É estranho que, quando o governo
PSD/CDS estava no poder, falar em défice, dívida, e PIB era sinal de corrupção
moral, pois havia coisas muito mais importantes do que isso. Só que agora, com
o défice de 2016 pequenino e o crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2017
grande, toda a gente que criticava dá urras e proclama a virtude destas
variáveis económicas.
[…]
Se a Geringonça conseguir cumprir o
prometido em 2017, então, a dívida crescerá 1,56% e o PIB 2,99%; depois de, em
2016, terem crescido respectivamente 4,11% e 3,02%.
Em média, em 2016 e 2017, a dívida
cresceu 2,83% e o PIB 3,01%, ou seja,
aumentar o crescimento da dívida não
resultou em nenhuma aceleração do crescimento do PIB, logo
aumentar a dívida pública não gerou
nenhum retorno para a economia.
(in “Um
presente envenenado” por Rita I Carreira no Destreza
das Dúvidas )