sexta-feira, 31 de maio de 2024

Perguntámos o que fizeram nas eleições de 2022 e 2024.

Perguntas difíceis, alguns esquecem-se ou racionalizam. Mas dito isto, 30% dizem ter votado em 2024 quando se abstiveram em 22; abstido em 24 quando votaram em 22; ou terem votado num partido diferente.




A mudança foi mais declarada entre os mais jovens, mais instruídos, sem simpatia partidária (obviamente) mais à direita.


Calculando e ponderando as respostas em relação à estimativa dos eleitores residentes
no Continente (Censos 2021, e não recenseamento eleitoral, onde há uma grande sobrestimação dos residentes), podemos estimar uma matriz de transferências eleitorais.


1 Mais eleitores passaram da abstenção em 2022 para o voto em 2024 do que o inverso. Os dois partidos que terão recolhido mais votos de anteriores abstencionistas foram o Chega e a AD.


2 O partido que perdeu mais votos foi o PS, obviamente. Perdeu para muitos lados,mas especialmente para a AD e para o Chega. Mas mesmo assim foi buscar mais a abstencionistas passados do que o que perdeu para a abstenção em 24.


3 O Chega conseguiu manter quase integralmente o seu eleitorado de 2022, acrescentando-lhe o voto de anteriores abstencionistas e anteriores votantes no PSD ou no CDS-PP, assim como anteriores votantes no PS.


 

quinta-feira, 30 de maio de 2024

A Inquisição, a Censura e o Estado

Aprovada pelo Parlamento, promulgada pelo Presidente da República e referendada pelo Governo cria um regime de orientação, vigilância, censura à posteriori, delação e controlo da liberdade de expressão, inédito na democracia e só parecido com algo em vigor durante a ditadura salazarista.
Ninguém votou contra. Abstiveram-se o PCP, o PEV, o Chega e a IL. A lei (Nº 27/21 de 17 de Maio) foi aprovada pela esquerda, pela direita e pelo centro (PS, PSD, BE, CDS, PAN, Joacine Moreira, ex-Livre e Cristina Rodrigues, ex.PAN, hoje no CHEGA). Ninguém votou contra. Abstiveram-se o PCP, o PEV, o Chega e a IL.
Esta lei consiste no mais atrevido ataque à liberdade de expressão desde há quase um século. A lei é uma tentativa violenta de impor uma moral, de regular o pensamento, de orientar as mentalidades e de condicionar convicções. A lei delega poderes públicos em instituições, entidades e empresas, privadas ou públicas, a fim de orientar o pensamento, de vigiar a opinião e de condicionar a liberdade de expressão.
Com excepção de menos de uma dúzia de comentadores, quase ninguém do mundo da política e do jornalismo, da edição e da comunicação, se exprimiu sobre esta lei. Que se passa com os intelectuais, os jornalistas, os académicos e os artistas que não prestaram atenção a esta lei repressiva e embrionariamente totalitária que leva a designação cínica de “Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital”? Que se passa com os sindicatos, as confederações, os magistrados e as sociedades profissionais tão alheios à aprovação desta lei?
Que se passa com os partidos que votaram a favor do condicionamento da liberdade de expressão e de pensamento? Que se passa com a Assembleia de deputados e o Presidente da República que não se aperceberam do que aprovaram com tanta desfaçatez? Que se passa com os partidos que se abstiveram? Que se passa com 230 deputados portugueses, eleitos pelo povo, que não criticaram o mais grave atentado contra a liberdade de expressão desde a aprovação da Constituição de 1933?
Que se passa com os cidadãos deste país que não viram o que estava a acontecer e que assim permitem que o Estado venha a ter um papel determinante na definição dos limites do pensamento e do tom da sua expressão?
Ou antes, talvez mais verdadeiro, que se passa com toda esta gente que prestou atenção, viu, leu bem, aprovou, concordou e aplaudiu uma lei directamente ameaçadora da liberdade de expressão, orientada para a formação de opiniões, e destinada a condicionar a orientação cultural, política e filosófica de cada um?

É um dos piores sinais de evolução de um povo e das suas elites: colaborar na sua própria opressão. O despotismo nacional que sempre espreita e a falta de tradição democrática e liberal ajudam a explicar esta vontade de impor uma virtude, de regular a opinião, de filtrar crenças e de certificar convicções. Há, entre nós, muita gente que espera que o Estado (de direita ou de esquerda) se ocupe das consciências e da moral pública. Para bem de todos, com certeza.
Previsivelmente, esta lei presta atenção a todos os novos direitos, novos clientes e novos públicos, aos fracos e vulneráveis, às questões de género e de raça, a tudo quanto está na moda. E sobretudo à verdade e à virtude. Muito bem. Outros já fizeram o mesmo. Por exemplo, o famoso artigo 8º da Constituição de 1933, do Estado Novo de Salazar, dizia que “a liberdade de expressão do pensamento sob qualquer forma (…) é um direito e uma garantia individual do cidadão”. Mas também dizia que “leis especiais regularão o exercício da liberdade de expressão do pensamento (…) devendo prevenir preventiva ou repressivamente a perversão da opinião pública na sua função de força social e salvaguardar a integridade moral dos cidadãos”.
O pior desta lei, depois do seu intuito virtuoso, é o que define as funções do Estado. Este deve proteger a sociedade contra “os que produzam, reproduzam ou difundam” narrativa considerada desinformação. O que é a narrativa e o que é a desinformação estão no centro da tentativa autoritária. O que é “falso e enganador”, o que é feito “deliberadamente para obter vantagens económicas ou para enganar o público”, o que é susceptível de “causar prejuízo público”, o que é “ameaça aos processos políticos democráticos aos processos de elaboração de politicas públicas (o que isto quer dizer só “eles” sabem…) e a bens públicos”. Com toda esta narrativa, ficam em causa a publicidade, a propaganda, a campanha eleitoral, o discurso político, o debate laboral e até mesmo a criação artística. Há décadas que não se via nada de semelhante.
É verdade que a lei é mal feita, mal escrita e perversa. Talvez seja mudada a curto prazo ou nunca venha a ser aplicada, tudo é possível neste país embrulhado no vórtice da manipulação (que dizem democrática…) de consciências. Mas o que é certo é que o dispositivo autoritário está criado. Pode ser aplicado em qualquer altura.
Através da ERC, de agências e serviços a criar, de “estruturas de verificação” a acreditar, de associações a reconhecer, de jornais ou televisões a certificar, de “selos de qualidade” a distribuir, de institutos universitários e centros de estudos académicos em que delegar competências, o Estado prepara-se para pagar o funcionamento de uma rede infernal de delação, supervisão e vigilância, enquadrada num esforço estatal de defesa da verdade, da narrativa autêntica e de elevação moral, assim como da protecção dos fracos, dos vulneráveis e de todos os públicos especiais, o que quer dizer, de toda a gente.
Salazar não faria melhor! Salazar não fez melhor! Polacos, Húngaros e Turcos não fariam melhor! Fascistas e comunistas não fariam melhor. Porquê? Porque agora utiliza-se a democracia para fazer as mesmas coisas. Usa-se a democracia para fazer o serviço sujo. Recorre-se à democracia para manipular, orientar e proibir. Emprega-se a democracia para favorecer e privilegiar. Utilizam-se todos os meios e recursos democráticos para limitar, condicionar, espiar e vigiar!
Como se explica esta deriva? Intenção de fazer bem e de proteger os vulneráveis? Talvez. Vontade despótica? Provável. Necessidade de tentar controlar a população e manipular as consciências? Com certeza. Medo da liberdade dos outros? Possível. Receio das redes sociais? Certamente. Paranóia relativamente aos inimigos da democracia? Provavelmente. Defesa dos privilégios das actuais elites políticas e dos actuais partidos? Absolutamente exacto. Superioridade moral e presunção virtuosa? Sem dúvida.
Os autores e os que aprovaram esta lei vão ficar na história. Pelas piores razões.
[outra opinião:

quarta-feira, 29 de maio de 2024

painéis e paineleiros !


o que os comentadores 
disseram do
último debate televisivo dos candidatos dos oito partidos com assento parlamentar

domingo, 26 de maio de 2024

paineis e paineleiros

[
[mais que anedóticos] são os painéis de comentadores, geralmente quatro, que entram ao serviço no fim de cada debate entre, neste caso, os candidatos a deputados europeus.

Anedóticos porque se supõem ungidos para explicar o que cada candidato afirmou, deste modo influenciando as decisões dos ouvintes, provavelmente eleitores. Com que direito?

Mas mais que as explicações de suas excelências são as notas que, como professores examinadores das palavras dos candidatos, atribuem classificações! 
Com que direito? Não sabemos. Mas se toda a gente cala, devem estar escorados na liberdade de expressão, a tal que tanto dá vida como pode matar a democracia. (Rui Fonseca)

sábado, 25 de maio de 2024

Segurança Social de 2022 para comparar com a de 2023

A Segurança Social fechou o ano passado (2022) com um excedente de 4.095 milhões de euros, o maior em mais de uma década, assinala um relatório publicado esta quinta-feira, 25Mai23, pelo Conselho de Finanças Públicas.
A receita efetiva da Segurança Social cresceu 6,9% em 2022, excluindo as operações relativas ao Fundo Social Europeu (FSE) e do Fundo Europeu de Auxílio às Pessoas Mais Carenciadas (FEAC). Um comportamento explicado pelo aumento do número de pessoas empregadas, fruto do bom desempenho da economia (PIB cresceu 6,7%), que se traduziu num crescimento de 11,8% nas contribuições sociais.
A despesa aumentou apenas 1,7%, refletindo ainda “o impacto de algumas das medidas
adotadas na sequência da crise pandémica”, no valor de 599,2 milhões, e a “implementação de novas medidas que visam atenuar os efeitos inerentes ao choque geopolítico”, que somam 1.309,6 milhões. Excluindo o impacto destas medidas, a despesa efetiva teria diminuído 4,7% face a 2021.
Em contrapartida o saldo da CGA, na ótica da contabilidade orçamental pública (ótica de caixa), passou de um excedente de 81 milhões de euros em 2021, para um défice de 196 milhões de euros em 2022, uma situação negativa que foi “mais acentuada do que estava previsto para 2022” (um défice de 91 milhões de euros).

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Intervenção do Deputado André Ventura no debate com o Primeiro Ministro António Costa (24/05/2023).

à Justiça o que é da Justiça, à Politica o que é da Politica!
( uma intervenção que é uma pedrada no charco da mediocridade da nossa Assembleia da República…)

quinta-feira, 23 de maio de 2024

"Por favor, não desviem o olhar. Vejam o vídeo.

"Liri, Karina, Agam, Daniela e Naama são cinco raparigas israelitas que foram raptadas a 7 de outubro. Isto são apenas 190 segundos dos 233 dias de tortura inimaginável que estão a viver desde que foram raptadas às mãos dos terroristas do Hamas".
"Por favor, não desviem o olhar. Vejam o vídeo. Apoiem Israel a trazer o nosso povo para casa", disse aos jornalistas o porta-voz do governo israelita, David Mencer

.

as actuais diferentes famílias do Parlamento?

EPP/PPD - Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos)

Este é o maior grupo, à data, no Parlamento Europeu, com 176 deputados. O Partido nasce do rescaldo da Segunda Guerra Mundial e do sonho dos Pais Fundadores do Projeto Europeu - Robert Schuman, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Konrad Adenauer, o Chanceler alemão, e Alcide de Gasperi, o Primeiro-Ministro italiano - de reconstruir uma Europa pacífica. Eles deram o primeiro passo fundamental para criar uma Europa unida, formando a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Esta família é fundada com o nome Grupo Democrata-Cristão a 23 de junho de 1953, enquanto fração política da Assembleia Comum da CECA.
O Grupo muda depois o nome para Partido Popular Europeu, no contexto da primeira eleição para o Parlamento Europeu em 1979.
Com o passar dos anos foram ajustando a filosofia política para se adaptarem à evolução do eleitorado, e acolheram os grupos políticos moderados e conservadores da Escandinávia, da Europa Central e de Leste. Além disso, voltaram a alterar o nome para Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos) e dos Democratas Europeus, durante o período entre 1999 e 2009.
No site da família europeia, assumem-se como um partido que quer: "Uma Europa unida na qual cada indivíduo é capaz de realizar todo o seu potencial. Uma Europa mais justa, competitiva e democrática, onde as pessoas viajam, trabalham, fazem negócios, investem, aprendem umas com as outras, compram, vendem, colaboram e se unem. Uma Europa autoconfiante que reconhece a sua história e património únicos e defende o seu estilo de vida. Uma Europa forte que está disposta a superar-se a si mesma globalmente".
O atual presidente do partido é o alemão Manfred Weber. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é neste momento a candidata principal do Partido Popular Europeu para as eleições europeias de junho, e irá tentar uma reeleição à frente da instituição. A Presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola também é membro desta família.
Três dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu são membros do Grupo do PPE, tal como oito dos 20 presidentes das comissões parlamentares.
Deste grupo fazem parte atualmente os deputados do PSD e CDS. Nas últimas Eleições Europeias foram eleitos sete deputados portugueses nesta família.

S&D - Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu
O Grupo S&D é o maior grupo de centro-esquerda no Parlamento Europeu e a segunda maior família. Tem 144 membros de todos os 27 países da UE.
Esta família é um grupo europeu cujos membros são sociais-democratas socialistas e partidos trabalhistas dos estados-membros da União Europeia assim como da Noruega, Suíça, Moldávia, Turquia, Tunísia, Marrocos, Egito, Israel, Palestina, Geórgia, Arménia, Bósnia e Herzegovina, Albânia, Macedónia do Norte, Moldávia, Montenegro, Islândia, Andorra e San Marino. Forma um dos grupos partidários do Parlamento Europeu, através da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas.
O S&D foi fundado em 1992 para suceder à Confederação de Partidos Socialistas da Comunidade Europeia. A sua presidente atual é a espanhola Iratxe García.
Cinco dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu são membros do grupo S&D, tal como quatro dos 20 presidentes das comissões parlamentares.
Deste grupo fazem parte atualmente os deputados do PS. Nas últimas Eleições Europeias foram eleitos nove deputados portugueses nesta família.

RE - Renew Europe  
Renew Europe, anteriormente Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa, é um grupo parlamentar no Parlamento Europeu criado a 14 de julho de 2004, composto pelo Partido da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa e pelo Partido Democrata Europeu. É atualmente o terceiro maior grupo no Parlamento Europeu. O líder do grupo é a francensa Valérie Hayer.
A 12 de julho de 2019, o grupo liberal e a lista Renascimento (do presidente francês Emmanuel Macron) anunciaram o novo nome Renovar a Europa/Renew Europe.
Três dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu são membros do grupo RE, tal como quatro dos 20 presidentes das comissões parlamentares.
Desta família faz parte Charles Michel, atual Presidente do Conselho Europeu. Esta será também a família da Iniciativa Liberal (IL), caso venha a ser eleita para o Parlamento Europeu. Atualmente não existe nenhum deputado português nesta família.

Os Verdes/ALE - Aliança Livre Europeia
A família parlamentar Verdes/ALE foi criada em 1999, quando duas famílias políticas europeias progressistas - Os Verdes e a Aliança Livre Europeia (ALE) - concordaram em unir forças no Parlamento Europeu.
Os Verdes/ALE incluem agora membros dos movimentos Verdes e independentes, bem como eurodeputados da Aliança Livre Europeia (ALE) que representam nações, regiões e minorias sem Estado, que defendem o direito à autodeterminação.
Neste momento tem 71 deputados de toda a Europa, e são o quarto maior grupo do Parlamento Europeu e o único que afirma ter tido sempre uma copresidência equilibrada em termos de género.
Terry Reintke (Alemanha) e Philippe Lamberts (Bélgica) lideram o grupo desde 12 de outubro de 2022. Entre 2019 e outubro de 2022, Ska Keller (Alemanha) partilhou a copresidência com Philippe Lamberts.
Desta família fazem também parte, desde 2009, os eurodeputados do Partido Pirata (com origem na suécia). No atual mandato, Marcel Kolaja, Markéta Gregorová, Mikuláš Peksa (República Checa) e Patrick Breyer (Alemanha) representam o partido em Bruxelas e Estrasburgo.
Estes deputados defendem os direitos civis, a democracia direta, a transparência e a proteção dos direitos digitais online. Os seus princípios incluem a promoção da inovação, software de código aberto, partilha de conhecimento, privacidade, liberdade de expressão e oposição à vigilância em massa, à censura e aos monopólios das grandes tecnologias.
Os Verdes e a ALE têm lutado para tornar a Europa o líder global em termos de proteção climática e ambiental, paz e justiça social, justiça, globalização e na luta pelos direitos humanos e pela autodeterminação.
Deste partido faz parte o deputado português Francisco Guerreiro, inicialmente eleito pelo PAN, nas eleições europeias de 2019, mas deixou o partido no dia 18 de junho de 2020, passando a ser um eurodeputado independente. O eurodeputado anunciou que iria filiar-se no partido federalista Volt quando acabasse o seu mandato.
Um dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu são membros do Grupo dos Verdes/ALE, tal como dois dos 20 presidentes das comissões parlamentares.
A elegerem deputados europeus, devem juntar-se a este partido os deputados do PAN e do LIVRE.

ECR/CRE - Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus
Desde a fundação desta família em 2009, esta família concentra os seus esforços na descentralização, na ligação entre pessoas e empresas, na promoção do comércio justo e livre e na promoção de uma Europa segura e protegida.
Atualmente com 64 deputados e com o lema "Trazer de volta o senso comum", são uma das forças mais à direita do Parlamento Europeu. São copresidentes deste partido o polaco Ryszard Antoni Legutko e o italiano Nicola Procaccini.
Este partido inclui forças políticas como os Irmãos de Itália, liderado pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, também candidata às eleições europeias, Vox (Espanha) e Partido Lei e Justiça (Polónia), entre outros partidos associados a movimentos conservadores.
Um dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu são membros do Grupo CRE, tal como um dos 20 presidentes das comissões parlamentares.
Não existe nenhum deputado português neste partido e não se sabe até ao momento se algum partido o pretende vir a integrar.

ID - Identidade e Democracia
Identidade e Democracia (ID) é o grupo mais recente no Parlamento Europeu, criado em 2015, que também tem atualmente 64 deputados.
A maior parte dos seus membros é proveniente do partido Lega de Itália, de Matteo Salvini, do Rassemblement National, de França, e da AfD, da Alemanha.
Marco Zanni (Itália) foi eleito presidente do Grupo em julho de 2019. Este é o seu segundo mandato no Parlamento. O Grupo ID tem dois vice-presidentes, Jordan Bardella (França) e Gunnar Beck (Alemanha).
O Grupo ID afirma que o seu objetivo é criar emprego e crescimento, aumentar a segurança e combater a imigração ilegal, bem como tornar a UE menos burocrática.
Nenhum dos vice-presidentes do Parlamento Europeu nem de presidentes das comissões parlamentares pertence a este grupo.
Atualmente nenhum deputado português faz parte deste partido. No entanto, sabe-se que caso o Chega eleja eurodeputados, deverá juntar-se a esta família.

GUE/NGL-Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde
O Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde ou GUE/NGL (GUE do francês Gauche Unitaire Européene; NGL do inglês Nordic Green Left) é um grupo parlamentar socialista democrático e comunista do Parlamento Europeu, composto pelo Partido da Esquerda Europeia e pela Esquerda Nórdica Verde.
A família foi criada em 1995 e é uma aliança de partidos socialistas e comunistas. O grupo é composto por 38 membros, o que faz dele o grupo mais pequeno no atual Parlamento Europeu.
Atualmente, a família é copresidida por Manon Aubry (França) e Martin Schirdewan (Alemanha).
O grupo defende temas como a justiça em matéria de clima, a justiça fiscal e os direitos dos trabalhadores, bem como a aplicação dos direitos humanos.
Um dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu é membro do GUE/NGL, tal como um dos 20 presidentes das comssões parlamentares.
Nas últimas eleições europeias foram eleitos quatro deputados portugueses para esta família, do Bloco de Esquerda (BE) e da CDU (PCP e Verdes). Caso estas forças políticas voltem a eleger para o Parlamento Eurpeu, será desta familia que farão parte novamente

sábado, 18 de maio de 2024

As novas direitas nacionalistas e identitárias

[porque em 9 de Junho podemos corrigir ainda mais o 10 de Março]
tome nota:
Das direitas conservadoras, fazem parte o Fidesz, de Órban na Hungria e os polacos do Lei e Justiça;
Das direitas populares, o Rassemblement National, de Le Pen em França e a AFD alemã.
Os Fratelli d’Italia [e o CHEGA de Portugal] estão no meio caminho.
São diferenças naturais porque, ao contrário das esquerdas, fundamentalmente internacionalistas, as direitas, por serem nacionalistas e identitárias, variam de país para país. […]
.
Aqui, em Portugal, o fenómeno CHEGou mais tarde porque associando os valores da Direita ao Estado Novo vencido há cinquenta anos, a Esquerda [e a extrema-Esquerda] conseguiram manter uma forte hegemonia cultural, explorando os complexos de inferioridade e a ânsia de “correcção” das classes políticas dos partidos à direita do PS. […]

O sucesso de André Ventura – que, apesar da feroz oposição quase unânime dos media e da opinião publicada, conseguiu romper a cerca – foi ter aparecido como alternativa para um eleitorado desiludido e afastado da política (os abstencionistas), para parte significativa dos novos eleitores e para os desiludidos com a crise, a precariedade e a decadência da sociedade e do país.

terça-feira, 14 de maio de 2024

domingo, 12 de maio de 2024

Eleições Legislativas ---> 2024


para as "próximas" Legislativas Portuguesas 

PS: 31,0% (+0,9 p.p.) 

AD: 24,2% (-0,6 p.p.) 

CH: 19,0% (-0,6 p.p.) 

IL: 5,5% (-0,3 p.p.) 

BE: 3,8% (-0,4 p.p.) 

CDU: 3,0% (=) 

L: 2,9% (+0,2 p.p.) 

ADN: 2,0% (Novo) 

PAN: 2,0% (-1,3 p.p.) 

OBN: 6,5% (=) 

Amostra: 1033 inquiridos Recolha de Dados: 27-04-2024 a 06-05-2024

sexta-feira, 10 de maio de 2024

os portugueses votaram!

 O que é que os portugueses disseram desta e de similares no Observador!



quarta-feira, 8 de maio de 2024

O INFERNO

O “Inferno” é a primeira parte da “Divina Comédia” de Dante Alighiere
A viagem de Dante é uma alegoria através do conceito medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio.
O Inferno, o Purgatório e o Paraíso.
A obra está dividida em trinta e três cantos, sendo que um deles serve de introdução ao poema.
No poema, o Inferno é descrito com nove círculos de sofrimento localizados dentro da Terra.
A organização do inferno foi baseada na teoria medieval de que o universo era formado por círculos concêntricos.
O inferno torna-se mais profundo a cada círculo, pois os pecados são mais graves.
Os nove círculos do Inferno de Dante :
Limbo (virtuosos pagãos)
Vale dos Ventos (luxúria)
Lago de Lama (gula)
Colinas de Rocha (ganância)
Rio Estige (ira)
Cemitério de Fogo (heresia)
Vale do Flegetonte (violência)
Malebolge (fraude)
Lago Cócite (traição)
A justiça do inferno debatida no canto 11, está de acordo com a ideia de Aristóteles que relata, na obra Ética a Nicômaco:
Deve ser observado que há três aspectos das coisas que devem ser evitados nos modos:
a) a malícia,
b) a incontinência e
c) a bestialidade.
Portanto, os pecados menos graves estão logo no início, e os mais graves no final.
Dante encontra vários pecadores famosos na sua jornada pelo Inferno. . . . .
NO LIMBO - Dante encontra várias figuras clássicas, como Homero, Hesíodo, Platão, Sócrates, Aristóteles, Ovídio e o próprio Virgílio.
Encontra também personagens bíblicos também foram enviados para o Limbo, como Adão, Abel, Noé, Abraão, David ...
NA LUXURIA - Dante encontra Aquiles, Paris, Tristão, Cleópatra e Dido . . . .
NA GULA - Dante encontra pessoas comuns, não personagens de poemas épicos ou deuses da mitologia.
NA GANÂNCIA - Dante encontra mais pessoas comuns, mas também o guardião do círculo, Plutão, o rei mitológico do submundo.
NA HERESIA - Dante encontra Farinata degli Uberti, um líder militar e aristocrata que tentou conquistar o trono italiano e foi condenado postumamente por heresia em 1283. Dante também conhece Epicuro, o papa Anastácio II e o imperador Frederico II.
NA VIOLÊNCIA - Dante encontra Átila, o Huno, no Anel Externo, os que foram violentos com pessoas e propriedades.
Na “Divina Comédia” o Diabo, ou Lúcifer, é retratado no nono e último círculo do Inferno, conhecido como o Lago Cócite, é reservado para os TRAIDORES, que para Dante são os piores pecadores.
Lúcifer é descrito como um gigante aterrorizante preso no gelo até a cintura.
Ele tem três faces, cada uma de uma cor diferente: uma vermelha, uma pálida e uma preta.
Cada uma das bocas de Lúcifer mastiga um dos três maiores traidores da história, de acordo com Dante.
OS MAIORES TRAIDORES são Judas Iscariotes, que traiu Jesus Cristo, e Brutus e Cassius, que traíram Júlio César.
Curiosamente, embora o conceito geral de Inferno seja de um lugar quente, o espaço imaginado por Dante nem sempre era feito de chamas.
Na verdade, o círculo mais profundo punia os traidores numa forma de lago congelado, que é constantemente resfriado pelo vento produzido pelo bater de asas de Lúcifer.
Na “Divina Comédia” de Dante, Deus é retratado como a personificação da perfeição e do bem supremo.
Ele é o criador do universo e o juiz final de todas as almas.
Deus não aparece diretamente na maior parte da obra, mas a sua presença é sentida em todo lugar e todas as coisas.
No Inferno, Deus é visto como um juiz justo que pune os pecadores de acordo com a gravidade de seus pecados.
No Purgatório, Deus é retratado como misericordioso, dando às almas a oportunidade de se purificarem dos pecados para ascender ao Paraíso.
No Paraíso, a última parte da jornada de Dante, Deus é retratado em toda a sua glória.
Dante descreve Deus como uma luz brilhante, tão intensa que é difícil para os olhos humanos olharem diretamente.
A visão de Deus é o ponto culminante da jornada espiritual de Dante, representando a união final da alma humana com o divino.
Deus é retratado como a fonte de toda a justiça, bondade e amor na “Divina Comédia” de Dante.
Ele é o objetivo final da jornada espiritual de Dante e o padrão pelo qual todas as coisas são julgadas.

terça-feira, 7 de maio de 2024

4ª Ponte sobre o Rio Lima

A construção da quarta ponte sobre o rio Lima e do acesso rodoviário ao Vale do Neiva, em Viana do Castelo, irá iniciar-se até abril de 2024, num investimento de 32 a 33 milhões de euros, foi terça-feira divulgado, em declarações à agência Lusa, pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, que adiantou que “o concurso público das empreitadas será lançado até final deste ano”.
O autarca socialista estimou que, no total, o investimento nas duas operações ronde os “32 e os 33 milhões de euros”. Luís Nobre adiantou que se o procedimento decorrer com normalidade as operações começarão “até abril de 2024”. O prazo de execução das duas empreitadas, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), é de 18 meses.
Em causa está a nova travessia sobre o rio Lima entre a Estrada Nacional (EN) 203 — Deocriste e a EN 202 — Nogueira, bem como o acesso rodoviário da zona industrial do Vale do Neiva ao nó da autoestrada A28.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

sem retorno!

Num jantar com jornalistas estrangeiros, o ainda Presidente da República soltou como nunca o Marcelo que há dentro dele e passou um Rubicão de que dificilmente poderá haver regresso.