Enquanto houver gestores públicos "às vezes de empresas falidas" a ganhar 500 ou 600 mil euros por ano não se deve "pedir aos mais fracos que façam os sacrifícios que os mais fortes não fazem".
Para o líder centrista, o Estado deve dar "sinais de exemplo de contenção" e cortar nas despesas "que não são essenciais" ao invés de "retirar aos idosos o já muito magro poder de compra". "Para nós, sempre foi impensável que por exemplo os idosos que tem pensões de 246 euros, de 227 euros e de 189 euros possam ser os sacrificados de um plano de austeridade", declarou Paulo Portas no final de uma reunião com a direcção da União das Misericórdias Portuguesas.
Tem que haver "uma ética social na austeridade e que aqueles que são mais fracos vulneráveis e mais pobres não sejam os sacrificados da austeridade", afirmou Portas que aproveitou ainda para referir que «não deixa de ser extraordinário quando aterram em Portugal os técnicos do FMI e da Comissão Europeia a quem Portugal pediu ajuda externa num momento de extrema dificuldade os dois maiores partidos do sistema estejam a discutir se estiveram juntos pessoalmente ou se estiveram juntos por telefone».
A confusão nos politicos do maior partido do governo e do maior partido da oposição é cada vez mais visivel e, claro, audivel.
Parece que, cada vez mais, o bom senso se está a fixar nos menores partidos da oposição. Por isso torna-se necessário que estes, definidos como menores, se assumam como maiores para fazerem a diferença de que precisamos, restaurando a ética que, algures, a revolução perdeu...