Com a subida de António Costa ao
poder, as pessoas voltaram a mudar no PS.
Já não são os moderados e dialogantes
do tempo de Guterres.
Já não são os negociantes duvidosos
do tempo de Sócrates.
São uns trauliteiros que não
respeitam algumas regras elementares.
É inadmissível que António Costa não
tenha estado na posse do novo Governo.
Para lá da guerra das palavras, há
uma coisa que se chama ‘urbanidade’ e regular relacionamento institucional.
As pessoas que hoje rodeiam Costa
transmitem uma imagem que não se coaduna com a de um partido moderado.
Vejam-se as recorrentes tiradas de
Carlos César, o presidente do partido, e comparem-se com o que dizia Almeida
Santos ou mesmo Maria de Belém.
Veja-se a linguagem terrorista usada
por João Galamba ou Capoulas Santos, e compare-se com a dos dirigentes do tempo
de Guterres.
Vejam-se as intervenções de Ferro
Rodrigues, que mesmo na posse como segunda figura do Estado não foi capaz de
evitar uma postura agressiva e rezingona, totalmente contrária ao espírito da
função, com indirectas ao Presidente da República.
Vejam-se as caras de todos à saída
das reuniões com o Presidente da República: as expressões de António Costa,
Carlos César, Ana Catarina Mendes, Ferro Rodrigues…
Friso mais soturno era impossível.
Não foi por acaso que um certo tipo
de pessoas rodeou Guterres, outro tipo rodeou Sócrates e outro ainda rodeia
Costa.
António Costa é o espelho daquelas
pessoas que o rodeiam – ou vice-versa.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem
és.