quarta-feira, 21 de abril de 2010

Uma factura de 21 milhões da Escom prova o pedido de compensação de uma empresa do grupo Espírito Santo ao consórcio alemão escolhido para fornecer dois submarinos ao Estado português. A notícia é hoje capa do “Correio da Manhã”, com carimbo de exclusivo, e refere a existência de documentos que comprovam que o intermediário da operação financeira terá cobrado uma comissão de 2,8%. O caso envolve a suspeita de pagamento de subornos e está a ser investigado pelos Ministérios Públicos português e alemão. O Ministério Público português suspeita que advogados envolvidos nas negociações do contrato de aquisição de dois submarinos pelo Estado possam ter "construído ou ajudado a construir esquemas" susceptíveis de configurar crime de corrupção. A suspeita foi invocada para apreender documentos e constituir dois advogados arguidos, mas o Tribunal da Relação de Lisboa acaba de considerar que num dos casos essa constituição foi ilegal e ordenou a devolução de documentos apreendidos a 29 de Setembro do ano passado.
O jornal de negocios, para que não caia no esquecimento, relembra que o negócio da compra de dois submarinos, por 800 milhões de euros, remonta a 2004, quando Paulo Portas, líder do CDS/PP, era ministro da Defesa e que foi aberto um processo em Julho de 2006, na sequência da investigação ao processo Portucale (o caso dos sobreiros), e uma noticia repetida muitas vezes...
Os "advogados", referidos na noticia, acrescento eu, são sociedade de advogados Sérvulo & Associados que recentemente garantiu ao DN que foi ela a terminar a relação contratual com a Comissão Permanente de Contrapartidas, contradizendo formalmente a posição enviada à Comissão parlamentar de Defesa pelo presidente da CPC, embaixador Pedro Catarino,