um artigo
muito interessante!
.
“Após centenas de anos o modelo de
negócios dos bancos está a mudar. Antes os bancos faziam intermediação
financeira, ou seja, pagavam juros aos aforradores para estes entregarem as
suas poupanças e convertiam estes fundos em empréstimos às empresas e aos
Estados, empréstimos esses remunerados a taxas mais elevadas que as pagas aos
depositantes. [...]
Hoje a intermediação financeira é
cada vez menos importante para os bancos e está a ser substituída pela
prestação de serviços de pagamento. Os depositantes deixaram de ser fontes de
custos e passaram a ser fontes de receita. [...]
A curto e médio prazo a banca no seu
conjunto tem algum poder de monopólio sobre os depositantes. Estes poderiam
evitar as comissões bancárias e os juros negativos “de facto” se passassem a
usar apenas circulação, notas e moedas. Contudo, por razões de conveniência e
de segurança já não é possível funcionar com o dinheiro debaixo do colchão. Por
outro lado, não deverá ser possível convencer os empregadores ou a Segurança
Social a entregar os salários ou as pensões em envelopes com notas. Acresce que
os Estados querem terminar com as notas e moedas e universalizar os pagamentos
com registo eletrónico para evitar a fuga aos impostos, pelo que o uso de circulação,
sobretudo para pagamentos elevados, é cada vez mais difícil. [...]”