e a Filipa ouviu o Armenio Carlos antigo secretário-geral da CGTP/In
Inspirado no modelo sindical espanhol Solidaridad, apoiado pelo Vox, o Chega quer promover a primeira federação sindical de direita em Portugal. Ventura espera que a Solidariedade entre no activo no final do ano, mas reza a História que o caminho não será fácil. O falhanço de movimentos sociais associados à direita radical na Europa e a actual crise no sindicalismo são obstáculos à vista.
Alheio às contrariedades, Ventura quer organizar “uma grande concentração de trabalhadores” já no início de 2023 e espera contar com aqueles que não se revêem nas centrais sindicais de esquerda: a CGTP e a UGT. Mas há quem veja nesta iniciativa do partido de extrema-direita um contra-senso. “O Chega, que tanto criticava insensibilidades no movimento sindical, agora acaba por lançar uma proposta que não é mais do que uma tentativa de instrumentalização do movimento sindical e dos legítimos descontentamentos face às políticas seguidas, com consequências face à redução do poder de compra e ao aumento da pobreza”, diz ao NOVO Arménio Carlos, antigo secretário-geral da CGTP.