sexta-feira, 31 de maio de 2024

Perguntámos o que fizeram nas eleições de 2022 e 2024.

Perguntas difíceis, alguns esquecem-se ou racionalizam. Mas dito isto, 30% dizem ter votado em 2024 quando se abstiveram em 22; abstido em 24 quando votaram em 22; ou terem votado num partido diferente.




A mudança foi mais declarada entre os mais jovens, mais instruídos, sem simpatia partidária (obviamente) mais à direita.


Calculando e ponderando as respostas em relação à estimativa dos eleitores residentes
no Continente (Censos 2021, e não recenseamento eleitoral, onde há uma grande sobrestimação dos residentes), podemos estimar uma matriz de transferências eleitorais.


1 Mais eleitores passaram da abstenção em 2022 para o voto em 2024 do que o inverso. Os dois partidos que terão recolhido mais votos de anteriores abstencionistas foram o Chega e a AD.


2 O partido que perdeu mais votos foi o PS, obviamente. Perdeu para muitos lados,mas especialmente para a AD e para o Chega. Mas mesmo assim foi buscar mais a abstencionistas passados do que o que perdeu para a abstenção em 24.


3 O Chega conseguiu manter quase integralmente o seu eleitorado de 2022, acrescentando-lhe o voto de anteriores abstencionistas e anteriores votantes no PSD ou no CDS-PP, assim como anteriores votantes no PS.