Na realidade pouco importa a não ser
para as manchetes da imprensa a que temos direito (e neste caso incluo a
maioria da europeia) e para a propaganda a que o Syriza nos habituou.
Entra aqui a profunda falta de
cultura de todos os actores desta peça de teatro que não é grego, é europeu, porque,
em propaganda politica, “regressámos” às primeiras décadas do Século XX e
ninguém deu por isso…
Seja o “não” ou seja o “sim”
realmente pouco interessa. O governo helénico não se vai demitir , nem vai “cair”,
nem, muito menos, sair “de moto próprio”.
Com o "sim" ou com o "não,
Tsipras & Cª irão aceitar todas as condições que a troika lhes impuser e
depois justificar-se-ão, perante os idiotas-úteis internos e externos, com as
técnicas gobbelianas (marxistas, trotskistas e leninistas), que George Orwell
tão bem "desmonta" na “Quinta dos Animais”:
Quando as “extremas” direitas ou
esquerdas, o assumem, só à “força” se lhes retirará o "poder"!
Não conheço nenhum caso que
contrarie esta afirmação.
Em tempos, referi neste espaço, que
os actores dos “18” desconheciam o Vladimir Ilitch Lenine e a sua teoria do
“dois em frente, um à retaguarda”, tão bem executada pelo Syriza (extrema- esquerda)
e pelos Gregos Independentes (extrema-direita) e melhor divulgada pela imprensa
a que os europeus têm direita.
Pior! Nenhum dos 18 actores parece
ter “estudado” Eric Arthur Blair, um comunista desiludido, que como escritor
usou o nome de GeorgeOrwell e cuja melhor obra de "Ciência Politica",
cada vez com mais actualidade, se chama “The Pigs Farm”, em Portugal, envergonhadamente
intitulada “A Quinta dos Animais”.
“The Pigs Farm” de Orwell é
essencial para se compreender a “atitude política” do Syriza e de todos os
partidos a que chamamos de extrema-esquerda, porque desmonta a “propaganda de
combate” que Lenine e Goebbels definiram e que o partido que governa a Grécia
tão bem pratica.
Por isso o atabalhoado “referendo” é
apenas uma manobra no “combate por Atenas” que implica muito mais que a saída
do Eurogrupo: O principal objectivo chama-se NATO ou, como se dizia durante a “guerra
fria”, Civilização Ocidental!