Podemos dar as voltas que quisermos,
iremos sempre começar por aqui: o PISA foi construído a pensar nos alunos, mas
o seu primeiro efeito público é o julgamento político dos ministros da
educação. Maria de Lurdes Rodrigues, goste-se ou não, será sempre a ministra
que fez Portugal dar um grande pulo para cima nas comparações internacionais do
PISA, entre 2006 e 2009. Agora, Nuno Crato, goste-se ou não, será sempre o
ministro que levou esse trabalho ainda mais longe e que, pela primeira vez,
colocou Portugal acima da média da OCDE. E fê-lo após Isabel Alçada ter
conduzido o sistema educativo a uma estagnação nos resultados, entre 2009 e
2012. E, mais, fê-lo também em pleno período de assistência financeira, com
cortes orçamentais e cinto apertado – isto é, num contexto muito mais exigente
do que o dos seus antecessores. (in Na
política, Educação discute-se mas não se pensa por Alexandre Homem Cristo
.
esta semana
foi aquela em que pudemos fazer o
balanço de outra obra de destruição: a de Nuno Crato no Ministério da Educação.
Segundo as oposições de 2011-2015,
Crato dedicara-se ao arrasamento implacável da “escola pública”, com o
objectivo de desqualificar os portugueses.
pergunta chata:
- Se esse era o objectivo, como
compreender que no fim do mandato de Crato os alunos portugueses tivessem
atingido os
mais altos níveis de competência em literacia e matemática , e os resultados em matemática caíam em França, sob o
anti-austeritário Hollande. (in “As
oposições entre 2011 e 2015 mentiram” por Rui Ramos)