O Congresso do PS é uma espécie de dois em um. Para os eleitores e país através de uma Comunicação Social dócil porque amarrada e infiltrada durante anos e para os dirigentes e militantes socialistas que vão ser induzidos a acertar discursos e cerrar fileiras em torno do primeiro-ministro demissionário.
É o lançar a campanha eleitoral que terá como ideia base o PS ter sido impedido pelo PSD de evitar a intervenção financeira do FMI.
Mas a concordância, forçada pelo que há de mais moderno em propaganda, o unanimísmo oficial em torno do líder agora chamado Zé, será real ou servira apenas eleitor ver?
Os mais atentos apercebem-se que o que conta no campeonato socialista nacional é o próximo congresso em especial se se confirmarem os estudos de opinião que, apesar das amarras, a Comunicação Social tem pago e divulgado.
E para isso começam a aparecer, pré-candidatos e respectivos aios, ainda que timidamente não vá o diabo tecê-las.
A táctica são os pequenos ataques a ministros ou a opções deste ainda governo:
Ana Gomes discorda de Teixeira dos Santos “Acho que o senhor ministro está cansado e exprimiu-se mal, como já aconteceu noutras vezes";
Guilherme Pinto apela ao "inconformismo" dos socialistas contra a coligação negativa que derrubou o Governo e ninguém lhe disse antecipadamente que a propaganda nacional socialista tinha proibido o uso da frase “coligação negativa”;
Ferro Rodrigues, o desajustado imigrante, desajustadamente veio defender que os socialistas só devem manifestar disponibilidade para o diálogo depois das eleições;
Ricardo Rodrigues afirma que prefere aliar-se ao CDS do que ao PSD. Os exemplos são muitos. Mais tarde poderão defender os seus desacordos.
Aguarda-se que o próximo congresso esteja para breve.