O FMI revelou a versão mais completa até agora do acordo relativo à ajuda externa a Portugal, documento que tem a assinatura do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
Trata-se de uma carta de intenções sobre todas as medidas que o Governo vai tomar nos próximos anos, como contrapartida para a ajuda externa.
Nesse documento, você e eu, por procuração, assumimos ,entre muitos outros, o compromisso de fazer uma grande descida na Taxa Social Única, mexer na taxa do IVA, ter cinco mil milhões de euros de receitas em privatizações, limitar ainda mais a dívida pública do que o anunciado, reduzir no tempo a execução das medidas de austeridade e a vender o BPN até Julho.
Em menos de um ano fomos cúmplices dos que assinaram o PEC1, o PEC2, o PEC3 e o Orçamento de Estado e agora, branqueando a história, nós os cúmplices, vamos ofertar-lhes mais uma caneta para que continuem a comprometer a nossa e as gerações que se seguem.
E não me venha contar estórinhas porque "eles", para dançarem o tango, não foram para sozinhos para a pista...