Os declínios começam por emitir sinais. Já nos apercebemos de alguns como – por exemplo – a constante falta de assunção de responsabilidade por parte do poder, seja num erro, numa omissão, numa trapalhada, numa demora. Agora houve mais um e eloquente: a história do impedimento do voto para milhares e milhares de portugueses que vivem fora de portas foi uma privação de direitos.
Até hoje não se sabe porquê, só se conhecem evasivas, passa culpas, fugas à responsabilidade. Já conhecíamos a invenção de forçadíssimos – ou mesmo falsos – culpados
o motorista do ex-Cabrita, o funcionário despedido da Câmara de Lisboa no caso de Medina versus/cedência de dados de cidadãos estrangeiros as respectivas embaixadas. Etc.
Desta vez, no caso dos votos, houve um upgrading:
a usurpação de um direito fundamental não teve rosto nem assinatura.