sábado, 10 de outubro de 2009

a Segunda Grande Guerra ainda não acabou.

Um dia, acabados os auto-denominados "octogenários republicanos, laicos e socialistas", a história poderá contar-vos porque não entrámos naquela guerra. O que nos foi escondido, entre o Estado Novo (II república?), o pós 25 de Abril (III républica) e as "novas oportunidades", tornaram-nos dificil entender as razões que levam o chefe de Estado checo, Vaclav Klaus, a exigir a inclusão de uma cláusula no Tratado de Lisboa que vise evitar que os checos de etnia germânica expulsos e expropriados após a Segunda Guerra Mundial apresentem directamente às instâncias judiciais europeias qualquer reclamação relativa ao actual Estado Checo. «O tratado permite aos queixosos contornar a justiça checa e apresentar as suas reclamações directamente ao Tribunal Europeu de Justiça», é a explicação de Klaus para a sua recusa em assinar o Tratado de Lisboa. Em 1945 um decreto do então Presidente Edvard Benes revogou a cidadania a centenas de milhares de checos de etnia alemã, bem como o seu direito à propriedade, apesar de muitos viverem no país há várias gerações. A medida surgiu como uma represália pelas atrocidades nazis. «Não podemos permitir que juízes de Malta ou de Espanha, que têm assento no Tribunal de Justiça Europeu e que ignoram a história da nossa região, decidam que os alemães têm direito a recuperar os seus bens», refere uma fonte da presidência Checa ao jornal polaco Rzeczpolita, na edição desta sexta-feira, 10 de Outubro. A maioria dos refugiados germânicos partiu para a Alemanha e para a América do Norte. Muitos alemães autorizados a ficar nas terras checas acabaram por abandonar o país devido ao clima de perseguição das autoridades de Praga. Ao todo, cerca de três milhões de pessoas foram afectadas. baseado no Sol Talvez a II Grande Guerra acabe, numa geração que ficará entre os nossos filhos e os nosso netos, após criarem a serenidade possivel para a investigação isenta dos acontecimentos. Mais tarde, muito mais tarde, os portugueses que ainda entenderem português, poderão entender, com verdadeira consciencia cientifica, uma outra guerra: a "colonial" ou "ultramarina" que daquela foi consequência, embora, realmente, ela se tenha iniciado quando, após a ocupação napoleónica do nosso território europeu, nos tivémos que nos sujeitar á ocupação politica e territorial que a nossa "velha aliada" nos fez no Velho e Novo continente...e nos abandonou no valsâmico Congresso em Viena.