長崎市, a Nagasáqui
Portuguesa refere-se
ao período no qual a cidade de Nagasáqui esteve
sob administração estrangeira, entre os anos de 1580 e 1586. Originalmente
garantida aos jesuítas, ela foi administrada em conjunto por um
representante da Coroa Portuguesa quando presente, como
pelos direitos portugueses do padroado. Temerosos de que Nagasáqui poderia
cair nas mãos do seu rival Takanobu, Omura Sumitada (Dom Bartolomeu) decidiu
garantir a cidade directamente aos jesuítas em 1580
Como
"Visitador das Missões nas Índias", Alessandro Valignano foi responsável por
concluir com Dom Bartolomeu (Omura Sumitada) os termos para a concessão, incluindo
todos os detalhes legais, sendo ele mesmo um jurista. Os jesuítas seriam
responsáveis por eleger um regedor para administrar a cidade e promover
fidelidade a Dom Bartolomeu, que ainda nominalmente era o senhor daquelas
terras.
Por este acordo bilateral, Nagasáqui estava em situação similar
a Macau,
onde os portugueses concordaram em pagar as autoridades de Cantão uma taxa em
troca dos privilégios especiais sobre o território.
Em
1586, Nagasáqui foi invadida por forças de Shimazu Yoshihisa, assim colocando
fim ao controlo estrangeiro sobre a cidade. No ano seguinte, ela foi
retomada por forças de Toyotomi Hideyoshi, que aproveitou a chance para
anunciar o primeiro decreto anticristão, e que dali por diante a cidade estaria
sob o controlo central. Mesmo assim, ela permaneceu como o principal porto de
escala para as embarcações portuguesas nas décadas seguintes