segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Esqueça os cartazes, dr. António Costa


« Não lhe posso garantir que ainda tenha alguma saída mas eu, que não ambiciono ser o seu terceiro director de campanha, arriscava dizer aos portugueses o que já disse aos chineses.
Saberá melhor do que eu que o humor mata na política. Que, mais do que erros, incompetência ou casos judiciais, o que põe um político fora de combate é entrar no anedotário nacional. Os portugueses perdoam tudo excepto cair no ridículo, como decerto terá constatado há uns anos com o seu camarada António Guterres ou, mais recentemente, com Miguel Relvas, a quem recomendaram ir estudar em plena volta à França em bicicleta. 
…os cartazes foram um desastre, sim, mas o seu principal problema é político: o PS está a comunicar mal porque a sua mensagem não é boa.



Estou certo que recordará com saudade os tempos em que todos lhe garantiam maiorias absolutas sem ir a votos. Ou, há poucas semanas, quando os editoriais dos jornais portugueses celebravam o que prometia ser o arranque de uma campanha eleitoral à volta de documentos sólidos e de propostas concretas do PS. Afinal, foi pura ilusão: o Dr. António Costa optou por fazer da campanha eleitoral uma batalha entre duas visões do país – a de um Portugal em recuperação e a de um Portugal de rastos. » (por  Alexandre Homem Cristo no Observador)