...interpelado por uma popular sobre a «crise em Portugal», reagiu como se não protegesse o governo desde o início do mandato presidencial, tentando o truque do distanciamento. E, ultrapassando todas as marcas de coerência política, ainda afirmou que «é preciso conhecer a verdadeira dimensão dos lares ilegais», depois de mais de 681 vítimas em lares de idosos (cerca de 40% das mortes por Covid em Portugal).
(por RuiCostaPinto em Passeio
de Marcelo está a Acabar)
sábado, 29 de agosto de 2020
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
os portugueses votaram neste Governo...
O Presidente da República de Portugal foi no dia 28 de agosto de 2020 confrontado por uma popular durante a inauguração da Feira do Livro no Porto, tendo sido questionado sobre a crise financeira em Portugal.
Em resposta, Marcelo Rebelo de Sousa diz que quem não está satisfeito deverá votar noutro Governo.
"Porque é que ajudam a TAP e os hotéis e a nós, que somos micro empresários, não nos ajudam? Porquê?", questionou a portuguesa.
"Então eu dou-lhe a resposta", garantiu o Presidente da República, "porque os portugueses votaram neste Governo".
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
três deputadas ameaçadas?
Santa
ingenuidade? Completa ignorância? Silly season?
Um
email?
e a
Rita Tavares ainda não entrevistou o “emissor”?
Não
acredito que a alegada jornalista queira tomar por parvos (ou ignorantes) os
leitores do Observador !
(Bom! Pode ter sido um artigo
encomendado pela agitprop da extrema-esquerda e, sendo assim, espero que tenha
sido uma boa "transação comercial")
“A
ameaça está já a ser investigada pela Polícia Judiciária, que foi informada
pela associação SOS-Racismo da existência do email e também pelo Bloco, segundo
apurou o Observador junto de fonte do partido. O BE está a formalizar uma queixa
junto do Ministério Público.
No
final do email constam apenas as iniciais “NOA-RN”, de Nova Ordem de Avis –
Resistência Nacional, um grupo neonazi que reúne antigos militantes da Nova
Ordem Social, do Partido Nacional Renovador e dos Portugal Hammer Skin. No
passado fim de semana, terão sido membros deste mesmo grupo que estiveram
em frente da sede do SOS-Racismo numa ação que diziam ser contra o
“racismo anti-nacional”. A associação fez queixa ao Ministério Público
esta semana.” (in “Três
deputadas ameaçadas por grupo neonazi através de email. PJ já está a investigar
caso” por Rita Tavares)
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
Não é uma excepção. É um padrão !
Não via António Costa assim
irritado desde as perguntas que lhe fez uma jornalista da SIC junto ao pavilhão
Atlântico, em 2015.
Não. Desde que recusou a
decisão da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos para tornar
público um relatório sobre obras públicas municipais, em 2013 quando era
presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Não. Desde 2011 quando o
jornal Público, amparado pela lei, pediu para ter acesso a esse mesmo
relatório.
Não. Desde que não gostou de
algumas perguntas do jornalista Vítor Gonçalves numa entrevista na RTP , também em 2015.
Não. Desde que enviou um sms
ostensivo ao director do Expresso, João Vieira Pereira, muito aborrecido com um
artigo de opinião publicado nesse semanário. Ironicamente num 25 de Abril, em
2015.
Não. Desde que à entrada de
uma reunião da Comissão Nacional do PS, em Novembro 2016, se irritou ao ser
questionado por jornalistas sobre a potencial saída de Centeno do governo.
Não. Desde esse mesmo dia,
quando questionado sobre se a não entrega de declarações de rendimentos de
António Domingues terá sido uma condição deste para aceitar o lugar de
presidente da Caixa Geral de Depósitos.
Não. Desde os incêndios de
Pedrógão, em 2017, quando várias vozes lhe perguntaram porque não pedia
desculpa aos portugueses.
Não. Desde que mandou
terminar uma entrevista à Rádio Renascença no seu carro porque não gostou de
uma pergunta, em Setembro de 2017.
Não. Desde aquele embate com
Assunção Cristas no Parlamento. Qual deles? Perdi a conta. Foram vários.
Não. Desde a patética cena de
Tancos, ao ser questionado se tinha conhecimento dos gravíssimos factos ali
ocorridos.
domingo, 23 de agosto de 2020
Para o Costa os heróis do SNS são uns cobardes nos lares...
Lembram-se daquela foto em frente do Palácio de Belém, em que as mais altas figuras do governo, atribuíam a escolha do nosso país para a disputa da fase final do campeonato de futebol como um prémio aos heróis do SNS que combatiam na linha da frente o covid 19 ?
Corre por aí este vídeo:
Para Costa o que é verdade hoje é mentira amanhã estamos fartos de saber mas não deixa de surpreender. E porquê tudo isto ? Porque a Ordem dos Médicos tem criticado duramente o governo e a sua política para a Saúde e no combate à Covid 19. O que se passou no Lar de Reguengos de Monsaraz com os coronéis socialistas borrou a pintura ente governo e OM.
A pandemia tem duas faces. Uma aguenta todos as culpas da situação que já era muito frágil antes do vírus, a outra, pôs ao léu todas as misérias cuidadosamente escondidas durante este últimos 20 anos de governo do PS.
.
Chega ( sem ironia )
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
linha do Douro: Ultima Viagem!
Reportagem em bruto e com sons originas numa das ultimas viagens realizadas na linha do Douro a cargo de locomotivas da série 1400.
Verão de 2006.
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
o mundo secreto dos revisores de conteúdos do Facebook...
A
maioria terá entre 20 e 30 anos e são contratados remotamente. Têm duas semanas
de formação e depois passam a decidir se o que partilhamos pode entrar ou não.
Em muitas situações, só têm dez segundos para tomar decisões. A partir de
Lisboa, mal pagos e com grande rapidez, trabalham para os mercados espanhol,
sul-americano, francês, italiano e alemão, contam ao Expresso dois antigos
revisores de conteúdos do Facebook. Sempre que se levantam do lugar, têm de
registar num programa o que foram fazer - se foram à casa de banho, fumar um
cigarro, almoçar ou a outro destino. Empresa diz que os salários são
competitivos e os incentivos acima da média
Quando
se candidataram não sabiam ao que iam. Apenas que estavam a candidatar-se a um
projecto específico na Accenture, em Lisboa. “Só me conheceram no dia em que lá
fui assinar o contrato”, diz ao Expresso um antigo moderador de conteúdos que
trabalhou para o Facebook a partir de Lisboa. “Não tive de fazer nenhuma
entrevista presencial, apenas por telefone, além de testes de inglês e de outro
idioma.” Por telefone, seria apenas informado que o trabalho envolveria
“conteúdo sensível” e questionado sobre se isso constituía um problema para si.
É na
Accenture, em Lisboa - num edifício separado das restantes operações - que
trabalham alguns dos revisores de conteúdo do Facebook. A maioria são jovens
entre os 20 e os 30 anos, licenciados em áreas tão diferentes como marketing,
design, gestão hoteleira e relações internacionais, entre outras, que trabalham
desde a capital para os mercados espanhol, sul-americano, francês e italiano
(e, recentemente, alemão), segundo contam ao Expresso dois ex-trabalhadores. Há
muitos estrangeiros “que veem aqui uma oportunidade de trabalho”, tal como
jovens. “Lembro-me apenas de duas pessoas com mais de 40 anos”, conta um dos
entrevistados.
O
critério de selecção destes colaboradores não é conhecido. “Houve uma altura em
que parecia que bastava estar disponível para entrar no trabalho”, diz um dos
antigos trabalhadores, embora reconheça que “não contratavam qualquer pessoa”.
“Penso que valorizavam quem tivesse uma licenciatura, mas as entrevistas de
emprego eram básicas.”
Envoltos
em secretismo, pouco se sabe sobre os revisores de conteúdos do Facebook. Mas
antigos revisores de conteúdos do Facebook ouvidos pelo Expresso lançam alguma
luz sobre o dia a dia desta espécie de jurados que decidem o que pode - ou não
- ser publicado na rede social.
AS
“LEIS” DO FACEBOOK
A
entrada no universo da moderação dos conteúdos do Facebook começa com um curso
de duas semanas - remunerado e que termina com um exame prático -, onde se
mostram “as leis do Facebook” e “casos práticos” para exemplificar “as decisões
a tomar nas diferentes situações”, explicam as fontes contactadas pelo
Expresso. Cada publicação (texto, fotografia, vídeo) é identificada e analisada
por “uma combinação entre inteligência artificial e relatórios de pessoas” e
revista por uma rede global de moderadores em várias localizações que trabalham
24 horas por dia, sete dias por semana, em mais de 40 idiomas, diz ao Expresso
o Facebook.
Em
cada conteúdo há três caminhos possíveis: manter, bloquear ou escalar (isto é,
avisar os chefes de equipa para que estes decidam se contactam o Facebook,
autoridades, equipas de apoio ao suicídio, antiterrorismo, etc.). Os revisores
podem ainda contar com a ajuda de especialistas em áreas específicas da
moderação (conteúdo sexual, terrorismo, segurança infantil, entre outras), que
não são necessariamente pessoas com formação académica ou profissional anterior
nestas áreas.“São formadas pelo Facebook”, esclarecem os antigos moderadores.
Apesar disso, Monika Bickert, vice-presidente da política global de produto da
empresa, afirmou em comunicado na semana passada que muitos dos especialistas
que estão nos 11 escritórios espalhados pelo mundo “já trabalharam em questões
relacionadas com estes temas antes de virem para o Facebook”.
Em
Lisboa, os revisores que entram na empresa integram normalmente uma equipa que
se dedica a analisar conteúdos alegadamente “menos violentos”, como ofensas em
comentários, fotografias ou vídeos, acidentes, publicações terroristas ou
mutilação de animais. “Também vemos conteúdos mais agressivos, mas não somos
obrigados a isso, podemos passar à frente”, esclarece um dos entrevistados. Mas
se diariamente 98% dos itens avaliados por um revisor tivessem qualidade (ou
seja, estivessem correctamente avaliados) este passava automaticamente para a
equipa de High PRY (Prioridade Máxima). Esta, sim, tem de avaliar conteúdos
mais sensíveis: automutilação, suicídio, bullying, entre outros. “E se tivessem
esse padrão de qualidade, as pessoas não tinham muita escolha, era ‘vais e
vais’”, reconhece uma das fontes.
Sempre
que se levantam do lugar, os revisores têm de registar num programa o que foram
fazer - se foram à casa de banho, fumar um cigarro, almoçar ou a outro destino.
O resto do tempo estão sentados em frente ao computador a avaliar, no mínimo,
entre 1500 e 1700 conteúdos. Ao Expresso, os moderadores confirmam aquilo que o
jornal “The Guardian” noticiou no ano passado e garantem que o Facebook não
mudou as orientações na sequência dessas notícias: em muitas situações só têm
dez segundos para tomar decisões. E aqui as opiniões dividem-se. Uns acusam a
pressão, outros não. E se há quem considere que dez segundos é suficiente
(“muitos itens são básicos, para mim era automático”), há também quem discorde
por existirem “muitos casos subjetivos e difíceis de decidir”. “Não
trabalhávamos demasiado [8 horas], mas era um trabalho muito stressante e psicologicamente
exigente”, sublinha um dos antigos revisores. É também por isso que a
multinacional disponibiliza gratuitamente acompanhamento psicológico aos
colaboradores. “Há uma psicóloga todos os dias na empresa”, garantem as fontes
ouvidas.
Onde
as opiniões convergem é nas condições oferecidas aos trabalhadores. Apesar de
“óptimas condições de espaço e material”, incluindo shuttle para a empresa, pelo
menos até ao final do ano passado muitos revisores de conteúdo recebiam o
ordenado mínimo (além de um bónus anual por dominarem determinado idioma).
“Visto que nos pediam duas línguas e trabalhávamos conteúdos difíceis, o
salário mínimo não era suficiente”, aponta um dos colaboradores. Depois de
algumas reivindicações por parte dos trabalhadores em Lisboa, a remuneração
acabaria por ser actualizada “em cerca de mais €200”, indicam. Ainda assim, “há
quem diga que este trabalho é o lixo da internet”, acrescenta o outro
moderador, evidenciando uma “grande rotatividade” na empresa e “pessoas a
entrar e a sair”. “Até não é difícil crescer lá dentro e passar a chefe de
equipa, mas poucas pessoas querem ficar.”
Depois
de mais de uma semana de sucessivos contactos do Expresso junto do Facebook, a
tecnológica nega as denúncias sobre a remuneração e condições dos revisores de
conteúdos, acrescentando que as equipas de moderadores pelo mundo dispõem de
acompanhamento, bem como um salário competitivo e pacotes de recompensas e
incentivos acima da média do sector. Já a Accenture não se pronunciou,
encaminhando o Expresso para o Facebook.
A
divulgação, há pouco mais de uma semana, das orientações que os 7.500
moderadores do Facebook pelo mundo seguem para permitir ou proibir determinados
conteúdos (padrões de comunidade) - e o anúncio que a rede social passa a dar a
possibilidade aos utilizadores de recorrerem das suas decisões - voltou a
trazer para o espaço público a questão sobre quem são estes moderadores e como
tomam decisões sobre aquilo que é publicado.
As
condições a que os moderadores dizem estar sujeitos, nomeadamente a remuneração
e a pressão ou rapidez de decisão, são apontadas como a principal dificuldade
deste trabalho em Lisboa. Mas este não é um problema exclusivo da empresa
liderada por Mark Zuckerberg, nota Carla Baptista. A professora e investigadora
da Universidade Nova afirma que, embora imagine que seja “difícil e precário”,
é uma circunstância “do trabalho digital no mundo em que vivemos, rápido e sem
reflexão”. “Serem mal pagos é transversal à sociedade. Claro que é uma
discussão que devemos ter, mas é uma discussão laboral mais abrangente.”
Certo
é que as condições a que estão sujeitos podem afetar a qualidade da moderação,
aponta Marisa Torres da Silva, professora e investigadora da Universidade Nova.
“A regulação é importante e deve estar presente, mas não é indiferente a forma
como é feita”, defende Marisa Torres da Silva, especialista em áreas como media
digitais, democracia e moderação online. “Se for excessiva, com disparidade de
critérios e pouco transparente, não cumpre o seu papel.” É por isso que a
formação e literacia para os media são tão importantes. “Serem jovens e de
diferentes áreas não me parece problemático, mas duas semanas de formação não
são suficientes para torná-los aptos a tomar decisões tão sensíveis.” E
questiona ainda: “Como é possível decisões destas serem tomadas em dez
segundos?”.
Num
império de mais de dois mil milhões de utilizadores, que transforma a rede
social no maior ‘país’ do mundo, as políticas definidas e decisões adopadas não
são inócuas. É isso que defende o Onlinecensorship.org (projecto da Electronic
Frontier Foundation e da Visualizing Impact que se dedica a identificar casos e
padrões de conteúdos ou perfis retirados indevidamente nas redes sociais) ao
evidenciar que “as empresas de redes sociais têm demasiado controlo sobre o
discurso dos utilizadores, o que pode e leva muitas vezes a casos de censura
[de discurso legítimo]”. “É particularmente problemático que estas empresas
apliquem as suas regras sem transparência ou um processo justo”, explica ao
Expresso Jessica Anderson, que pertence à equipa do projecto, acrescentando que
mais transparência traz mais facilidade em reconhecer padrões de censura
(moderação excessiva), em corrigi-los e em criar um debate público sobre as
regras que regulam a actividade online.
No
caso do Facebook, realça que os principais problemas passam pela falta de
transparência “em relação aos critérios e forma como os faz cumprir” e ausência
de um processo justo - embora considere positiva a decisão recente de permitir que
os utilizadores possam recorrer das decisões dos moderadores. Além destes,
existem ainda problemas relativos ao conteúdo e interpretação dos Padrões de
Comunidade, moderação em escala, abuso da sinalização pelos utilizadores
(flag), entre outros.
Carla
Baptista recorda “histórias ridículas” em que fotos de mulheres a amamentar ou
até de interesse jornalístico foram banidas. E Marisa Torres da Silva realça
que existem critérios pouco claros. Veja-se o exemplo do discurso de ódio. Além
de ser muito difícil de definir e de depender do contexto, “as orientações para
o discurso de ódio têm muitas vezes um duplo critério que não se percebe”,
explica. “Por exemplo: é permitido dizer que os refugiados são sujos e
preguiçosos, mas não que os ingleses são os melhores e os espanhóis uma
porcaria. Como no primeiro caso é usado um adjetivo, isso não é classificado
como discurso de ódio - é considerado descrição da aparência de um grupo de
pessoas e não da sua natureza.” É por isso que defende uma discussão alargada sobre
os critérios para a moderação na rede social.
Ainda
assim, este passo recente do Facebook no sentido de dar a conhecer os critérios
de moderação e de dar mais poder aos utilizadores é aplaudido pelos
especialistas. “Tudo o que sirva para fornecer transparência a processos de
decisão tão obscuros como os do Facebook é um passo positivo”, acredita Marisa
Torres da Silva. Mas a investigadora não se ilude e alerta para as motivações
“económicas” da tecnológica: “os problemas com os anunciantes têm sido muitos”.
Carla Baptista concorda: esta “é uma resposta a uma situação de crise”, não
“uma decisão altruísta”. “Não há aqui nada de novo”, diz. “O Facebook já fazia
esta moderação desastradamente e sem critério. Agora divulgou as orientações,
como os moderadores vão atuar é outra questão.” (Como
funciona em Lisboa o mundo secreto dos revisores de conteúdos do Facebook
por MARIA JOÃO
BOURBON)
Aljubarrota !
há 635 anos decidimos ser independentes!
Ao longo dos séculos tivemos várias ocasiões em que o confirmámos!
(infelizmente, nestes últimos dias, uns "portugueses de secretaria" tudo estão a fazer para o contrariar!)
domingo, 9 de agosto de 2020
Fat Man
Era uma Quinta-Feira, 9 de Agosto. Pouco passava das 11 horas quando o Fat Man, contendo um núcleo de plutónio-239, foi largado sobre o vale industrial da cidade de Nagasaki. 40.000 dos 240.000 habitantes da cidade foram mortos instantaneamente e entre 25.000 a 60.000 ficaram feridos.
A Segunda Grande Guerra mundial acabaria poucos dias depois, a 15 de Agosto.
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
ポルトガル長崎 Porutogaru Nagasaki
長崎市, a Nagasáqui
Portuguesa refere-se
ao período no qual a cidade de Nagasáqui esteve
sob administração estrangeira, entre os anos de 1580 e 1586. Originalmente
garantida aos jesuítas, ela foi administrada em conjunto por um
representante da Coroa Portuguesa quando presente, como
pelos direitos portugueses do padroado. Temerosos de que Nagasáqui poderia
cair nas mãos do seu rival Takanobu, Omura Sumitada (Dom Bartolomeu) decidiu
garantir a cidade directamente aos jesuítas em 1580
Como
"Visitador das Missões nas Índias", Alessandro Valignano foi responsável por
concluir com Dom Bartolomeu (Omura Sumitada) os termos para a concessão, incluindo
todos os detalhes legais, sendo ele mesmo um jurista. Os jesuítas seriam
responsáveis por eleger um regedor para administrar a cidade e promover
fidelidade a Dom Bartolomeu, que ainda nominalmente era o senhor daquelas
terras.
Por este acordo bilateral, Nagasáqui estava em situação similar
a Macau,
onde os portugueses concordaram em pagar as autoridades de Cantão uma taxa em
troca dos privilégios especiais sobre o território.
Em
1586, Nagasáqui foi invadida por forças de Shimazu Yoshihisa, assim colocando
fim ao controlo estrangeiro sobre a cidade. No ano seguinte, ela foi
retomada por forças de Toyotomi Hideyoshi, que aproveitou a chance para
anunciar o primeiro decreto anticristão, e que dali por diante a cidade estaria
sob o controlo central. Mesmo assim, ela permaneceu como o principal porto de
escala para as embarcações portuguesas nas décadas seguintes
広島市 Hiroshima
Enola Gay foi o nome dado ao bombardeiro B-29 que lançou a bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima no dia 6 de Agosto de 1945.
ele não queria que lhe dessem o nome...
...e os lisboetas sempre a chamaram e chamam de "A Ponte"
Em 1958, o Estado Novo decidiu oficialmente a construção da ponte e no ano seguinte, foi aberto um concurso público internacional, para que fossem apresentadas propostas para a construção. Após a apresentação de quatro propostas, em 1960, a obra foi adjudicada à empresa norte-americana United States Steel Export Company, que em 1935, já tinha apresentado um projecto para a sua construção. A 5 de Novembro de 1962 iniciam-se os trabalhos de construção. Menos de quatro anos após o início, isto é, passados 45 meses, a ponte sobre o Tejo é inaugurada (seis meses antes do prazo previsto) no dia 6 de Agosto de 1966.
Oito anos depois, por iniciativa do "putschista" de Beja, João Varela Gomes, que após a inventona comunista do 28 de Setembro fora nomeado, improvisadamente, para presidir às primeiras comemorações da Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910, foi-lhe mudado o nome para "Ponte 25 de Abril".
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Quatro vias para o golpe nos EUA....
A cada novo tweet, Trump
levanta um pouco o véu sobre o golpe que está em cima da mesa da sala oval.
Vencer a pugna eleitoral respeitando as regras democrático-burguesas está, para
já, fora dos planos dos republicanos. Podem resumir-se a quatro as linhas de
ataque, possivelmente cruzadas, com que o partido republicano conjura o roubo
das eleições.
Ir a votos e não aceitar o
resultado
Trump avisou que a contagem
dos votos poderá demorar «anos». Há meses que o presidente procura
descredibilizar o acto eleitoral de Novembro lançando suspeitas sobre alegados
planos democratas para cometer uma fraude através do voto por correspondência.
O hiato entre a contagem e a publicação dos resultados pode permitir-lhe uma
jogada para se perpetuar no poder.
Incriminar Biden na véspera
das eleições
O procurador-geral, William
Barr, antecipa a divulgação dos resultados da investigação Durham para a
véspera das eleições, uma «surpresa de Outubro», que pode comprometer o
candidato democrata, Joe Biden, envolvendo-o directamente numa teia de
complexas acusações criminais.
Adiar ou suspender o
escrutínio
Trump já o pediu
publicamente: adiar as eleições por não estarem reunidas as condições de
segurança. Para fazê-lo, contudo, não basta ao presidente declarar o estado de
emergência porque os serviços postais não conseguem lidar com o voto por
correspondência: Trump precisaria de justificar esta decisão com um clima de
caos, terror e excepção. Concorre para esta via a recente decisão de reduzir o
número de testes à COVID-19, uma opção eleita depois de se concluir que a
pandemia está a afectar principalmente os Estados governados pelo Partido
Democrata. Outra solução seria um conflito internacional ou mesmo um ataque
terrorista, real ou de falsa bandeira.
Fraude no dia 3 de Novembro
O magnata-em-chefe
anunciou a criação de uma milícia com 50 mil «vigilantes eleitorais» para
policiar, intimidar e intervir nas mesas de voto que lhe são desfavoráveis.
Esta «vigilância» poderá ser a antecâmara de uma intervenção paramilitar
semelhante à que vimos nas semanas anteriores. Nos Estados governados por
republicanos, milhares de assembleias de voto estão a ser encerradas nas zonas
com mais imigrantes e negros, dificultando o exercício do voto também através
da exigência de mais documentação.
Biden débil, em todos os
sentidos
Perante a perspectiva real de
um golpe, a impotência do Partido Democrata reflecte-se na debilidade política
e cognitiva do seu candidato. Joe Biden não é apenas fraco, confuso e lento
quando fala. Também o é política e moralmente, no seu percurso tão colado às
mesmíssimas opções da administração Trump no favorecimento dos privilégios e
das desigualdades, na guerra imperialista e na recusa de conceder ao povo
estado-unidense direitos básicos de saúde, educação e habitação. O único mérito
facilmente reconhecível em Biden é não ser Trump. E só isso não basta para
impedir um golpe. (por António Santos no “Avante”)
domingo, 2 de agosto de 2020
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