sábado, 25 de abril de 2015

Prisioneiros de Caxias

Sinopse
Aos 17 anos, acusado de ser “sinistra personagem que assumira altas funções no regime fascista” e “notório fascista” sou preso, simulam o meu fuzilamento, levam-me para Caxias onde permaneci 53 dias.
Tinha cometido o hediondo crime de ser sobrinho do Prof. Marcello Caetano, último Presidente do Conselho do Estado Novo.
Como consequência a “comissão de estudantes” marxista proíbe o meu ingresso na Universidade.
Nuno Alves Caetano

…Mas este “Mandato” está em branco!
 - É um “Mandato” e tem que nos acompanhar – responde o oficial…
«Se o cão continua a ladrar, leva um balázio!» 
Cenas ocorridas durante a detenção de Artur Agostinho

…Quando o meu Pai pegou no auscultador do telefone para fazer a chamada, um dos homens fardados, que estava por trás do civil, retirou uma arma e apontou-lha. O meu Pai pousou o auscultador e disse com um ar muito calmo e um sorriso:
- Sim senhor, o senhor convenceu-me e agora posso ir vestir-me?...
Aquando da prisão deCésar Moreira Batista.

…Fui até ao meu quarto vestir-me (sempre devidamente escoltado) e enquanto o fazia, um dos soldados encostou a G3 à parede, tendo esta resvalado e caído no chão. Voltei-me para ele e disse:
- Tenha cuidado que isso pode disparar-se e ainda mata alguém.
Responde o energúmeno:
- Se matar alguém, não tem importância…
Episódio ocorrido durante a prisão de Diogo Passanha

- Desde quando é que um Capitão e um Alferes vêm prender um General?
Responde o capitão:
- Desde que existe a «legalidade revolucionária!»…

No momento da prisão do Gen. Kaúlza de Arriaga