quinta-feira, 2 de abril de 2009

Malvinas

Na madrugada de 2 de Abril de 1982, os primeiros grupos de mergulhadores argentinos chegaram à costa de Mullet Creek, abrindo caminho às restantes tropas. Apanharam a defesa britânica de surpresa e, deste modo, rebentava aquele que foi um dos primeiros confrontos aeronavais pós-II Guerra Mundial. A primeira investida argentina foi vitoriosa e resultou no controlo de Port Stanley, a capital do arquipélago, rebaptizada pelo regime de Buenos Aires de Puerto Argentino. O Governo britânico, liderado por Margareth Thatcher, tentou, então, negociar uma retirada pacífica das tropas argentinas, mas, perante a resposta negativa do Executivo de Galtieri, Londres decidiu responder pela força. Thatcher ordenou a preparação das forças britânicas para um conflito armado. Depois de uma fase de relativo equilíbrio, a Grã-Bretanha, deu inicio á “Operação Sutton”, enviando um grande número de fuzileiros para a região. A vitória dos ingleses concretizou-se durante o mês de Junho. No rescaldo, contabilizavam-se 913 mortos - 655 argentinos, 255 militares britânicos e três civis. Memórias de um secretário de Estado Paulo Lowden Marques, que, durante parte do conflito, foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros no Governo português, liderado por Pinto Balsemão, recordou, na Rádio Renascensa, que Portugal acabou por ter intervenção neste conflito ao disponibilizar a Base das Lajes para o reabastecimento dos aviões britânicos. A Inglaterra pediu ajuda a Portugal para ter direito a aterrar na Ilha Terceira. Portugal anuiu, desde que a Inglaterra invocasse a velha aliança. A Inglaterra ainda hesitou 24 horas, “porque tem sempre medo que se vá pedir outra coisa em troca, mas acabou por o fazer”. Foi a última vez que, no século XX, a Aliança secular entre a Inglaterra e Portugal foi invocada”. Portugal não pediu nada em troca, mas acabou por ver os escritórios da TAP em Buenos Aires serem encerrados pela ditadura argentina.