
campanha, arriscava dizer aos portugueses o que já disse aos chineses.
Saberá melhor do que eu que o humor
mata na política. Que, mais do que erros, incompetência ou casos judiciais, o
que põe um político fora de combate é entrar no anedotário nacional. Os
portugueses perdoam tudo excepto cair no ridículo, como decerto terá constatado
há uns anos com o seu camarada António Guterres ou, mais recentemente, com
Miguel Relvas, a quem recomendaram ir estudar em plena volta à França em
bicicleta.
…os cartazes foram um desastre, sim,
mas o seu principal problema é político: o PS está a comunicar mal porque a sua
mensagem não é boa.
Estou certo que recordará com
saudade os tempos em que todos lhe garantiam maiorias absolutas sem ir a votos.
Ou, há poucas semanas, quando os editoriais dos jornais portugueses celebravam
o que prometia ser o arranque de uma campanha eleitoral à volta de documentos
sólidos e de propostas concretas do PS. Afinal, foi pura ilusão: o Dr. António
Costa optou por fazer da campanha eleitoral uma batalha entre duas visões do
país – a de um Portugal em recuperação e a de um Portugal de rastos. » (por
Alexandre Homem
Cristo no Observador)