sexta-feira, 26 de maio de 2023

operação "tutti frutti" e não só...

"Com António Costa e pelo menos cinco ministros a serem investigados, o líder do XXIII
governo constitucional tem de se preocupar mais com o Ministério Público e a Polícia Judiciária do que com os deputados da Assembleia da República e a ameaça presidencial de dissolução. 
Está o pânico instalado entre os governantes. Só assim se justifica que o PS tenha chumbado várias iniciativas da oposição parlamentar, tais como os pedidos dos telefonemas e comunicações entre António Costa, Mendonça Mendes e João Galamba, de audições de diversos governantes e responsáveis dos serviços de informações, bem como de outra diversa documentação, designadamente as notas de Frederico Pinheiro relativas da reunião entre o (ainda) ministro das Infraestruturas e Christine Ourmières-Widener, a 16 de Janeiro de 2023." ()

"Ao primeiro sinal, as placas tectónicas do PSD colidiram. A Operação Tutti-Frutti atingiu em cheio o universo social-democrata e precipitou uma troca de acusações entre a atual equipa de Luís Montenegro e o que resta da resistência rioísta, célula que opera, sobretudo, no Parlamento. A forma como a direção do partido geriu as primeiras reações ao caso fez com que os antigos apoiantes de Rui Rio antecipassem uma eventual limpeza de balneário e tentassem condicionar de imediato a presidência social-democrata. Tudo somado, antecipam-se novas guerras internas no futuro." (Miguel Santos Carrapatoso no Observador )

"Em França, o Partido Socialista quase desapareceu: elegeu um péssimo presidente da República, que governou indecentemente o país, e, em compensação, os eleitores remeteram-no para o caixote do lixo da política. Hoje, o partido nem sede tem em Paris. Em Portugal, o PS levou o país à falência, chamou a troika, teve um primeiro-ministro detido e hoje governa o país com maioria absoluta no meio das mais absurdas trapalhadas. Perante este cenário, paradoxalmente, o mais provável será o desaparecimento ou a irrelevância política do PSD, que diariamente sangra para o Chega nas sondagens. A culpa é dos eleitores? Não, a culpa é de Pedro Passos Coelho que nunca mais toma conta daquilo." 
(Rui Albuquerque no FeiceBuque)

“Tenho dúvidas, o PSD será alternativa. Se será ou não fugaz, como o foi nas duas ocasiões
em que esteve no poder nos últimos 30 anos, é outra questão.
O eleitorado português é profundamente conservador. Um movimento populista como o Chega veio para ficar, mas tenho sérias dúvidas de que conduza o PSD a essa irrelevância.
Tal como o PS - é esse o ponto relevante - não o será, apesar de ter sido um desastre na governação, num patamar que na maioria dos restantes países europeus resultaria no seu desaparecimento.” (Ricardo Prata no FeiceBuque)