segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

a imprensa a que temos direito!



Aos donos disto não basta ter por garantida a obediência de quatro quintos das redacções: é preciso garantir que o resto não pia. Há meses, por obra de um discípulo de Estaline que honra a bancada do PS, regressou o lápis azul, possivelmente de outra cor e coberto de uma hipocrisia beata que nem o Estado Novo ousava.

Agora, o governo pretende alterar o Código Penal a fim de demitir, proibir de exercer e afinal destruir os funcionários púbicos, professores, jornalistas e quem calhar de incentivar a “discriminação” e o “ódio”. As definições de ambos os conceitos serão deles, a desgraça nossa.
Eis mais um passo firme no sentido do totalitarismo, que os lacaios do regime desvalorizam porque contam beneficiar dele. Duvidam? A notícia saiu no “Público”, e o “Público” estava feliz.

Em suma, o “Público” está aberto a todas as opiniões, menos aquelas das quais discorda. Além disso, não permite que se trate com “desprimor” as “personalidades”, excepto, evidentemente, se estas fizerem juízos divergentes da “direcção editorial” ou das “personalidades” que o “Público” aprova, o que aliás vai dar ao mesmo. É um exercício divertido procurar textos em que os senhores do “Público” recorrem ao “desprimor” para lidar por exemplo com os blasfemos da Covid. E é um exercício fácil: a 20 de Agosto, o próprio director insulta de tudo os desalinhados do discurso oficial na matéria. Tempos antes, o dr. Manuel Carvalho designara por “delinquente” um político português, e não, não foi o político que atropelou mortalmente um infeliz sem sair do carro para lhe prestar assistência. Até porque, de acordo com o dr. Manuel Carvalho, acusar esse particular político por esse particular incidente “não cabe nos valores de uma sociedade e de uma classe política decentes”. Numa sociedade decente, os serviços que o “Público” presta a uma parte da classe política jamais seriam confundidos com jornalismo.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

já começaram a branquear!

 

sábado, 19 de fevereiro de 2022

eleições legislativas 2022 (idades)

O PS recolheu 51% dos votos, entre os votantes com mais de 54 anos, mais do que um terço do total dos votantes no Continente em 2022, contra apenas 27% entre os eleitores com menos de 25 anos. […]
Dos menores de 25 anos, os partidos de direita ou centro-direita receberam 50% dos votos enquanto, entre os maiores de 54 anos, apenas 37%.

As implicações para a composição da base eleitoral de cada partido são visíveis no gráfico acima. Enquanto cerca de metade dos votantes no PS têm mais de 54 anos, apenas cerca de um em cada 10 dos que votaram no IL pertencem a esse grupo etário. Há um contraste claro entre os partidos “estabelecidos” e os novos.

eleições legislativas 2022 (idades) ...

 O que se sabia sobre a relação entre a idade dos eleitores e o seu voto?

  • Que o BE era desproporcionalmente apoiado por eleitores mais jovens.
  • Que PS e o PSD era-o por eleitores mais velhos, apesar da dificuldade do PSD em captar esse eleitorado a partir das eleições de 2015.

O que tivemos em 2022?

Em 2022, as relações entre a idade e o voto no PS e no BE permaneceram fortes. Entre os votantes com mais de 54 anos — mais do que um terço do total dos votantes no Continente em 2022 — o PS recolheu 51% dos votos, contra apenas 27% entre os eleitores com menos de 25 anos. Pelo contrário, o BE recolheu 8% entre os mais jovens e apenas 3% entre os mais velhos. 

Note-se também que o PSD disputou e obteve a primeira posição entre os mais jovens face ao PS (29% vs. 27%), mas perdeu por muito entre os mais velhos (51% vs. 28%). Apesar de as eleições terem terminado com um resultado bem mais favorável para o PS do que tinha sido captado pelas sondagens pré-eleitorais, estes padrões já eram anunciados por elas.

Os partidos mais novos — Chega, PAN, Livre e (especialmente) IL — foram desproporcionalmente mais apoiados pelos votantes mais jovens. E entre os menores de 25 anos, os partidos de direita ou centro-direita receberam 50% dos votos; entre os maiores de 54 anos, apenas 37%. A grande diferença aqui é a causada pela IL, que é por uma confortável margem o terceiro partido mais votado entre os eleitores mais jovens. 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Os declínios

Os declínios começam por emitir sinais. Já nos apercebemos de alguns como – por exemplo – a constante falta de assunção de responsabilidade por parte do poder, seja num erro, numa omissão, numa trapalhada, numa demora. Agora houve mais um e eloquente: a história do impedimento do voto para milhares e milhares de portugueses que vivem fora de portas foi uma privação de direitos.
Até hoje não se sabe porquê, só se conhecem evasivas, passa culpas, fugas à responsabilidade. Já conhecíamos a invenção de forçadíssimos – ou mesmo falsos – culpados
o motorista do ex-Cabrita, o funcionário despedido da Câmara de Lisboa no caso de Medina versus/cedência de dados de cidadãos estrangeiros as respectivas embaixadas. Etc.
Desta vez, no caso dos votos, houve um upgrading: 
a usurpação de um direito fundamental não teve rosto nem assinatura.

eleições e emigrantes no "estado a qe isto chegou"

Rui Rio (que ainda se julga líder absoluto do PSD) e todos os que fizeram o caso do voto dos emigrantes são o Bom, o Mau e o Vilão.
(um excelente comentário onde, decerto por razões que a Razão desconhece, ficaram esquecidos um ministro, uma ministra do Interior e o presidente do conselho deles!)


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

isto não se inventa!

a idade não perdoa!

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Marcelino e a Guerra na Guiné

O papel dos soldados africanos que lutaram por Portugal na guerra colonial, a sua sorte após o 25 de Abril e os casos de tortura em 1974 e 1975.


é proibido proibir...

 …o presente policiamento ideológico e as “linhas vermelhas” com que se procura segregar um partido e os seus eleitores não vão sequer beneficiar quem está no poder e muito menos o regime. Limitam-se a expor sob uma luz cada vez mais crua a exemplar democraticidade dos que se acham “donos disto tudo”.

Quando já não é proibido proibir

Achar que Deus, Pátria e Família é “fascista”, mesmo na pouco esclarecida qualificação do regime português, só pode resultar de ignorância ou táctica. Achar que, a partir de um centro enviesado à esquerda que se autoproclama democraticamente imaculado, podem traçar-se diabólicas linhas vermelhas para um lado e angélicos arco-íris inclusivos para o outro, é mau sinal. Achar que, independentemente da votação obtida, há um partido e um conjunto de eleitores que devem ser, à partida, excluídos da possibilidade consagrada pela praxe constitucional de ver eleito um candidato, “seja ele quem for”, a vice-presidente do Parlamento é, pela lógica do regime, indefensável. Achar natural que esse mesmo partido fique a um canto da Assembleia com orelhas de burro enquanto os “partidos de bem” avançam, cantando e rindo, para as “conversas em família” com o primeiro-ministro que quer falar com todos, é uma prática de discriminação aleatória que tem tudo para correr mal.  É esta narrativa e esta prática ideologicamente enviesada para aguentar no poder e defender os interesses dos que se assumem como “mais iguais que os outros” que começa a levantar cada vez mais dúvidas a cada vez mais pessoas. Afinal, o que distingue a democracia liberal dos outros regimes é a aceitação e integração, nas suas regras de jogo, de todas e quaisquer forças políticas que, independentemente dos valores que defendam, actuem pelas vias pacíficas e de acordo com as leis constitucionais e civis. Mesmo as iliberais. ( Jaime Nogueira Pinto in Donos disto tudo”)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Os números por detrás de um gráfico surpreendente

O Polígrafo dava ontem [dia 7 de Fevereiro] como falso o gráfico que integrava o ensaio sobre “Eleições e Reformas” de Vítor Bento, embora não sabendo de quem era a autoria – o gráfico circulou anónimo nas redes sociais – nem que incluía o referido ensaio. Beno, lamento dizê-lo, porque um programa como o Polígrafo deveria ter mais cuidado nas verificações que faz, mas o Polígrafo está errado. Como passa a demonstrar.
Assim, e em primeiro lugar, o gráfico destinou-se a comparar, entre duas datas – 1980 e 2020 – o número de residentes em idade de votar cujo rendimento depende do Estado. Ter o rendimento dependente do Estado, do ponto de vista que o gráfico pretende demonstrar, não implica necessariamente que o rendimento seja pago pelo Estado. É o caso do salário mínimo, que é pago pelas empresas, mas o seu valor tem sido decidido politicamente pelo Estado.
Em segundo lugar, e como se explica na nota metodológica do ensaio, o denominador das comparações não é o número de eleitores que constam dos cadernos – que muitos analistas e comentadores têm reconhecido não ser fiável –, mas é a população residente com 18 e mais anos.
Em terceiro lugar, o facto de o Rendimento Social de Inserção não existir em 1980 não o pode excluir da comparação: os beneficiários nesse ano eram zero e actualmente são os que as estatísticas revelam. É assim que se fazem comparações.
Em quarto lugar, e como é explicado no ensaio, o que o gráfico revela não envolve nenhum juízo moral, nem tem qualquer intuito moralista. Nem sobre o resultado, nem sobre as pessoas abrangidas. Os números apenas revelam uma realidade social, que cada um interpretará como entender.
Por fim e passando aos dados propriamente ditos. Como é explicado no ensaio, a fonte do gráfico é a PORDATA e os números constam do quadro junto e os números foram obtidos da seguinte forma:
1 Funcionários das Administrações Central, Regional e Local, da Segurança Social e das empresas das administrações públicas;
2 Beneficiários do subsídio de desemprego ( e do subsídio social de desemprego);
3 Beneficiários do Rendimento Social de Inserção (ou Mínimo Garantido, como já foi chamado);
4 Pensionistas: 85% da Soma das pensões da Segurança Social (Velhice, Invalidez e Sobrevivência) e da Caixa Geral de Aposentações; o ter considerado apenas 85% da soma das pensões e não a totalidade visou acomodar o facto (calculando por baixo) de que o número de pensões é superior ao número de pensionistas, porque há alguns casos em que um pensionista recebe mais do que uma pensão.
5 Na população residente com 18 e mais anos, o segmento de 18 e 19 anos teve que ser estimado, na medida em que as estatísticas apenas dão o segmento 15 a 19 anos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

domingo, 6 de fevereiro de 2022

“Estamos a brincar à descarbonização”

"Se não chover razoavelmente até Janeiro, as alternativas aos apagões podem ser muito caras" . Clemente Pedro Nunes, crítico da política energética delineada, diz que o fecho do Pego acontece num momento em que o país vai ficar vulnerável e acusa o Governo de estar a arruinar a competitividade económica do país. “Estamos a brincar à descarbonização”

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

OE2022

Pôde enganar a todos por algum tempo;
pôde enganar alguns por todo o tempo;
mas não pôde enganar-nos a todos todo o tempo...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

uma analise democrata cristã aos resultados eleitorais!

 

 

Resultados por Partido
PS – sai desta crise (provocada por si e pelos parceiros da extrema-esquerda - PCP e BE), reforçado em Deputados, em número de votos e em percentagem, conquistando a sua segunda maioria absoluta. Recordo que a primeira foi conquistada pelo Engº José Sócrates em 2005, tendo recebido 2.588.312 votos, uma percentagem de 45,03%, elegendo 121 Deputados à AR. Agora o resultado provisório obtido, (faltam ainda contar os Votos da Emigração que representam 4 Deputados), por este partido cifra-se em 2.246.637 votos obtidos, com uma percentagem de 41,68 %, elegendo até ao momento 117 Deputados. Ora a maioria absoluta conquista-se com a eleição de 116, pelo que se obtiver como em 2019 mais três deputados com os votos dos emigrantes, ficará com 120 deputados na AR. Mesmo que não os obtenha, pois já obteve sem eles a maioria absoluta, terá 4 anos de mandato, mais do que previsivelmente. . O futuro: os Portugueses que votam, e só esses me interessam dado que os que não votam são absolutamente irrelevantes, dividem-se entre os optimistas e satisfeitos e os que veem com receio o PS novamente no Governo da Nação com um poder absoluto que, não tenho dúvidas, irá exercer. . 1ª consequência imediata: - O Programa de Governo que o Dr António Costa apresentou, e que foi chumbado em Novembro de 2012 provocando a queda do seu Governo, irá ser implementado na sua totalidade, ou apenas com uma ou outra alteração de pormenor, sem importância, destinada a fazer crer aos Portugueses que irá ouvir alguém que não da sua área de sustentação do Governo. E aqui a primeiro consequência é de que os Portugueses perderão Poder de Compra em 2,0%, pois os aumentos sinalizados no orçamento de 0,9%, com uma inflação que já está nos 2,9% assim o indicam. Ou seja, para não ir mais longe, a Classe Média e os Reformados empobrecerão já este ano 2% dos seus rendimentos do trabalho ou nas suas reformas. Poderia estender-me mais, mas direi apenas que ao final do 2º ou do 3º ano, o Primeiro-Ministro (a exemplo do que fez o Prof Cavaco Silva na sua 2ª maioria absoluta) deixará o Governo dando lugar a um sucessor que o refresque com vista às eleições de 2026. . Por agora fico-me por aqui. Irei comentando ao longo do tempo a actuação deste Governo agora reforçado. . PSD – este Partido obteve agora 27,80 %, correspondentes a 1.498.605 votos elegendo 71 Deputados, ou previsivelmente mais um, quando muito mais dois, originário dos Votos da Emigração, ficando no final da contagem com 72 ou 73 deputados na AR. Em 2019 obteve 1.457.704, com uma percentagem de 27,76% ficando com 79 deputados. Ora apesar de obter práticamente os mesmos resultados percentuais, dada a distribuição geográfica dos votos e o método de Hondt, perde entre 6 e oito deputados. Agravada esta circunstância pelo facto de qualquer que sejam as suas propostas, se elas não agradarem os Governo e ao Partido Socialista, nenhuma influência real terá na governação, a não ser pela vocalização das suas posições. . A luta interna pela liderança, o Congresso onde muito do que devia ser discutido “dentro de casa”, saiu a público, prejudicando gravemente a confiança dos Portugueses nesse Partido e no seu líder, mesmo que reeleito, produziu este efeito de perda. Isto ao contrário da opinião do que disseram os comentadores e jornalistas. A luta pública de assuntos internos, prejudicou gravemente este partido na sua credibilidade e potencial confiança dos eleitores. Vamos assistir a lutas internas e ao surgimento de uma nova liderança, ou a breve trecho, ou a médio prazo quando faltarem dois anos para a mira do Poder que as eleições de 2026 proporcionarão. . Uma das questões que se colocam sobre o futuro deste Partido é a de vai continuar a ser semelhante ao PS (o que o fez perder eleições) ou vai dividir-se para dar origem a um partido de direita de verdadeira alternativa aos socialistas? E se o não fizer a direita será representada pelo Chega e eventualmente por um CDS refundado? Vamos ver. Se nada fizer em termos de reposicionamento ideológico, o seu futuro não será brilhante. . PCP – em queda constante de eleição para eleição. Ficará com apenas 6 dos 12 Deputados que tinha na AR, sendo atirado para irrelevância de decisão, face ao anterior modelo da geringonça. Aliás a geringonça foi fatal para o eleitorado deste partido, cuja parte menos ideologicamente esclarecida, deixou de vez de acreditar (ao fim de 47 anos) que este partido serve para algo, a não ser protestar, mas sem efeitos na sua vida do dia-a-dia. Para além disso, (desencantamento) à medida que o seu eleitorado vai desaparecendo fisicamente, menos percentagem obterá e menos deputados elegerá, sobretudo quando a abstenção for menor que os 50%, como foi agora o caso destas eleições. É um Partido parado no tempo e o seu desaparecimento e irrelevância ir-se-á inexoravelmente agravando, de eleição para eleição. Resta-lhe, por enquanto, a sua estrutura sindical – a CGTP – que lhe irá dando uma aparência de luta e de importância política, que se fará sentir através de um mais que provável recrudescimento da convocação de manifestações de protesto nas ruas e de greves, mas o seu destino, a exemplo do que aconteceu em toda a Europa, será o seu continuo e inexorável desaparecimento da cena política relevante. . BE – este partido desce de 18 para 3 os seus deputados. O “abraço de urso” dado pelo PS com a construção da geringonça, fez ver ao seu eleitorado que de Partido de Protesto, passou para um Partido que queria apenas ter um “lugar ao sol” no Poder da governação. A luta interna será inevitável e o seu futuro incerto, para pessimista. . Iniciativa Liberal – com um ideário Liberal, paredes meias com a noção da Economia do “laiser faire-laissez passer”, que nunca resultou em parte nenhuma do mundo, e com a defesa dos mesmos princípios e valores do Bloco de Esquerda, em matérias como a vida e os costumes, a noção Libertária da sociedade, que aparentemente é sedutora para o individualismo exacerbado, será um partido de “protesto” e de proposição de ideias aparentemente boas, mas sofrerá o desgaste natural à medida que o eleitorado for percebendo que aquilo que realmente propõe e, sobretudo, à medida que o eleitorado for percebendo os resultados potenciais que as suas propostas teriam se fossem implementadas, sofrerá o desgaste semelhante ao sofrido pelo BE. Antevejo o “efeito balão” para este partido, de eleitorado médio citadino e jovem. À medida que esse eleitorado for amadurecendo a sua análise, do concreto das suas propostas concretas, perderá boa parte do mesmo. Veio para ficar, mas a interrogação é de quanto tempo manterá um grupo parlamentar, que agora conquistou. É o partido querido da comunicação social, tal como o foi e ainda é um pouco, o Bloco de Esquerda. Por quanto o tempo o será, é uma interrogação que fica. . Chega – abandou a modorra dos debates públicos, abanou a dominância cultural da esquerda, aproveitou bem as hesitações e as cedências de PSD e CDS ao “politicamente correcto” imposto pela esquerda e pela comunicação social. As hesitações dos mesmos, proporcionaram aos eleitores que pensam à Direita, Conservadores, Democrata-cristãos, Liberais moderados na Economia, uma “casa de acolhimento” ideológico, embora ainda com algumas reservas. Mais a mais porque esse eleitorado estava cada vez mais farto de ver a esquerda a fazer e a impor o que bem queria, sobretudo em matéria da Moral, da Ética e mesmo na Economia, sem que PSD e CDS actuassem fortemente e com “voz grossa” contra isso e contra os “mitos urbanos” crescentemente impostos pela esquerda, com a cumplicidade activa e interessada da comunicação social. É, juntamente com o PS, o grande vencedor das eleições legislativas de 2022. A questão que se coloca agora tem a ver com o desvendar se é um Partido de um Homem só, inegavelmente capaz e mobilizador, ou se tem mais quadros e dirigentes capazes. Ou seja, se tem uma equipa de gente capaz em todos os aspectos da vida em sociedade, ou não. Se provar que tem gente capaz e séria, com cabeça estruturada, com visão, veio para ficar e a sua tendência será de crescimento e acabará por conquistar o poder de governar. Se não for capaz de provar tudo isto, será um “partido balão” como o foi o partido construído pelo General Ramalho Eanes que numa legislatura passou de 42 deputados para zero. Veremos. Deu esperança a largas camadas da população, veremos se será capaz de corresponder. . CDS-Partido Popular – de há dois anos a esta parte sofreu com várias coisas. A primeira das quais com uma oposição interna intensa, permanente e aguerrida, oriunda de pessoas que fizeram dos lugares políticos uma profissão. Tal facto agravou a queda que já se vinha sentindo desde 2010, pois a população em geral não gosta de ver discutidos na “praça pública” assuntos que deviam ser discutidos em casa. O desgaste foi tremendo e contribuiu decisivamente para o desaparecimento deste Partido do Parlamento. Um segundo factor foi que o novo líder, sendo muito jovem e precisando de tempo para afirmar as suas propostas e clarificar o seu pensamento junto dos portugueses, não o teve, pois, no segundo mês do seu mandato viu surgir a pandemia do Corona Vírus (ou Vírus da China) impedindo-o de contactar a população no terreno. Este factor foi agravado pela comunicação social, que por vários motivos político-ideológicos e de grupo, nunca lhe deu a cobertura noticiosa que deu a BE, PCP, PS e ao desafiante Chega. A agravar tudo isto, e ao contrário de fazer rupturas com o sistema instalado pela esquerda, hesitou cedendo em várias ocasiões ao “politicamente correcto” imposto pelos jornalistas e pela esquerda. Não rompeu o suficiente com a desastrosa governação ideológica imposta por Paulo Portas (na sua última fase) e por Assunção Cristas, que tinham descaracterizado o CDS e deixou cair mesmo vários dos seus apoiantes internos que o incentivavam a essa fundamental ruptura. Perdeu o seu grupo parlamentar, a sua representação na Assembleia da República, e agora, com uma situação financeira de ruína deixada pelo consulado de Assunção Cristas, agravada agora pela perda das subvenções estatais que recebia pelo facto de ter deputados na Assembleia da República, muito dificilmente recuperará, muito dificilmente sobreviverá. É uma perda para a Democracia portuguesa e para todos os Conservadores que agora se acoitarão ou no Chega, a maioria, ou na IL alguns, ou na abstenção, muitos. Veremos o futuro a dois meses, pois terá um Congresso, mas a menos que os seus militantes passem a pagar quotas elevadas, ou se arranjem financiadores privados, terá o seu fim por asfixia financeira. . Quanto a mim, militante de décadas do CDS e algumas vezes fazendo parte da sua equipa dirigente, tenho muita pena do que aconteceu, mas estou de consciência tranquila, pois avisei em vários Congressos (Gondomar, Lamego, Aveiro) do partido, para o que se avizinhava se não mudássemos de rumo seguido, sobretudo desde 2010. Agora estarei em reflexão durante algum tempo, até decidir o que, em termos da minha actividade cívico-política, irei fazer. . Por aqui me fico. Nos próximos dias, ao fazer a análise quantitativamente mais fina, escreverei e partilharei convosco as conclusões de todo este novo quadro político. (Miguel Mattos Chaves)

gong xi fa cai - gung hay fat choy

  


恭喜发财 
干草发财



Rui Rio ou Como Matar a Democracia

Riu Rio reduziu progressivamente o grupo parlamentar, não ganhou claramente uma única eleição, facultou a formação de três partidos e deixa o PSD como um partido médio, com um grupo parlamentar maioritariamente medíocre, minado na sua representatividade tradicional por causa da obsessão estúpida com o “centro” onde Rio e os seus “ideólogos” o acantonaram.
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Qualquer das “promessas” gastas para o substituir apenas visa esse partido médio e não o país.