"A AICEP, bem como algumas outras estruturas que existem na área da Administração que são relacionadas ou com a chamada diplomacia económica ou com a cooperação económica com o exterior, a opção da orgânica do Governo é colocá-las na dependência do primeiro-ministro", declarou o secretário de Estado da Presidência.
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, um instituto público, sai da tutela do Ministério da Economia e fica na dependência do Primeiro-Ministro.
Tudo levava a crer que a “Agência” seria requalificada para trabalhar junto e em objectivos comuns com as nossas embaixadas dando-lhes as competências técnicas de que tanto necessitam numa altura em que captar investimento e reforçar exportações terá que ser prioridade. Em contrapartida receberia um inestimável apoio de diplomatas conhecedores do terreno em que iriam actuar.
Ficou provado, com a gestão Basílio Horta, que não só a AICEP entrou em perniciosas rivalidades com a diplomacia dos países onde actuou, como criou situações difíceis aos Ministérios da Economia, dos Estrangeiros e, quiçá, à Presidência da República.
Entende-se que Passos Coelho queira retirar poder ao seu parceiro de coligação e, talvez, até a Cavaco Silva, seu “adversário” de outros tempos no seu partido.
Não se entende é que, ao manter um instituto público e uma estrutura diplomática paralela, esteja a prejudicar o interesse nacional.
Mas como está na calha a nomeação de um novo presidente, e parte da administração, para a AICEP, acredito que o lugares já esteja prometidos a ex-convidados para ministros e secretários de estado…
Mais uma trapalhada que pode vir a ter consequências politicas.