domingo, 29 de outubro de 2023

Valem o que valem (Outubro de 2023)

Um PSD (24,9%) a perder pontos para outros partidos à Direita é o cenário que projeta a mais recente sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF. Que também mostra um PS (28,6%) que, sem sair do sítio, se volta a destacar no primeiro lugar. A fragilidade social-democrata é aproveitada pelo Chega (14,6%), sem rival para o terceiro lugar, e pela Iniciativa Liberal (6,7%), que está agora a escassas décimas do Bloco de Esquerda (7,1%). Seguem-se o PAN (4,8%), que se mantém à frente da CDU (3,8%), o Livre (2,9%) e o CDS (1,6%).

Se houvesse hoje eleições, e se os resultados das urnas confirmassem estes resultados, os socialistas teriam uma vitória de Pirro: porque a maioria parlamentar estaria ao alcance do conjunto de partidos mais à Direita, que somam 47,8 pontos, e não dos partidos mais à Esquerda, que se ficariam pelos 42,4 pontos. Mesmo a junção do PAN a uma espécie de "frente popular" seria insuficiente (em termos percentuais) para garantir a maioria a um Governo liderado pelos socialistas.

Qual seria a alternativa?
Se um quarto Governo consecutivo do PS parece, neste cenário, uma miragem, que hipótese teria o PSD de oferecer uma alternativa sólida? Mantendo-se as garantias do atual líder, Luís Montenegro, de que não haverá um Governo social-democrata que dependa do Chega, não teria nenhuma: o bloco à Direita, com o CDS (que neste momento está fora do Parlamento), mas sem o Chega, somaria uns curtos 33,2 pontos percentuais. Refazendo as contas para lhe juntar o PAN (a exemplo do que sucedeu, entretanto, na Madeira), seriam 38 pontos, de novo insuficiente para bater o conjunto da Esquerda.

Cenários à parte, esta sondagem volta a mostrar as fragilidades do PSD (e do seu presidente, Luís Montenegro, arrasado na avaliação aos líderes partidários), quer quando a comparação se faz com a sondagem de julho passado (perde quase três pontos), quer quando se faz com o resultado das últimas legislativas (perde um pouco mais de quatro pontos).

Recordes à Direita do PSD
Ao contrário, fica patente a força crescente do Chega. O partido de André Ventura teria agora o dobro dos votos que obteve em janeiro de 2022. Acresce que, quando se analisam os diferentes segmentos da amostra, percebe-se que os radicais de Direita já não se limitam ao último lugar do pódio: entre os residentes na região Sul e ilhas estão em segundo lugar, à frente do PSD; e entre os eleitores entre os 35 e os 49 anos, em primeiro, mesmo que apenas com uma décima de vantagem sobre o PS (note-se que, dada a pequena dimensão destes segmentos, a "margem de erro" é muito superior aos 3,5% do total da amostra).

Outro dado digno de destaque, e que prova a fragilidade atual do PSD, é que a soma de Chega e Iniciativa Liberal ultrapassa, nesta altura, os 21 pontos percentuais, um cenário nunca visto nas bancadas parlamentares, nem à Direita dos sociais-democratas (o máximo foram os 16% do CDS em 1976), nem à Esquerda do PS (o máximo foram os 18,8% da APU, a coligação comunista de 1979). Sendo que os liberais de Rui Rocha estão a crescer, quer em relação à sondagem de julho, quer quando a comparação se faz com as últimas legislativas (quase dois pontos).
Regularidade socialista
Analisando os resultados do PS nas quatro sondagens que a Aximage já fez este ano para o DN, JN e TSF, fica clara a regularidade: nunca baixou dos 27 pontos, nunca superou os 29. Foi quanto bastou para perder o primeiro lugar em abril, mas também para garantir, agora, uma vantagem de quase quatro pontos sobre os sociais-democratas. Mas as notícias não são tão boas quando a comparação se faz com as últimas legislativas, em que conquistou a maioria absoluta: perde mais de 12 pontos.

À sua Esquerda, os cenários são distintos. O Bloco de Esquerda, apesar da quebra de um ponto face a julho (quando Mariana Mortágua era uma novidade na liderança), está quase três acima do que conseguiu nas urnas em janeiro de 2002. O PCP (ou a sua marca eleitoral, a CDU) de Paulo Raimundo agoniza nos 3,8%, melhor do que julho, pior do que nas legislativas. E, finalmente, o Livre de Rui Tavares duplicaria o resultado das últimas eleições.

Entre os dois blocos está o PAN que, com Inês Sousa Real aos comandos, parece recuperar o fôlego. Se as eleições fossem agora, ficaria mais de três pontos acima das últimas legislativas.

Hospital em Gaza. A propaganda !

Na imprensa a que temos direito, Israel foi acusado da morte de 500 pessoas após o ataque a este hospital...feito pelo Hamas!
Análise de vídeo feita pelo The Wall Street Journal usando câmeras de segurança e transmissões ao vivo dentro de Israel e Gaza mostra como um foguete fracassado lançado de dentro de Gaza e destinado a Israel causou a explosão mortal no Hospital Árabe Al-Ahli em Gaza.


sábado, 28 de outubro de 2023

O Fascismo


A Itália, sendo uma nação antiga, é um Estado recente. Ainda que desde Dante, Petrarca e Maquiavel possa falar-se numa língua, numa cultura e numa identidade italianas, a estatalidade só lhe chegaria em 1861, quando o Rei Vittorio Emanuele II da Sardenha unificou a península e se intitulou rei de Itália. Assim, foi só no século XIX que o Estado italiano, a monarquia dos Saboia e a Itália independente se consolidaram, encontrando as suas raízes culturais nas óperas de Verdi e nos romances de Alessandro Manzoni. Mas tal como a Alemanha e como quase todos os Estados da Europa e das Américas a Itália far-se-ia sobretudo na guerra e pela guerra.
A Itália unida tentou desde logo participar na partilha de África mas teve um pesado insucesso militar quando, num dos poucos desastres de forças europeias coloniais perante tropas locais, a expedição do general Baratieri, em Aduá, foi vencida pelos etíopes de Menelik II.
No princípio do século XX, há em Itália um vigoroso movimento cultural que manifesta uma identidade rica e modernizante. Il Leonardo, de Papini e Prezzolini, Lacerba, de Papini e Ardengo Sofici, ou La Voce são algumas publicações da chamada “idade das revistas”; e Filippo Tommaso Marinetti, do Movimento Futurista, publica em Fevereiro de 1909 um Manifesto que iria desencadear muitas outras proclamações do género, da Rússia aos Estados Unidos e da Inglaterra a Portugal.
Mussolini: de socialista a fascista
A Grande Guerra vem surpreender e perturbar um dirigente socialista italiano, Benito Mussolini, homem da esquerda do Partido Socialista e director do jornal Avanti. Nas vésperas Grande Guerra, a Itália estava numa situação política e diplomática especialíssima: fazia parte da Tripla Aliança, com os Impérios Centrais da Alemanha e a Áustria, mas, para os nacionalistas italianos, o inimigo histórico era a Áustria dos Habsburgo.
Ainda que, em Itália, o intervencionismo reunisse gente da direita, do centro e da esquerda, o Partido Socialista Italiano era pela neutralidade. Por isso o socialista revolucionário Benito Mussolini, ao passar a integrar o bloco intervencionista, foi expulso do Partido.
Mussolini alistou-se então como voluntário, foi ferido e experimentou o que muitos europeus de todas as fés e quadrantes experimentaram com a guerra – o fim de uma época, o fim dos seus mestres e referências e o nascer de um tempo novo.
Com outros da sua geração, vai fundar, em Milão, no dia 23 de Março de 1919, os Fasci di Combatimento. Da reunião sai um programa que é muito fruto do pensamento e da acção do núcleo fundador, onde há ex-socialistas e sindicalistas revolucionários, futuristas, ou seja, modernistas reaccionários, e também arditi, os ex-combatentes das forças especiais. À luz dos critérios pré-guerra, o programa era um cocktail contraditório: nacionalista, socialista (defendia a nacionalização dos bancos e a expropriação dos latifúndios), democrático (era pelo direito de voto universal, incluindo as mulheres, para os maiores de 18 anos) e jacobino (queria a nacionalização dos bens das congregações religiosas).
Este programa vai evoluir e modificar-se, em função das circunstâncias e dos aderentes. O “fascismo de esquerda”, o primeiro, o milanês, vai alterar-se com a adesão dos agricultores do Norte e da Emília Romanha, perante o risco de ocupação das suas propriedades. O chamado “fascismo agrário” cresceu muito graças aos agricultores que, receosos da ocupação por militantes de esquerda, apelavam aos Squadristi fascistas.
Mussolini procurou sempre ser o árbitro e o mediador entre a esquerda e a direita fascistas. A sua estratégia de manter uma força de milícias armadas, os Squadristi, que protegia os comícios e as sedes do partido e que atacava as sedes socialistas e os jornais de esquerda, e de, ao mesmo tempo, concorrer a eleições e manter um grupo parlamentar, mostra bem essa sua preocupação táctica.
Não era uma estratégia original, já que o Partido Socialista actuava da mesma forma. No fim da guerra, com a revolução dos Bolcheviques na Rússia, a opção pela violência coexistia com o legalismo eleitoral, com os socialistas a obterem 1. 840 000 votos e 156 deputados num parlamento de 508. Nesta conjuntura, a componente maximalista tomava a dianteira e os socialistas italianos lançavam-se na empresa de “copiar a Rússia” com uma retórica radical, pontuada por clichés marxistas, que anunciava a “crise inevitável e próxima do regime capitalista” que “nada nem ninguém podia salvar”.
Para Ângelo Tasca, companheiro de Gramsci na revista Ordine Nuovo, Mussolini joga com o “nacionalismo exasperado” e as “reivindicações sociais radicais”, isto é, com a Itália da “vitória traída” e a Itália “nação proletária”, vítima das “nações plutocráticas”, como a França e a Inglaterra.
Mil Novecentos e Vinte abre com greves maciças na Indústria e com lutas sociais no campo, o que leva os patrões e as classes médias a preparar a resistência às ocupações. Mussolini está a integrar o “bloco anti-socialista”, articulado pelo primeiro-ministro Giolitti, com o apoio do Vaticano. Por essa altura (entre o Verão de 1920 e o princípio de 1921) o Duce está a multiplicar os “fascios”, que passam de 108 a cerca de mil.
É a guerra de classes, a guerra civil de baixa intensidade; mas, ao contrário do que acontecera na Rússia, os vencedores não iriam ser os “vermelhos”, mas os “negros”.
Os fascistas e os Squadristi têm aqui um papel fundamental: apesar do mau estado das estradas, criam um sistema de mobilização e coordenação intercidades que multiplica a força das expedições punitivas e defensivas na Itália do Norte e do Centro, contando com a simpatia discreta do Exército; enquanto a burguesia, assediada e amedrontada pelo “perigo comunista”, passa da desconfiança à neutralidade colaborante.
Por esta altura, o Governo liquida o caso de Fiume e Mussolini deixa cair D’Annunzio, que “libertara” a cidade do Adriático. Em Livorno, em Janeiro de 21, no XVII Congresso do Partido Socialista Italiano, os comunistas abrem a secessão. Os socialistas mantêm-se fortes no Parlamento, onde os católicos populares de Don Sturzzo também têm uma boa representação.
Mussolini vai então defender uma nova aliança para uma nova maioria: “uma nova e grande coligação […] das três forças verdadeiramente eficazes na vida do país” – os socialistas, os católicos populares e os fascistas. É nesse espírito que assina um “pacto de pacificação” com os socialistas, em Agosto de 1921. As forças conservadoras voltam-se contra ele, bem como os sectores esquadristas mais radicais – do Vale do Pó, da Toscânia, de Veneza Júlia, de Bolonha –, que também se insurgem contra o acordo.
É Dino Grandi quem corporiza esta linha crítica dos esquadristas. Nesta altura, os Fasci já passavam dos 300 mil filiados. No Congresso de Roma dá-se a pacificação interna e os Fasci são abolidos, passando a Partido Nacional Fascista (PNF).
O PNF organiza-se rapidamente em milícia nacional, numa rede de ocupação territorial que conta com a cumplicidade de quadros militares. Os governos sucedem-se, com as esquerdas incapazes de chegar a um acordo entre socialistas, comunistas e populares. Os comunistas italianos hesitam, tal como os seus correligionários alemães hesitariam na véspera da conquista do poder por Hitler: entre dois males, qual seria o pior, o fascismo ou a “democracia burguesa”?
No Verão de 22, o esquadrismo fascista desenvolve operações violentas em Cremona, Novara e Ravena. Em Ravena, na comemoração do sexto centenário da morte de Dante, incendeiam sedes partidárias de esquerda.
Mussolini, numa série de discursos em Agosto e Setembro de 22, trata de tranquilizar as instituições, ao mesmo tempo que conversa com dirigentes conservadores e liberais, para tentar um governo de coligação. E propõe uma política externa não-sujeita à Sociedade das Nações e à Inglaterra, que vê como o poder imperialista por excelência.
A marcha dos condottieri
A Marcha sobre Roma nasce neste clima. É decidida em Milão, em meados de Outubro, torna-se pública no encontro de Nápoles (24-25 de Outubro) e inicia-se na noite de 27 para 28 de Outubro. Um Quadrunvirato (o fascismo, à semelhança do bonapartismo, retomava as hierarquias romanas), formado por Italo Balbo, Emilio De Bono, Cesare Maria De Vecchi e Michele Bianchi, assume a direcção do Partido e das operações. Os fascistas começam a ocupar centros políticos e estratégicos por toda a Itália, de prefeituras administrativas a estações ferroviárias.
Em Roma, o governo liberal de Luigi Facta demite-se e declara o estado de sítio – que o Rei Vittorio Emmanuele se recusa a assinar.
Entretanto, Mussolini está em Milão. No dia 28, à tarde, o Rei chama o conservador Antonio Salandra para formar um governo de direita com os fascistas. Salandra consulta Mussolini, que lhe responde que só integrará o governo como Presidente do Conselho de Ministros.
A 29 de manhã, Mussolini recebe um telegrama do general Cittadini que, em nome do Rei, o convida a vir a Roma para formar governo. Parte de Milão ao fim da tarde e chega a Roma na manhã de 30, Domingo. À tarde, às 19h20, entra no Quirinale para apresentar ao Rei o seu Ministério.
É um governo de coligação parecido com os anteriores: nele entram, além de Mussolini, três fascistas, um nacionalista, dois populares, dois democratas, um social-democrata, um liberal, um independente (Emilio Gentile) e dois militares.
Na sua manobra para conquistar o poder, Mussolini segue o conselho maquiavélico, combinando a força do leão com a astúcia da raposa: numa Itália traumatizada pela “vitória traída”, com as classes médias preocupadas e assustadas perante a ameaça comunista patente no Bienio Rosso, os fascistas surgiam como alternativaSem abandonar na retórica dos princípios a ambição do solidarismo social através do corporativismo, o fascismo fora perdendo no terreno a sua componente “de esquerda” e, sobretudo a partir do “fascismo agrário” e do esquadrismo, passara a integrar a direita sociológica.
Ao mesmo tempo, Mussolini tecera aquilo a que o historiador Francesco Perfetti, um discípulo de Renzo De Felice, chamaria “uma teia de aranha” político-partidária com os principais dirigentes conservadores e liberais – Giolitti, Orlando, Salandra, Facta — e o nacionalista Federzoni. Quando Facta quis declarar o estado de sítio, o rei recusou-se a fazê-lo, sabendo das simpatias da jovem oficialidade pelos fascistas e por Mussolini, e tendo, através de Federzoni, a garantia de que não tocariam na Nessa medida, a marcha dos fascistas sobre a capital, depois exaltada como decisiva, foi mais uma demonstração de força destinada a cobrir um golpe de Estado indolor do que um assalto violento ao poder. Um assalto em nada comparável à tomada de poder pelos bolcheviques e às perdas humanas causadas pela revolução e pela guerra civil na Rússia. Perdas que Antony Beevor, no seu recente Russia – Revolution and Civil War 1917-1921, estima em 12 milhões de vidas.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

a tenebrosa em acção

sempre, sempre a tenebrosa máquina de propaganda do partido socialista

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Polónia: geringonça ao centro

De acordo com os resultados oficiais anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional em 17 de outubro, o partido do governo, PiS, obteve 35,4% dos votos e conquistou 194 lugares no parlamento polaco – o Sejm. São necessários 231 lugares para formar uma maioria. Por outro lado, os partidos da oposição democrática – Coligação Cívica (KO), Terceira Via (TD) e Nova Esquerda (NL) – obtiveram, respetivamente, 30,7%, 14,4% e 8,6% dos votos, o que se traduz em 157, 65 e 26 lugares no Sejm. A extrema-direita, representada pela Confederação, conquistou 7,2% dos votos e 18 lugares.
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Os três partidos da oposição anunciaram que chegaram a acordo para formar uma coligação governamental com uma maioria sólida de 248 lugares, com Donald Tusk, antigo presidente do Conselho Europeu, como primeiro-ministro.

O IUC ...

Para o próximo ano, em alguns casos, estão previstos aumentos de 1000%

Braço sindical do Chega com futuro incerto dizia a Filipa Matias Pereira

e a Filipa ouviu o Armenio Carlos antigo secretário-geral da CGTP/In

Inspirado no modelo sindical espanhol Solidaridad, apoiado pelo Vox, o Chega quer promover a primeira federação sindical de direita em Portugal. Ventura espera que a Solidariedade entre no activo no final do ano, mas reza a História que o caminho não será fácil. O falhanço de movimentos sociais associados à direita radical na Europa e a actual crise no sindicalismo são obstáculos à vista.

Alheio às contrariedades, Ventura quer organizar “uma grande concentração de trabalhadores” já no início de 2023 e espera contar com aqueles que não se revêem nas centrais sindicais de esquerda: a CGTP e a UGT. Mas há quem veja nesta iniciativa do partido de extrema-direita um contra-senso. “O Chega, que tanto criticava insensibilidades no movimento sindical, agora acaba por lançar uma proposta que não é mais do que uma tentativa de instrumentalização do movimento sindical e dos legítimos descontentamentos face às políticas seguidas, com consequências face à redução do poder de compra e ao aumento da pobreza”, diz ao NOVO Arménio Carlos, antigo secretário-geral da CGTP.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

as FP25 de Abril


Nuno Gonçalo Poças com Presos por um Fio chega-nos finalmente o relato livre e documentado de uma das páginas mais negras da história do Portugal recente. É o trabalho de investigação que vem resgatar do esquecimento colectivo a trágica tentativa de impor - pela força das armas e do terror - ao povo português um projecto político que ele explicita e reiteradamente rejeitara.

Estudo histórico que conta pela primeira vez toda a verdade sobre as FP-25 de Abril, 
Presos por um Fio é também uma chamada de atenção para como uma outra vez na história contemporânea portuguesa forças de extrema-esquerda passaram do combate político ao extermínio físico daqueles que considerava seus inimigos.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

as causas a caminho do 25A

[mais longo que o habitual! Mas percebe-se a razão].
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O descalabro do SNS, o fracasso na habitação e, ainda, o caos na educação, mais os custos da inflação, são os temas que pairam sobre a vida dos portugueses, e que, ao contrário do que defendido por Luís Paixão Martins, o guru do PS e da comunicação, são pelo menos, segundo José Miguel Júdice, abordados por si. Neste programa, o comentador toca em todos estes temas fulcrais e, apesar de não ver o PS como a única causa dos vários problemas que assolam o país, admite que se torna difícil encontrar um culpado alternativo. Quanto às manifestações da habitação, deixa ainda uma nota: “Foi organizado com uma estratégia de extrema esquerda”.

domingo, 1 de outubro de 2023

quando a pitonisa é jornalista!

Eslováquia vai a votos a 30 de setembro e Robert Fico, do partido de esquerda Smer, está em primeiro lugar nas sondagens. Antigo PM quer acabar com apoio a Kiev — e aproximar-se da Rússia. José Carlos Duarte

do cativeiro à liberdade


A sorte ou o azar da Geografia acabam por ditar diferentes histórias na História, umas boas, outras más, outras piores.
Há nações – como a Polónia e a Hungria, nações antigas, com mais de mil anos – que, situadas em zonas turbulentas de sucessivas hegemonias imperiais, acabam por viver em cativeiro grande parte da sua História. Há outras, como Portugal, que por só terem um vizinho e estarem na ponta do continente, são, nessa matéria, mais felizes.