quarta-feira, 31 de maio de 2017
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Como conseguiu o “ronaldo das finanças” um défice de 2,3%?
O perdão fiscal que não
contava
(mas
o PERES terá
contribuído com pelo menos 551 milhões de euros para a redução do défice orçamental
no ano passado.)
O dinheiro do resgate
(O caso mais relevante é o da devolução de 264 milhões de
euros por parte do fundo de resgate do euro, de prepaid margins do
empréstimo do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). O empréstimo,
feito em 2011, tinha uma maturidade de cinco anos e venceu o ano passado…)
A ajuda à Grécia que não
o era
(este
valor diz respeito a um compromisso que os países do euro fizeram em Novembro
de 2012 com a Grécia. Eram 106,9 milhões de euros que o Estado não
entregou à República Helénica apesar de o ter previsto no Orçamento do Estado
para 2016.)
Mais uns pozinhos caídos
do céu
(a
venda de aviões F-16 à Roménia, uma operação avaliada em 70 milhões de euros
pelo INE. Os aviões foram comprados o ano passado, por isso nem chegam a ter
impacto no PIB.)
(por Nuno
André Martins no Observador)
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Súplica ao Senhor dos Aflitos
São dias fastos. O défice abaixo de 1,4%! E a baixar... O crescimento a 2,4%! E a subir... O Presidente Marcelo já fala de 3,2%... A sorrir...
O desemprego a 10%! A diminuir... O consumo privado a subir. Muito pouco, mas a subir... A poupança a subir. Pouco, mas para cima. O investimento a dar sinais. Poucos, mas bons... Os fundos europeus a chegar. Muitos
e a aumentar... O turismo a subir. Muitíssimo... As exportações a subir. Sempre... Só a dívida não mexe...
[...]
Vivemos aquele momento estranho que vem descrito nas teorias dos jogos. O PS quer ganhar e dispensar os dois outros. Os dois outros querem mostrar que
são indispensáveis, mas desejam impedir que o PS ganhe com maioria absoluta. Se o PS ganhar, os dois outros podem ir para a rua. Ou ficar cortesmente lá, sem uso nem força. Ninguém sabe,
nem PS nem os dois outros, quem bate com a porta, quem deve sair a correr ou ser corrido. Quem fica com as culpas e quem ganha. Quem ganha a perder ou perde a ganhar. Mas até 2020 alguém vai perder... Esperemos
que não sejam os portugueses.
[...]
Esta é uma prece ao Senhor dos Aflitos. Uma súplica para que os nossos dirigentes políticos não estraguem tudo outra vez, para que
não abram desalmadamente os cofres, para que não voltem a meter ao bolso, para que não gastem o que não têm, para que não construam túneis e viadutos, para que não desperdicem
como novos-ricos, para que não façam mais parcerias ruinosas em que os privados ficam com os lucros e o público com o prejuízo, para que não autorizem swaps, para que não voltem a
recrutar dezenas de milhares de funcionários públicos, para que não aumentem salários acima do razoável, para que não voltem a bater nos pobres, para que não dêem aos
ricos o que eles não precisam, para que não continuem a pensar que se pode viver eternamente com dívidas, para que parem de pensar que os credores têm a obrigação de socorrer os devedores,
para que dêem espaço e liberdade aos empresários e para que não voltem a viver como se não tivessem filhos. ( in “Suplica ao Senhor dos Aflitos” por António Barreto )
sábado, 20 de maio de 2017
porque é que “aumentar a dívida pública não gerou nenhum retorno para a economia?”
É estranho que, quando o governo
PSD/CDS estava no poder, falar em défice, dívida, e PIB era sinal de corrupção
moral, pois havia coisas muito mais importantes do que isso. Só que agora, com
o défice de 2016 pequenino e o crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2017
grande, toda a gente que criticava dá urras e proclama a virtude destas
variáveis económicas.
[…]
Se a Geringonça conseguir cumprir o
prometido em 2017, então, a dívida crescerá 1,56% e o PIB 2,99%; depois de, em
2016, terem crescido respectivamente 4,11% e 3,02%.
Em média, em 2016 e 2017, a dívida
cresceu 2,83% e o PIB 3,01%, ou seja,
aumentar o crescimento da dívida não
resultou em nenhuma aceleração do crescimento do PIB, logo
aumentar a dívida pública não gerou
nenhum retorno para a economia.
(in “Um
presente envenenado” por Rita I Carreira no Destreza
das Dúvidas )
sexta-feira, 19 de maio de 2017
…da imprensa a que temos direito (depois)
Às 16 horas do dia 26 de Novembro de
2015, tudo mudou.
Foi quando o governo de António
Costa tomou posse, com o apoio parlamentar do PCP e do BE. Nessa mesma hora,
sem ser preciso fazer mais nada, Portugal voltou de repente a ter economia e
Estado social. Nunca mais houve uma má notícia. A “crise social” desapareceu.
Deixou-se de falar de pobreza. Foi possível celebrar, não apenas a queda do
desemprego (sem ser preciso lembrar que continua acima de 10%), mas também o
aumento das exportações, a diminuição do défice, e o turismo. Os números passaram
a reflectir fielmente a alegria das pessoas. Salvador Sobral pôde ganhar a
Eurovisão sem receio de contribuir para a “alienação” do povo. (in “O país
onde todas as notícias são boas” por Rui Ramos)
…da imprensa a que temos direito (antes)
Entre 2011 e 2015, nunca pôde haver
boas notícias.
Depois de 2013, as exportações
aumentaram, o desemprego caiu (de 16,2% em 2013 para 13,9% em 2014), o défice
diminuiu, a economia voltou a crescer, o turismo começou a alastrar a Lisboa e
ao Porto. Mas ai de quem se mostrasse animado. Eram só “números”. Se o
desemprego caía, era porque os desempregados desistiam de procurar emprego. Os
jornais e as televisões dispunham então de uma reserva inesgotável de “casos
dramáticos” para desmontar as estatísticas. A economia estava destruída, o
Estado social tinha acabado.
e até
Se Salvador Sobral tivesse ganho a Eurovisão em
2015, teria havido editoriais a lamentar a importância dada a um festival. (in “O país
onde todas as notícias são boas” por Rui Ramos)
quinta-feira, 18 de maio de 2017
para mais tarde recordar…
«questionado pela RTP sobre onde foi
buscar aqueles dois dados, o Presidente da República respondeu:
“Eu disse que é uma hipótese que
não está afastada o poder haver uma evolução positiva da economia, se ela vier
de trás, que aponte para a confirmação destes números”, que nunca divulgou estes dados “porque ninguém pode revelar uma
realidade que não existe”,
e acrescentou:
“Eu digo que é um dos cenários
possíveis, um défice mais baixo e um crescimento mais alto”.»
e acrescentou:
segunda-feira, 15 de maio de 2017
para mais tarde o recordar...
“iguala o valor mais elevado deste século”
.
é
assim que o Ministério das Finanças reage ao crescimento de 2,8% do PIB, no primeiro trimestre de 2017,
conforme revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística.”
domingo, 14 de maio de 2017
Um dia para a História
Este 13 de Maio deve
ter conseguido satisfazer quase todos os portugueses:
- A maioria dos católicos
e a nomenclatura
política – com os seus agnósticos, ateus e crentes - tiveram em Fátima e nas TV’s
a “peregrinação” de Francisco I (que, se não aparecer outro, ficará conhecido
como Papa Francisco)
- Uma boa parte,
talvez a maioria da maioria dos adeptos do Futebol, rejubilou-se com a vitória
do Sport Lisboa e Benfica que ganhou o Campeonato Nacional do dito e
- Os apreciadores do
nacional-cançonetismo rejubilaram com a vitória do Salvador no Euro-Festival.
.
tivemos um País feliz…
mesmo que só por um dia!
segunda-feira, 8 de maio de 2017
domingo, 7 de maio de 2017
uma vitória de Pirro.
Os sinais disso são claros.
Primeiro, já na “primeira volta”, 41,2% dos franceses tinha votado contra a União Europeia e não se antevê que a UE lhes venha a dar motivos para reverem a sua posição, num futuro próximo.
Segundo, porque a islamização de França, onde reside a origem do terrorismo que tem assolado o país, não se resolve com «políticas» de imigração ou outras, porque o tempo para isso já lá vai. Hoje, a comunidade muçulmana francesa é gigantesca, não se acultura, cresce enormemente e continuará a querer ver o Islão implantado nas terras gaulesas. O fim do terrorismo nesse país é uma distante miragem.
Por fim, porque Macron, será um presidente sem partido, o mesmo é dizer, sem exército, que terá de negociar, a par e passo, qualquer medida estrutural que pretenda pôr em marcha. Ora, com um Partido Socialista à beira da destruição e com a Frente Nacional a ultrapassar “les Républicains” - a direita republicana clássica -, não se imagina que o sistema partidário se submeta ao novo presidente, que tratará de desgastar o mais que puder.
(in uma vitória de pirro por rui a.)
.
.
sábado, 6 de maio de 2017
O herói da nova tragédia grega
um post irresistível!
.
Outra greve
geral já está marcada na Grécia, desta vez para o dia 17. Mas Tsipras,
herói da nova tragédia helénica, resiste firme: continua a não usar gravata.
…
Manuela
Ferreira Leite e José Manuel Pureza irmanavam-se no louvor à
"devolução da dignidade" do povo grego. "Pela Grécia passa a
salvação da Europa", garantia Ana Gomes,
insuflada de júbilo. "O Governo grego conseguiu dobrar a Alemanha",
entusiasmou-se Freitas
do Amaral. "A Alemanha teve de ceder", sorria Nicolau
Santos. "A Grécia teve a coragem de resistir às pressões das potências
europeias", celebrouAndré
Freire.
"Viva a Grécia",
gritou a escritora Hélia
Correia ao receber o Prémio Camões. Enquanto o pintor Leonel
Moura constatava que "uma parte do sucesso do Syriza deve-se à
boa imagem de Tsipras" e do seu ministro das Finanças, por quem
"muitas mulheres da Europa" andariam "perdidas de amores". Isabel
Moreira, bem ao seu jeito, corroborava.
Boaventura
de Sousa Santos, confirmando que de Coimbra também se observa o mundo,
vislumbrou ali rasgos de odisseia homérica: "A vitória do Syriza teve o
sabor de uma segunda libertação da Europa."
Alguém tem ouvido estas e
outras boas almas que se derramavam em cânticos e louvores à "nova
Atenas" voltar ao tema?
Certamente não.
mais AQUI
sexta-feira, 5 de maio de 2017
programa eleitoral de Emmanuel Macron
1. Redução de um terço do número actual de deputados e senadores.
2. Supressão do regime especial de aposentação dos deputados.
3. Generalização do voto electrónico até 2022.
4. Paridade absoluta de género nas listas eleitorais.
5. Cumprimento intransigente do direito à igualdade de género no espaço público francês.
6. Alteração do mapa administrativo, com a supressão de um quarto das entidades territoriais hoje existentes.
7. Criação de um estado-maior permanente de operações de segurança interna como peça fundamental na luta contra o terrorismo.
8. Encerramento de templos e associações religiosas onde se faz a apologia da violência e do terrorismo.
9. Anulação de novas missões militares francesas no estrangeiro, salvo em casos de
legítima defesa.
10. Prioridade absoluta à cibersegurança e à ciberdefesa.
11. Reforço do orçamento da defesa até atingir 2% do orçamento anual francês.
12. Fixação de um tecto máximo de 0,5% do défice estrutural das finanças públicas
até 2022.
13. Grande plano de investimentos públicos, orçado em 50 mil milhões de euros, destinados
à qualificação dos recursos humanos, à modernização dos serviços públicos, à transição ecológica e à reabilitação
urbana.
14. Introdução de mecanismos de controlo do investimento estrangeiro para preservar os sectores
estratégicos.
15. Redução do imposto sobre as sociedades, de 33,3% para 25%.
16. Primado aos acordos de empresa no estabelecimento de novos contratos laborais.
17. Redução para 7% do desemprego nos próximos cinco anos.
18. Supressão de 120 mil postos de trabalho na administração pública.
19. Flexibilizar os horários de funcionamento dos serviços públicos.
20. Acelerar a convergência dos sistemas de pensões e reformas.
21. Criação de 30 mil apartamentos sociais para os jovens.
22. Redução do número de canais públicos audiovisuais.
23. Oposição ao alargamento das actuais fronteiras da NATO.
24. Manutenção das sanções à Rússia.
25. Alargamento a mais cinco países do número actual de membros permanentes do Conselho de Segurança
da ONU (com inclusão da Alemanha, do Brasil, da Índia, do Japão e de um país africano a designar). (em “O programa de Macron” por Pedro Correia)
.
mais AQUI
os DDT (donos disto tudo)
[…] Está devidamente provado e
documentado que é na ala esquerda que existe a maior intolerância a
opositores. Qualquer pessoa que diverge daquelas criaturas é imediatamente
rotulado de iletrado, fascista e outros tantos mimos. Isto, os mais
moderados… Porque os outros partem para a acção ameaçando quem se atreve a
fazer contraditório. Foi João Soares a prometer umas bofetadas, agora é Ascenso
Simões que lhe toma o gosto e segue pela mesma cartilha a um cronista. Ah!!
Valentes!! Outros preferem sugerir a demissão como Gabriela Canavilhas de um jornalista que não lhe caiu
no goto ou Miguel Tiago a Teodora Cardoso por não ir na cantiga
das contas do governo. Já Galamba pratica bullying com suas vítimas que vai
desde gozar com a foto de perfil do Facebook até ao rebaixamento intelectual. O
BE nem está com meias medidas: bloqueia no Facebook e está feito. E o Costa? Bem esse, não tem papas na língua. Quem se mete
com ele leva carradas de insultos grosseiros que é para aprender a estar
caladinho!! O modus openrandi desta gente é sobejamente conhecido e reproduz
aquilo que a historia universal já provou: a esquerda é intolerante à
democracia e liberdade de opinião a menos que… concordemos e aceitemos
tudo o que dizem. […]
quinta-feira, 4 de maio de 2017
presidenciais França...
afinal já aconselhou os britânicos a rejeitarem o Brexit e os americanos a escolherem Hillary Clinton — eu, no lugar de Macron, ficaria muito
preocupado com este apoio. Mas pode ser que à terceira seja de vez. Ou então não há duas sem três…
(in Delito de Opinião por por Luís Menezes Leitão)
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