segunda-feira, 25 de abril de 2022

fp25 o luto que falta fazer1

nem as vitimas, nem o País, disto fizeram o luto!

va pensiero...

Vai, pensamento, sobre asas douradas
Vai, pousa sobre as encostas e as colinas
Onde perfumam tépidos e suaves
Os ares doces do solo natal!

Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada dos profetas fatídicos,
Por que estás muda pendurada no salgueiro

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O CRESCIMENTO DA DIREITA

A direita cresce em toda a parte. O fenómeno não parece conjuntural, como se vê em França, e Portugal não é excepção. A esquerda nacional já percebeu e não sabe bem como lidar com a evidência. Para alguns, mais primitivos, é tudo resultado de um punhado de fascistas netos que ainda por aí andam e levam alguns incautos atrás com um discurso de «ódio». Para outros, mais avisados, o fenómeno é mais complexo. É que existem «insatisfeitos» e «descontentes» com a gloriosa vida política nacional e é preciso «compreendê-los» para melhor os combater e neutralizar; andam fora do bom caminho e com algum jeito e paciência lá voltarão ao bom redil. Certa direita alinha também nesta última explicação por simples incapacidade de pensar e colonização ideológica.
As explicações são ambas estúpidas, o que não admira. Uma baseia-se no ódio à direita outra no paternalismo «democrático». Ambas falham o essencial. Saudosistas do antigo regime já não há e os poucos que existiam já estão no cemitério. Querer ressuscitá-los é de tal modo estulto que nem merece um minuto de atenção. Por sua vez, a segunda tese não consegue perceber que não é de descontentamento que se trata nem de insatisfação e que por muito que a esquerda tente, eles não voltam ao redil. O que se passa é profundo demais para a esquerda perceber.
A esquerda portuguesa esquece-se que é portadora de uma visão redentora da sociedade civil ancorada num projecto ideológico totalitário. Na verdade, a esquerda julga-se o sal da terra. A sociedade civil não passa de um rebanho de ignorantes que tem de ser ensinado e cultivado nos doutíssimos dogmas da economia dirigida pelo Estado, da educação estatizada, da igualdade de género, da idolatria homossexual e transsexual, dos subsídios aos que não trabalham nem querem trabalhar, do facilitismo no ensino, do abastardamento da cultura, da menorização dos cidadãos, etc…
Se a esquerda quer perceber porque é que a direita cresce tem de começar por aqui. Tem de começar por se interrogar a si própria em vez de em vão tentar perceber as motivações da direita. Tem de entender os limites e os defeitos da ideologia que transporta e tenta inocular. Tem de começar por perguntar-se se o que defende é razoável e racional. Tem de perceber que os portugueses fazem parte de um povo muito antigo e mais instruído do que a esquerda pensa e que tem boas razões para não confiar no poder do Estado mais a mais se monopolizado por um partido que dele vive e que com ele cresceu. Os portugueses desconfiam da proliferação de políticas públicas de eficácia mais que discutível e que querem conduzir a sociedade civil à custa dela, evidentemente, para becos sem saída. A vitória eleitoral não pode ser o pretexto para mais programas de realizações. A direita não vive do protesto; vive é da incapacidade e do preconceito da esquerda.
A razão de ser da insatisfação dos portugueses é o crescimento exponencial do sector público a gastar o dinheiro deles sem limites e com poucos resultados visíveis, alimentado a impostos esmagadores em benefício de um sector público que se confunde com um partido e que mede a eficiência das políticas públicas pelo reforço do mesmo partido. A monopolização do poder nunca deu bons resultados porque os resultados eleitorais por si sós não fazem a democracia.
Claro está que a democracia política funciona, os tribunais são independentes e os direitos dos cidadãos estão vivos. Mas não é disso que se trata.
O que a direita portuguesa quer é uma democracia política mais transparente, menos partidarizada, uma sociedade civil mais liberta, menos ideologia no ensino e na saúde, mais contratos e menos funcionários públicos numa palavra; mais liberdade e menos Estado. A miragem da terra prometida pelo Estado partidarizado não compensa o preço a pagar.
A esquerda afirma que a direita não tem programa. É falso. Tem mas não é o da esquerda. O programa da direita é simplesmente deixar a sociedade civil entregue a si própria confiada no bem senso e suficientemente liberta para se promover e desenvolver de acordo com critérios há muito testados e que sempre deram bons resultados. Hoje em dia no nosso país defender isto é ser de direita. Mas não; a esquerda julga que tem qualquer coisa a ensinar-nos e que se não alinharmos nos disparates que nos quer impingir é porque somos fascistas e reaccionários. Coitados; um dia alguns deles compreenderão que a sociedade civil portuguesa já existia muito antes deles e existirá muito depois. Concluirão os mais espertos que a sociedade civil é uma realidade muito complexa, diversificada e elaborada e que não cabe dentro dos raciocínios escassos em que a esquerda a quer encerrar.
É por isso que a esquerda portuguesa odeia o pluralismo. Este é um resultado directo do livre desenvolvimento da sociedade civil que é como quem diz, do exercício activo dos direitos individuais dos cidadãos, a começar pela iniciativa privada. Imagine-se as consequências que isto teria para a esquerda nacional; deixava de poder condicionar a economia, o ensino, a saúde e a cultura. Que pesadelo. O seu objectivo é o mesmo de sempre; uma sociedade civil empobrecida, esmagada pelos impostos, condicionada pela dependência, embrutecida pelo ensino partidarizado, educada num falso e estúpido igualitarismo e no culto da irresponsabilidade, cada vez mais longe dos parceiros europeus. Enquanto assim for a esquerda será rainha em Portugal.
O principal rival da esquerda portuguesa é a sociedade civil. E atrás dela está a direita liberal e conservadora que a sempre reconheceu e defendeu. É que a direita, tal como a entendo, não é o resultado da criação de mais um partido político ao lado de outros a querer cavalgar as forças da sociedade civil. É o fruto do livre desenvolvimento desta. É o seu prolongamento natural. O crescimento da direita em Portugal é o da sociedade civil portuguesa.
Luiz Cabral de Moncada
Professor de Direito

quarta-feira, 13 de abril de 2022

O Orçamento do Vladimir !

O Orçamento do Vladimir é igual ao do Almeida Correia!
.
Quem tiver mais-valias bolsistas em investimentos detidos por menos de um ano vai ter de as englobar obrigatoriamente na sua declaração de rendimentos.
TOPAS?

 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

25 de Novembro

já me tinha esquecido de como argumentavam os social-fascistas...
Até pensava que já não existia nenhum!


terça-feira, 5 de abril de 2022

Desinformação e Contrainformação para memória futura

a entrada de dois hacker’s opinativos (“artur campos” do Seixal e “manuel dos santos” de  Setubal) 
- nos minutos finais para serem mais facilmente recordados, 
- possuidores de uma boa e bem treinada “voz radiofónica”, 
- bem treinados no uso de falácias que sucessivamente repetem 
perspectiva-me o assomar de uma organização que pensava imersa no país, apesar de se encontrar bem viva (e melhor financiada) por um magnata a que alguns jornalistas e comentadores chamam “filantropo de esquerda” 
A Dra Helena Matos está de parabéns pela forma notável como lhes reagiu e 
os próximos dias irão decerto dar-nos mais indicações desta provável emersão da Desinformação, quiçá Contra Informação) tão academicamente gramsciana…

domingo, 3 de abril de 2022

Aristides de Souza Mendes. Uma história branqueada ?

 

  
"Mais de seis anos após os acontecimentos ocorridos no Sul de França, Theotónio Pereira relatou numa carta dirigida a Salazar o facto de Aristides de Sousa Mendes o ter procurado, diretamente e através de terceiros, de modo a interessá-lo pela revisão do processo que conduzira ao «seu afastamento do serviço», ficando, compulsivamente, a aguardar aposentação auferindo cerca de metade do salário. Mas mais do que os contactos feitos por Aristides de Sousa Mendes, ou em nome de Aristides de Sousa Mendes, ao antigo embaixador em Madrid repugnava-lhe a campanha desenvolvida na imprensa internacional no ano de 1946, nomeadamente em jornais do Brasil e dos EUA, em que se afirmava que o antigo cônsul fora «vítima da sua devoção pelos refugiados» ao mesmo tempo que se repetiam «insinuações acerca da atitude tomada nesse particular pelo Governo português». Por isso, transmitiu a Salazar, em novembro de 1946, a sua visão dos acontecimentos ocorridos em junho de 1940: 'Ao chegar a Irún foi-me dito pelo Coronel Chefe do Serviço da fronteira que a Espanha ia recusar a passagem aos refugiados. Tratava-se duma verdadeira avalanche humana que corria na frente das forças alemãs. Estas atingiriam a fronteira de um momento para o outro. Seria um facto de transcendente gravidade e um momento muito difícil para Espanha. Nenhuma obrigação tinha esta de dar asilo a multidões que fugiam tomadas de pânico e era razoável e lógico que procurasse a todo o custo evitar conflitos com o invasor da França. O interesse dos espanhóis e nosso estava justamente em conseguir que os alemães se detivessem na fronteira. Respondi que não tinha dúvida que a Espanha faria respeitar a sua fronteira, mas que não podia admitir que as autoridades espanholas se negassem a acatar os vistos de livre-trânsito para Portugal postos nos passaportes de pessoas que se dirigissem ao nosso País. Então o Coronel Ochotorena (era este o seu nome) tomou um punhado de passaportes de sobre a mesa e mostrou-lhe [sic] vários deles que não continham senão estas palavras a lápis: «visto bom para Portugal» e uma rubrica abreviada que não reconheci. Nem carimbos, nem selos, nem qualquer sinal de autenticidade. «É isto um visto a que se possa fazer fé?», perguntou. Não pude deixar de reconhecer que os seus reparos eram justificados. E acrescentou: «Como este têm aparecido muitíssimos outros. «Parece que é o seu Cônsul em Bordéus que veio instalar-se aqui na fronteira e os está dando a toda a gente.» Por último, teve uma frase que me deixou perplexo: «O Senhor Embaixador vai agora a França e terá ocasião de verificar que as notas de mil francos andam por lá nas pontas dos pés e muita gente as estará recolhendo.» Fui efetivamente a França depois de conseguir do Coronel Ochotorena a promessa formal de que os nossos vistos seriam respeitados e que a Espanha deixaria passar todas as pessoas com o seu passaporte em regra ou que fossem objeto de uma recomendação especial minha. Chamei a mim toda a responsabilidade dos serviços e declarei que permaneceria na fronteira enquanto durasse aquele transe tão difícil. A Espanha manteria assim aberta a fronteira para os refugiados que buscassem Portugal e que nas condições mais dramáticas estavam chegando à pequena cidade de Hendaia. Três dias me conservei circulando entre Bayonne e Irún até que a aproximação das forças alemãs me fez regressar definitivamente a Espanha.' Theotónio Pereira continuava o seu testemunho afirmando estar convencido de que fora a sua «presença na fronteira» que impedira que «as autoridades espanholas recusassem a passagem de refugiados». Afinal, era «compreensível o seu desejo de evitar a todo o custo motivos de descontentamento por parte dos tão incómodos como perigosos elementos que em poucas horas atingiram a fronteira dos Pirenéus pela primeira vez na sua História». Por isso, qualquer «pretexto» era bom para «deixarem» de reconhecer «os vistos portugueses», comportamento que seria muito «justamente facilitado pelo irregularíssimo procedimento do cônsul português em Bordéus». No entanto, tal não aconteceu, e todos os portadores de vistos portugueses, mesmo irregulares, entraram em Espanha, prosseguiram para Portugal e aí entraram e permaneceram até conseguirem um visto para as Américas. Por fim, Theotónio Pereira resumiu as irregularidades mais graves cometidas por Sousa Mendes. Elencou o «abandono do posto e da família» em Bordéus; a sua presença «num café» onde concedeu «vistos a todas as pessoas» que os «solicitavam, depois de lançar o pânico no consulado em Bayonne»; finalmente, e apesar de não ter na sua posse «os elementos habituais de autenticação dos vistos, lançara [com a sua atitude] a confusão e a desconfiança sobre os passaportes dos que se dirigiam a Portugal», o que fizera com que as «autoridades espanholas acusassem» os serviços consulares portugueses de «comércio de venda de vistos». De tudo isto, Theotónio Pereira extraía duas conclusões. Em primeiro lugar, que embora Aristides de Sousa Mendes fosse «culpado» dos factos apontados, os seus atos não eram senão consequência «dum verdadeiro colapso nervoso», não acreditando Theotónio Pereira que o cônsul tivesse «procedido com fins menos honestos». Era sua convicção que não tinha recebido «uma só daquelas notas de mil francos com que os fugitivos pagavam alucinadamente uma gota de gasolina, um pedaço de pão ou um metro de estrada que os colocasse mais perto da ponte internacional». Em segundo lugar, nada permitia a Aristides de Sousa Mendes «invocar os seus auxílios aos refugiados ou os serviços prestados às Nações Unidas». E porquê? Porque o «seu desvairado procedimento teria sem dúvida dado lugar a que as autoridades espanholas suspendessem ou reduzissem a passagem dos fugitivos para Portugal se o signatário destas linhas se não tivesse apresentado na fronteira franco-espanhola e chamado a si toda a responsabilidade e direção dos serviços portugueses naquela hora crítica». [Resumindo] Em finais de 1946, e aos olhos de Theotónio Pereira, Aristides de Sousa Mendes era responsável não por ter facilitado que alguns milhares de refugiados fugissem de uma Europa em guerra e em grande medida dominada pelos nazis, mas por «antipatrióticas atuações [que] através de jornais estrangeiros [...] têm atacado Portugal e o seu Governo»."

sexta-feira, 1 de abril de 2022

uma geringonça húngara!

Seis partidos comprometeram-se a aceitar os resultados de um processo primário que deverá determinar o candidato a primeiro-ministro, que irá liderar a lista unificada da oposição nacional, e os respectivos candidatos únicos para os 106 círculos eleitorais do país, até 10 de Outubro.
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Através da votação da lista nacional, 93 deputados serem eleitos nas eleições de 2022 para o Parlamento de Budapeste, com 199 lugares.
Seis partidos participam nestas primárias: o Partido Socialista (MSZP), o Párbesz (Diálogo), a Coligação Democrática (centro-esquerda), o Momentum liberal, o LMP ambientalista, bem como o Jobbik de direita, cuja inclusão tem sido a mais controversa.