domingo, 23 de abril de 2017
“night of the barricades”
Protesters have taken to the streets of Paris to hold a rally called “night of the barricades” after the first round of voting in France’s presidential election
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quarta-feira, 19 de abril de 2017
terça-feira, 18 de abril de 2017
Medo (para memória futura!)
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida
(CNECV) está a preparar um ciclo de debates sobre a morte assistida, mas
deputados do BE e do PS questionam a sua realização. — Portanto só o BE e o PS podem
debater?
“Não nos deixaremos condicionar pelos debates de outras
organizações”, disse esta terça-feira à Lusa o líder parlamentar do Bloco de
Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, dado que os bloquistas têm em curso, há
meses, um processo de debate, após a apresentação do seu anteprojeto de lei, em
janeiro. —
Mas alguém quer
condicionar o BE? Ou será que o BE quer ter o monopólio do condicionamento?
O assunto foi discutido em conferência de líderes
parlamentares e, além de Pedro Filipe Soares, Pedro Delgado Alves, deputado e
representante do PS, questionou o que considerou ser o condicionamento da
Assembleia da República. — Camarada
Maduro, escuta/ Organizar debates é uma forma de luta. Ilegal, claro.
Para Delgado Alves e Pedro Filipe Soares, os termos em que o
debate está a ser planeado “parece ultrapassar a fronteira das competências do
CNECV, imiscuindo-se nas competências dos órgãos de soberania”, de acordo com a
súmula da conferência de líderes da semana. – Mas os debates do CNECV imiscuem-se como? Os
deputados não podem debater? Não podem votar? Não podem organizar iniciativas?
Além de poder, na perspetiva de Delgado Alves e Filipe
Soares, “ser entendido como inibidor em relação à apresentação de iniciativas”
dos grupos parlamentares, “o que nunca deveria suceder”, ainda segundo a súmula
da reunião. — Inibidor?
Desiniba-se. Diga ao que vem e o que quer pretende.
Independentemente do “respeito por todos os debates”, como
disse à Lusa Pedro Filipe Soares, o conselho “é, essencialmente, um órgão
consultivo, que deve emitir pareceres técnicos e elaborar estudos, não estando
na sua missão auscultar a sociedade civil, ainda que lhe possa dar a conhecer a
sua atividade”.
Ficamos felizes por
saber que o deputado Filipe Soares respeita todos os debates. Só não quer é que
alguns deles se realizem. Mas respeita-os. Imagine como seria se não os
respeitasse. (in “Medo” por helenafmatos )
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Da circulação das espécies…
Em Portugal as espécies não evoluem,
circulam. Ou mais correctamente dizendo, hoje estão num grupo, amanhã regressam
àquele em que estiveram anteriormente e em cada uma dessas passagens retornam
ao que já foram como se nunca o tivessem deixado de ser. Vivem o presente sem
passado. Dessa grande circulação das espécies entre o último semestre de 2015 e
o momento presente temos a destacar os seguinte mutantes. Ou reincarnados numa
perspectiva mais teológica:
- Os amigos do Sócrates. Eram aos milhares. Todos lhe telefonavam. Todos o
abraçavam. Contavam-nos as graças – e tudo nele tinha graça! –
reverenciavam-no, achavam que com ele o PS era imbatível. […] Dos membros dos
seus governos jamais vinha uma palavra de discordância em relação ao
primeiro-ministro.
- Os esfomeados, os indignados e os desistentes. Entre 2011 e 2015 estava um em cada esquina. Aliás a
fome estava por todo o lado. Se o desemprego baixava era porque os desistentes
já nem procuravam trabalho pois não se conseguiam arrastar, mergulhados na
depressão e falta de vitaminas. Diante de cada microfone estava um indignado.
- O jornalista ofegante. O pobre não aguentava mais. Era a
passada forte a acompanhar as manifestações dos esfomeados, os acampamentos dos
indignados, o olhar faiscante do senhor Nogueira. Os directos minuto a minuto
sempre à espera que fosse aquele o dia da invasão do parlamento, da queda do
governo. A denúncia ininterrupta das negociações dos bastidores.
Certamente por conselho do seu
pneumologista o jornalista ofegantemente indignado transfigurou-se no
jornalista ora venerando e obrigado ora militante. Nada o perturba.
- Os dirigentes do PSD que acham que este partido deve
ser uma sucursal do PS.
Não há futuro mais risonho que integrar este grupo. Qualquer líder do PSD que
tenha sofrido nessa qualidade uma forte derrota ou que tenha conduzido o seu
partido à irrelevância torna-se uma figura incontornável, um poço de saber e,
claro, um comentador de referência. Se a par disso reconhecer a
superioridade do líder do PS em funções face a quem lhe sucedeu na liderança do
PSD (invariavelmente uma pessoa sem ideias, alma e consciência social)
então está no Olimpo mediático.
Podem até acontecer milagres. Por
exemplo, Manuela Ferreira Leite, pessoa que como sabe era “a velha” quando
debatia com Sócrates, o qual claramente a esmagava nos debates nomeadamente
naqueles em que a dita velha lhe perguntava face ao anúncio de estrambólicos
investimentos “Onde é que está o dinheiro?”, tornou-se uma comentadora
consensual quando, já derrotada, passou a ocupar boa parte das suas
intervenções a criticar Passos Coelho. Não só nunca mais foi ridicularizada
como, pasme-se, deixou de ser velha!
- Espécie recentemente descoberta. A Austrália tem o ornitorrinco, […] Nós para lá dos
ovos dos dinossauros na Lourinhã e do menino do Lapedo que pôs os arqueólogos
literalmente à chapada por causa dos cruzamentos entre o Crô-Magnon e o Homo
sapiens neandertalensis não tínhamos nada de relevante até que apareceu o
presidente do povo. O
presidente do povo é um ser que nasceu nas televisões, viveu nelas e prolonga o
seu mandato nelas. Correcto seria chamar-lhe presidente dos directos
televisivos mas como as televisões tendem a confundir o povo com as audiências,
o presidente do povo é a expressão vulgarizada. […]
A evolução do nosso endémico
“presidente do povo” é por enquanto um enigma mas o ecossistema à sua volta
começa a apresentar sinais de forte degradação. (in Da circulação
das espécies por Helena Matos )
domingo, 16 de abril de 2017
Governo Sombra - Diferentes tipos de fé
http://tviplayer.iol.pt/programa/governo-sombra/53c6b3a33004dc006243d5fb/video/58f3459a0cf2004cbd3fb572
sábado, 15 de abril de 2017
para mais tarde o recordar”...
“iguala o valor mais elevado deste século”
é
assim que o Ministério das Finanças reage ao crescimento de 2,8% do PIB, no primeiro trimestre de 2017,
conforme revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística.”
Donald Trump, Orwell, Maquiavel, von Clausewitz e Sun Tzu…
(Uma forma diferente de fazer política a que eventualmente teremos de nos adaptar…)
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Nos últimos dias na sequência das acções militares das FA dos EUA na Siria e no Afeganistão tenho ouvido (principalmente) barbaridades acerca daquilo a que chamam recuos, flip-flop’s etc., da “política do Trump”.
Uma leitura do livro “Da Guerra” de von Clausewitz dir-nos-ia que a guerra “é a continuação da politica por outros meios” ou que "não é apenas um acto político, mas um verdadeiro instrumento político, uma continuação das relações políticas”, e, também, que é a “gestão do mesmo por outros meios".
Ora a politica externa dos EEUU não parece ter mudado nas últimas décadas nem com G.W.Bush e, muito menos, com as “linhas vermelhas” do B.H.Obama II.
O que marca a diferença de Donald Trump, para aqueles dois, estará na aplicação que parece estar a fazer d’ “A Arte da Guerra" do Sun Tzu, o estratega que actualmente é visto e tem sido ensinado, mais como um ensaio de Economia do que um estudo de Estratégia Militar.
De Sun Tzu há duas premissas que qualquer economista conhece e aplica: “há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada” e “o verdadeiro objectivo da guerra é a paz”. Porque me parece que o actual Presidente dos Estados Unidos é um “gestor" e não será, no sentido que actualmente damos a esta palavra, um “político” e razoável pensar que terá feito uma "Análise SWAT" à situação antes de tomar decisões.
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É aqui que entra e erra a maioria dos “nossos” comentadores que, ao que me parece, apenas terão lido o “O Príncipe”, mas não sabem, ou não querem saber, que Maquiavel sempre defendeu “a ética na política” porque apenas entendem o erradamente divulgado conceito daquele autor de que “os governantes devem governar e manter o poder, mesmo que tenham que usar a força militar e fazer inimigos”. E, por tal, é assim que julgam o presidente americano.
Ora para Trump, o economista, que leu Sun Tzu, ao invés dos comentadores, “a suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”, é “mantê-lo sob tensão e cansa-lo”. Assim aconteceu na Síria com a destruição de quase um quarto da capacidade aérea de Assad (antes do ataque os meios aéreos da Rússia tinham abandonado a base…) e, depois da destruição dos túneis, haverá algum talibã que queira permanecer ou usar “galerias subterrâneas”?
Resta o Kim Jong-un! Perdido o apoio da China (e da Rússia) irá continuar com experiências nucleares e lançamento de misseis? Para bem de nós todos suponho que não! Mas talvez fique como modelo para o “corte de cabelo” de jovens rebeldes ocidentais…
Uma forma diferente de fazer guerra, isto é: fazer “política”, a que eventualmente teremos de nos adaptar…
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…e o Orwell onde é que entra?
- Entra na “The Pigs Farm” quando comentadores e políticos arrecuam e fazem flip-flops na emenda dos seus sonetos!
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