Uma "muito fraca" adesão às rescisões amigáveis no Estado é o que os sindicatos prevêem que seja o resultado da medida que o Governo pretende aplicar.
"Se existirem 100 interessados, o Governo já está com muita sorte", avisa Leodolfo Bettencourt Picanço do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
A figura das rescisões amigáveis no Estado já estava prevista, mas nunca foi regulamentada, no PRACE, o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado, apresentado pelo primeiro Governo de Pinto de Sousa.
Não parece que as rescisões amigáveis venham a ser solução para reduzir o número de funcionários dos níveis mais baixos que, apesar do congelamento de concursos para promoção, preferem “jogar pelo seguro” e, com recessão à porta, não o será também para os quadros dirigentes, nomeados por influência dos partidos que se foram sucedendo nos governos, que optarão pela segurança do emprego certo e fácil.
Restam os que, mais perto da aposentação, irão engrossar as reformas antecipadas e os médicos que tornarão ainda mais deficitária a área profissional que mais nos afecta…