quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Será que Trump ganha ...e a gajada anda a enganar a gentes?

    De acordo com as sondagens, Donald Trump e Kamala Harris têm 50% de hipóteses de ganhar. Muitos europeus não conseguem compreender: como é que os americanos podem eleger Donald Trump, um homem que mente descaradamente, que foi condenado por múltiplos crimes, que, como empresário, faliu várias vezes, que rejeita a democracia americana ao continuar a afirmar que ganhou as eleições de 2020. Como é que os americanos podem ignorar tão graves defeitos de carácter e elegê-lo presidente? Os americanos não são ingénuos em relação a Trump, reconhecem os seus traços de personalidade, mas muitos votarão nele de qualquer forma, pelas razões que a seguir se descrevem e que reforçam a convicção de que ele ganhará as eleições.

  • Donald Trump é o candidato do Partido Republicano, a maioria dos americanos identifica-se visceralmente com um partido político, seja ele Republicano ou Democrata. Votarão no candidato desse partido, independentemente de gostarem dele ou não. 32% de todos os eleitores identificam-se como republicanos, outros 16% são tendencialmente republicanos e a maioria destas pessoas não consegue imaginar-se a votar num candidato democrata. Seria contra a sua própria identidade. Ambos os partidos nos EUA têm uma base de eleitores com que podem contar.
  • Muitos eleitores tradicionalmente republicanos não gostam de Trump, mas odeiam ainda mais a candidata democrata, estão convencidos de que a sua eleição representa uma grande ameaça aos seus pontos de vista e esperança para o país. O partidarismo negativo é talvez o fator mais forte que une os americanos a um partido e os leva a ultrapassar qualquer relutância que possam ter em votar no candidato do seu próprio partido;
  • O estado da economia e das finanças pessoais de cada um é a questão mais importante que determina a decisão de voto dos americanos, e a maioria deles pensa: “as coisas estavam melhores com Trump”. Os dados indicam que essa avaliação está correta, se não tivermos em conta o impacto da COVID. Devido à inflação, o rendimento médio das famílias americanas diminuiu cerca de 0,7% durante a Administração Biden-Harris, ao passo que durante os quatro anos da Administração Trump, antes da COVID, o rendimento médio das famílias aumentou cerca de 10%. Embora a taxa de inflação tenha diminuído, os preços não ficaram inferiores ao que eram antes do aumento significativo registado nos últimos quatro anos. Mais de dois terços das famílias americanas têm rendimentos que mal cobrem as suas despesas mensais. Muitos destes eleitores culpam a administração Biden-Harris pelas suas dificuldades financeiras;
  • A classe média abandonada. Desde que a agenda da globalização se tornou a política de todas as administrações dos EUA, a partir de 1980, o crescimento da economia dos EUA beneficiou os muito pobres e, mais ainda, os muito ricos, enquanto a classe média assistiu a décadas de estagnação, cuja culpa atribui aos seus governos. Apesar de a Administração Biden-Harris ter procurado implementar políticas que favorecem a classe média, estas ainda não entraram plenamente em ação, e Trump conseguiu magistralmente posicionar-se como o réu daqueles que foram ignorados pelos sucessivos governos, o único líder não convencional que pode mudar as coisas para melhor;
  • A América e grande parte do mundo ocidental estão no meio de uma onda populista, o descontentamento com o establishment e com quem quer que esteja no poder é elevado. Como Vice-Presidente, Harris está claramente identificada com a administração em exercício, assumindo a responsabilidade pelas causas do descontentamento, enquanto Trump se posiciona como o outsider que pode mudar as coisas;
  • Política de identidade. O Partido Democrata é visto por muitos americanos como tendo uma agenda elitista e “woke”. Trump conseguiu representar uma agenda anti-woke e anti-elitista com a qual muitos eleitores americanos se identificam;
  • Muitos americanos brancos e do sexo masculino, em especial os que não têm formação universitária, estão a passar por uma crise de identidade, com receio de que, à medida que o país se vai diversificando, estejam a perder o seu papel dominante. Trump, refinou uma mensagem racista e misógina, respondendo exatamente às necessidades desta parte da população, assegurando-lhes que fará regressar o país a um nostálgico “antes”, tornando a “América grande de novo”;
  • Os americanos conhecem melhor Trump. Harris teve tão pouco tempo para ser vista como uma candidata presidencial, que muitos americanos ainda não se sentem confortáveis com a sua capacidade de assumir este papel de liderança, enquanto Trump tem sido a figura política dominante na política dos EUA nos últimos dez anos:
  • Harris é uma mulher não branca, estarão os americanos preparados para a eleger como Presidente? Embora a América tenha progredido enormemente em termos de preconceitos contra os negros e mulheres, estes factores podem ainda desempenhar um papel importante numa eleição renhida;
  • Trump beneficiou de uma corrente de simpatia após duas tentativas de assassinato contra ele, o que reflecte uma possível mudança na dinâmica desta eleição;
  • Por último, quem duvidar da capacidade de Donald Trump para ganhar as eleições presidenciais nos EUA deve lembrar-se de que ele venceu Hilary Clinton por uma diferença bastante decisiva de 304 contra 227 votos no Colégio Eleitoral e que em 2020, recebeu 74,2 milhões de votos e perdeu por muito pouco a eleição, apenas algumas dezenas de milhares de votos em alguns dos estados decisivos.

Biden anunciou que se retiraria da corrida presidencial de 2024 em 21 de junho, após o seu desempenho desastroso no debate e das sondagens subsequentes que favoreceram maciçamente a eleição de Trump. Desde essa data, Harris fez um trabalho notável ao assumir o manto de sucessora de Biden, unificando o Partido Democrata, muitas vezes fraturante, gerando uma enorme energia positiva, em especial entre os jovens, angariando quantias recordes de dinheiro e vencendo de forma dominante o único debate contra Trump. O resultado do percurso político magistral de Harris nestas curtas semanas levou-a a uma subida dramática nas sondagens, atingindo o ponto de equilíbrio contra Trump nos estados decisivos, com algumas sondagens a preverem que ela o possa vencer. Mas nas últimas semanas, apesar de ter gasto muito mais do que o seu adversário, os resultados das sondagens estagnaram, ela já não está a ganhar terreno e, na verdade, pode estar a perder algum.

Todos os especialistas preveem que esta será uma eleição extremamente renhida, decidida por uma pequena quantidade de votos em alguns dos estados decisivos. De facto, alguns analistas afirmam que tudo será decidido pelos resultados de um único estado, a Pensilvânia, e que a eleição do vencedor de todos será decidida apenas por alguns condados mais críticos.

Apenas dois terços dos eleitores registados nos EUA votam efetivamente. Há republicanos ou democratas suficientes para ganhar facilmente uma eleição se estiverem suficientemente motivados para votar. Por isso, uma das caraterísticas das eleições americanas é que cada partido faz um esforço considerável para mobilizar as suas próprias tropas em vez de se concentrar nos eleitores indecisos ou de tentar convencer os eleitores do outro partido a mudar de lado.

A maioria dos eleitores democratas simpatiza com a causa dos palestinianos e culpa os Biden-Harris pela falta de sucesso em pressionar Israel a proteger melhor os civis no conflito em Gaza. Este grupo, que inclui um grande número de jovens democratas na Pensilvânia, pode muito bem decidir não votar no dia 5 de novembro, aumentando as hipóteses de Trump ganhar o estado.

Os meios de comunicação social e muitos institutos de sondagens têm subestimado sistematicamente a capacidade política de Donald Trump, concentrando-se nas suas fraquezas óbvias e gritantes, sem reconhecer plenamente como ele se tornou, de forma notável e hábil, tão atraente para grande parte do eleitorado americano. As eleições presidenciais nos EUA podem ser ganhas ou perdidas por acontecimentos inesperados de última hora que levam a mudanças de rumo e, nesta eleição já de si muito invulgar, não sabemos o que pode acontecer antes de 5 de novembro. Receio que os meios de comunicação social e as sondagens tenham, mais uma vez, subestimado o candidato republicano. Numa eleição muito renhida, a partir de hoje, é possível argumentar que o vencedor das eleições presidenciais de 2024 será provavelmente Donald Trump.

Patrick Siegler-Lathrop é um empresário franco-americano a viver em Portugal há 15 anos, autor de “Rendez-Vous with America, an Explanation of the US Political System” e atual presidente do American Club of Lisbon. As opiniões expressas neste artigo são da exclusiva responsabilidade do autor, não sendo de forma alguma atribuíveis ao American Club of Lisbon. Pode ser contactado através de PSL64@icloud.com.


sábado, 26 de outubro de 2024

EUA: …a escolha para os cristãos!

Al Smith (1873-1944) foi um político e governador de Nova Iorque, filho de mãe americana de origem irlandesa e de pai italo-americano, um dos primeiros católicos com uma carreira política significativa nos Estados Unidos, pelo Partido Democrata.

Na História da América, os católicos começaram por ser uma ínfima minoria; só a partir da segunda metade do século XIX, com as migrações para o Novo Mundo, primeiro de irlandeses e alemães e, para o fim do século, de italianos e polacos, aumentaram de cerca de milhão e meio, antes da guerra civil, para doze milhões no princípio do século XX.
Por muitos anos o voto dos católicos foi maioritariamente no Partido Democrata. Os católicos tiveram, de resto, um papel relevante na coligação do New Deal que apoiou Franklin Roosevelt quando James Farley, o primeiro católico em funções governamentais, se tornou o Post Master General. Al Smith, governador de Nova Iorque, é desse tempo; o tempo da Lei Seca, aprovada logo a seguir à Grande Guerra, sob o nome de Prohibition. Ao ilegalizar um hábito enraizado, o consumo de álcool, a Prohibition, teve como efeito perverso o desenvolvimento do crime organizado. Al Smith era contra a Lei Seca e pela igualdade racial. Em 1932 concorreu contra F. D. Roosevelt à nomeação democrática, mas perdeu. Depois apoiou Roosevelt na campanha, mas foi crítico do New Deal.
A partir daí, embora mantendo algumas actividades políticas, Smith dedicou-se sobretudo aos negócios imobiliários, nomeadamente à sociedade construtora e proprietária do Empire State Building. Morreu em 1944.
É este Al Smith o patrono da Alfred E. Smith Memorial Foundation, uma instituição de beneficência de Nova Iorque, muito activa no apoio a crianças pobres. E desde 1960 é da praxe os candidatos presidenciais – democratas e republicanos – marcarem presença no jantar de gala da instituição católica. É um acontecimento social, de smoking, a que vai “toda a gente”, ou seja, a elite da cidade – os ricos, os políticos, os ex-políticos, as celebridades.
Um ritual americano
John Kennedy e Richard Nixon estiveram no jantar em 1960, bem como quase todos os outros candidatos presidenciais em ano de eleições; Jimmy Carter e Ronald Reagan estiveram lá em 1980, George H. Bush e Michael Dukakis em 1988, Al Gore e George W. Bush em 2000, Barak Obama e John McCain em 2008, Hillary Clinton e Donald Trump em 2016, Trump e Biden em 2020.
É um ritual, uma espécie de trégua sagrada, em que as piadas e provocações de parte a parte fazem parte da tradição.
Este ano, Kamala Harris resolveu não comparecer e mandar uma mensagem filmada – dizem que a conselho da sua directora de campanha, Julie Chavez, para acautelar os votos LGBT.
A provocação que escolheu foi intercalar a sua mensagem solene com uma rábula protagonizada pela própria e por uma actriz cuja personagem mais conhecida, Mary Catherine, é uma caricatural aluna de colégio católico que junta o uniforme com mini-saia à Lolita ao ar freirático, o cérebro desprovido de neurónios à fé fervorosa, e o feminismo gesticulante de cheer leader à falta de graça. Enfim, uma católica fervorosa, mas uma indefectível apoiante de Kamala e uma frenética feminista. É ver para crer.
Ao dar-se conta das possíveis repercussões da sua ausência, Kamala terá ficado incomodada a ponto de ter maltratado a sua directora de campanha.
Donald Trump esteve lá, perante uma assembleia dividida, dizia ele, entre os que o adoravam e o odiavam, quase todos seus velhos parceiros da elite liberal de Nova Iorque. Falou cerca de 25 minutos no seu registo de entertainer, bombardeando presentes e ausentes com graças quase sempre excessivas e corrosivas, mas a arrancarem muitas gargalhadas. A tradição, dizia Trump, pedia-lhe uns momentos de humor auto-depreciativo, mas talvez fosse melhor não se pôr ali a disparar sobre si próprio quando já outros o faziam.
Quanto à ausência de Harris, lembrava que, em 1984, Walter Mondale, o candidato democrata que também faltara ao jantar, fora castigado “from above”, perdendo nos 49 Estados da União e proporcionando a Ronald Reagan uma gigantesca maioria; pedia também aos presentes para não se sentirem demasiadamente insultados pela ausência de Kamala Harris: afinal se os Democratas quisessem mesmo brindá-los com uma ausência que se visse, teriam mandado Joe Biden – “if Democrats really wanted someone not being with us this eavening they would have sent Joe Biden”.

A evolução política dos católicos
Até aos anos 60 do século XX, manteve-se a tendência do voto católico nos Democratas. Kennedy beneficiou disso. Depois houve mudanças profundas, quer nos programas e nas posições dos partidos, quer no comportamento eleitoral dos católicos. É preciso lembrar que, com os protestantes divididos em várias igrejas, os católicos são hoje a primeira confissão religiosa na América.
Embora os protestantes Evangélicos continuem a ser um “núcleo duro” dos Republicanos, a verdade é que a posição dos Democratas em matérias da vida e da sua defesa tem contado muito para a mudança de muitos eleitores católicos para o campo republicano.
Em 2020, a percepção de Joe Biden como um democrata “middle of the road”, católico e com raízes na classe trabalhadora foi importante em alguns swing states para vencer Donald Trump. Mas as posições de compromisso que Biden – e Nancy Pelosi, outra católica – com o abortismo militante e o wokismo levaram muitos bispos a pronunciarem-se sobre a incompatibilidade com a fé católica de semelhantes transigências; e em Abril deste ano, ainda com Biden como candidato a um segundo mandato, um inquérito da Pew Research dava 55% do voto católico para Trump e 43% para Biden.
No entanto, se em relação a Joe Biden ainda chegou a haver dúvidas, em relação a Kamala Harris e ao seu segundo, Tim Walz, só restam certezas, ainda que os candidatos democratas tenham vindo a procurar fazer passar o seu radical progressismo pelo buraco da agulha – com Kamala Harris a confessar-se uma “capitalista pragmática” e uma detentora de armas de longa data e a decalcar os programas de nacionalismo económico e de reindustrialização dos Republicanos. Já quanto ao aborto, a orwelliana designação de “liberdade reprodutiva” com que agora foi rebaptizado tem ajudado na cruzada. Cruzada em que Kamala se mantém de pedra e cal, secundada pelo seu igualmente motivado segundo, outro americano de classe média, bem-disposto e disposto a fantasiar pela causa sobre o seu serviço na Guarda Nacional e as suas aventuras na China em Tianamen.
Bem sabemos que o anti-trumpismo, que entre nós atingiu casos extremos de verdadeira obsessão e recusa de contraditório, pode e poderá explicar e influenciar muita coisa; mas a eleição para Presidente dos Estados Unidos é nos Estados Unidos, e não aqui, e vai-se decidir por poucos votos e em poucos Estados.
As sondagens são mais que muitas e servem várias teorias, mas, de um modo geral, Harris mantinha-se à frente na votação geral popular e Trump com uma ligeira vantagem nos Swing States. Entretanto, ontem, sexta-feira 25 de Outubro, uma sondagem do New York Times/Sienna College dava-os, pela primeira vez, empatados no voto nacional. Quanto ao voto católico nos Swing States parece ir maioritariamente para Trump e para o seu segundo, Vance, um católico convertido, e pode ser decisivo em Estados como o Wisconsin e o Michigan. De qualquer forma, enquanto a divisão entre os católicos é de 52% para Trump e 47% para Harris, entre os protestantes é de 61% para Trump e 37% para Harris.
Como notou a propósito o Santo Padre a escolha para os cristãos e para os católicos nas eleições americanas é entre dois males, ou entre dois candidatos anti-vida: “seja aquele que expulsa os migrantes, seja aquela que mata crianças”.
Entre estes dois males, não tenho dúvidas de qual é o pior e o mais Kamaleónico. Mas há quem tenha.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Terrorismo em Portugal

 

Desacatos em vários bairros: grupo tenta incendiar posto de combustível

Na estrada que liga Alfragide à Damaia, um grupo usou um colchão para tentar incendiar um posto de combustível. Os agentes da PSP conseguiram combater de imediato o fogo com recurso a um extintor.

Desacatos em vários bairros: grupo tenta incendiar posto de combustível

Pela segunda noite consecutiva, foram registados desacatos em várias zonas da grande Lisboa. Esta madrugada, as equipas de intervenção rápida da PSP foram apedrejadas quando tentavam entrar no bairro da Cova da Moura, na Amadora.

A PSP diz que foram mobilizados todos os agentes das sete esquadras que existem na Amadora, incluindo das unidades especiais.

Na estrada que liga Alfragide à Damaia, um grupo usou um colchão para tentar incendiar um posto de combustível. Os agentes da PSP conseguiram combater de imediato o fogo com recurso a um extintor.

PSP trava incêndio em posto de combustível
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Foram também registadas ocorrências noutros pontos do concelho de Lisboa. Em Carnide e Campo de Ourique foram incendiados caixotes do lixo. Em Loures, um carro foi incendiado.

No bairro da Portela, em Carnaxide, pelo menos um autocarro da Carris ardeu. Um grupo pediu ao motorista e aos passageiros para saírem do autocarro e levaram o veículo para outra zona do bairro.

A equipa de reportagem da SIC no local passou por vários carros e caixotes do lixo incendiados.

Vários veículos e caixotes do lixo incendiados no bairro da Portela
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No bairro do Zambujal, também ardeu um autocarro depois de ter sido intercetado por um grupo de jovens. Há dois feridos e uma pessoa foi detida.

O momento em que grupo lança fogo a autocarro no bairro do Zambujal
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Já na noite de segunda-feira, pelo menos 30 pessoas causaram distúrbios no bairro do Zambujal, em Lisboa, onde morava o homem morto a tiro pela PSP na Cova da Moura.

Odair Moniz foi baleado fatalmente pela polícia na madrugada de domingo para segunda-feira na Cova da Moura.

Segundo a PSP, o homem de 43 anos terá fugido à polícia e, depois de ser abordado, terá resistido à detenção e tentado agredir os agentes com uma arma branca - tendo sido baleado.

O agente da PSP que disparou foi constituído arguido. A notícia foi confirmada esta terça-feira pela SIC que apurou que o agente já foi interrogado pela Polícia Judiciária e entregou a arma às autoridades.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária e levou à abertura de um inquérito urgente pela Inspeção Geral da Administração Interna.