Não via António Costa assim
irritado desde as perguntas que lhe fez uma jornalista da SIC junto ao pavilhão
Atlântico, em 2015.
Não. Desde que recusou a
decisão da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos para tornar
público um relatório sobre obras públicas municipais, em 2013 quando era
presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Não. Desde 2011 quando o
jornal Público, amparado pela lei, pediu para ter acesso a esse mesmo
relatório.
Não. Desde que não gostou de
algumas perguntas do jornalista Vítor Gonçalves numa entrevista na RTP , também em 2015.
Não. Desde que enviou um sms
ostensivo ao director do Expresso, João Vieira Pereira, muito aborrecido com um
artigo de opinião publicado nesse semanário. Ironicamente num 25 de Abril, em
2015.
Não. Desde que à entrada de
uma reunião da Comissão Nacional do PS, em Novembro 2016, se irritou ao ser
questionado por jornalistas sobre a potencial saída de Centeno do governo.
Não. Desde esse mesmo dia,
quando questionado sobre se a não entrega de declarações de rendimentos de
António Domingues terá sido uma condição deste para aceitar o lugar de
presidente da Caixa Geral de Depósitos.
Não. Desde os incêndios de
Pedrógão, em 2017, quando várias vozes lhe perguntaram porque não pedia
desculpa aos portugueses.
Não. Desde que mandou
terminar uma entrevista à Rádio Renascença no seu carro porque não gostou de
uma pergunta, em Setembro de 2017.
Não. Desde aquele embate com
Assunção Cristas no Parlamento. Qual deles? Perdi a conta. Foram vários.
Não. Desde a patética cena de
Tancos, ao ser questionado se tinha conhecimento dos gravíssimos factos ali
ocorridos.