Eram 10.25 do dia 27 de
Julho de 1983, quando elementos do Exército Revolucionário Arménio atacaram a
embaixada turca em Lisboa. Os cinco homens pretendiam protestar contra Ancara
por esta não reconhecer a independência da Arménia (o que só aconteceria em
1991). Fazendo-se transportar em dois carros carregados de explosivos, o grupo
invadiu o edifício, ferindo o agente da PSP de serviço à missão turca no
Restelo. No interior sequestrou a mulher e o filho, de 17 anos, de um diplomata
turco. O alerta foi imediatamente dado e o local cercado pelo corpo de
intervenção da Polícia. Face à gravidade da situação, o então primeiro-ministro
Mário Soares convocou o Gabinete de Crise. Entretanto, o clima no Restelo
tornou-se mais tenso, com um dos terroristas a ameaçar fazer explodir o
edifício. Às 13.00, Soares ordenou o assalto à embaixada pelo Grupo de
Operações Especiais (GOE) que, no interior, encontrou sete cadáveres os cinco
terroristas, um polícia que tentara entrar no edifício e a mulher do diplomata
turco. (in Diário de
Noticias )