segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Ah, como é consolador sabermos que "a austeridade terminou".

O que é que o Costa diz de concreto na entrevista?
Nada! Fiel a um hábito recente, refugia-se num nevoeiro de palavras: "Há várias soluções possíveis e estão a ser trabalhadas de forma a poder beneficiar o mais rapidamente possível um maior número de contribuintes, mas dentro daquilo que são os limites da capacidade financeira do Estado."
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"Não temos condições financeiras para eliminar integralmente a sobretaxa para todos os contribuintes."
Isto é, uma das mais emblemáticas  promessas eleitorais dos socialistas: não haverá a eliminação geral para metade da sobretaxa do IRS no próximo ano e a sua eliminação integral em 2017. Haverá portanto uma redução gradual.
(Enfim, nada muito diferente do que tinha sido anunciado por Maria Luísa Albuquerque.)
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Ao que parece, a isenção abrangerá de imediato os contribuintes com rendimentos colectáveis até sete mil euros por ano. São 68% do total, mas pagam apenas 67 cêntimos por ano, o que basta para se perceber até que ponto tem sido feita demagogia em torno do "impacto social" da eliminação da sobretaxa.
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Como os contribuintes com mais elevados rendimentos (acima de 80 mil euros anuais) são apenas 0,23% do total, não restam dúvidas sobre os encargos adicionais que afectarão a classe média (entre sete mil e 80 mil euros de rendimento colectável anual) para garantir o equilíbrio das contas públicas em 2016… (por Pedro Correia in Delito de Opiniao)
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mas há mais, em papel e video: Promete tudo o que era prometido pela Coligação de Direita, mas não deixa de usar os nebulosos chavões eleitorais (que lhe ter dado imenso trabalho a decorar!) e que levaram alguns ao canto desta sereia (sereio?):
- radicalismo ideológico,
- empobrecer o país,
- destruir emprego e empresas,
-etc. …
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Lamento, não tenho culpa! Não votei nem no Costa, nem nos seus BFF’s!