sábado, 28 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
não há revoluções gratís!
Um excelente artigo de Opinião de
Rui Ramos, para mais tarde recordar:
« No exterior, o clube
de fãs do Syriza agora vai tentar fingir que este foi apenas mais um caso
de prepotência alemã »
…
só que, já todos
sabemos(?), o que conseguiu o Syriza: em vez da troika, passou a haver
“instituições”; em vez do programa, “acordo”; em vez de credores, “parceiros”;
em vez de austeridade, “condições”. …
à esquerda e à
direita, já muita gente percebeu a “ilusão” encenada por Tsipras e Varoufakis.
Manolis Glezos, o patriarca do Syriza, com um sentido da decência que os seus
correligionários mais novos não têm, pediu entretanto as devidas desculpas ao povo grego.»
mas
neste artigo de opinião também se
fala da Lei Macron na França e do “modelo” do Syrisa: a Venuzuela!
ps: a capa é do unico jornal de
esquerda que não se disfarça de multi-partidário
domingo, 22 de fevereiro de 2015
dicionário do nosso tempo mediático
O que distingue a Grécia da Venezuela? A crise
humanitária. Ou seja, a Grécia vive, no dizer de muitos
jornalistas portugueses, uma crise humanitária. Já a Venezuela, com as
prateleiras vazias, presos políticos e uma criminalidade elevadíssima, que por
sinal afecta e muito a comunidade portuguesa, vai vivendo com
algumas dificuldades,
Quanto a Portugal, é mediaticamente
inquestionável que desde 2011 tem vivido em crise humanitária.
…e que confirmadamente levará os
portugueses a dormir debaixo das pontes ou quiçá a fazê-los regressar às grutas
do vale de Alcântara e da Pedreira da Serafina,
A este grupo de sensíveis juntou-se
agora a legião da sensibilidade
social, conceito mais ou menos vago que na
prática se traduz por usar um linguarejar que não dizendo nada sobre a vida é
um verdadeiro livre-trânsito político-mediático para a bondade.
A austeridade. Aqui está uma palavra a pronunciar como se se estivesse
sofrendo de uma nevralgia. Declarar-se anti-austeridade tornou-se uma
espécie de pensamento mágico. Nesta luta contra a austeridade
os anti-austeritários aproximam-se muito na sua fé daqueles criadores
de produtos virtuais do mundo financeiro que prometem ganhos extraordinários sobre
o nada: um homem sonha, anuncia e o dinheiro aparece.
Curiosamente este grupo é o mesmo do tempo
em que a austeridade
foi revolucionária mas isso aconteceu apenas nos governos de Vasco Gonçalves
que, desde a sua tomada de posse em Junho de 1974 até que deixou o
poder no Verão de 1975, nunca se cansou de falar da necessidade de Portugal e
os portugueses adoptarem uma política de austeridade.
A fome. Antes da presente crise humanitária, aquela a que a
austeridade decidida por pessoas sem sensibilidade social nos conduziu, a fome
era uma referência nos romances neo-realistas e nos versos da
Internacional cantada por comunistas e socialistas nos seus encontros magnos.
No caso dos comunistas o assunto é
mesmo sério pois não se limitam a cantar “De pé, ó vítimas da fome!”
As desigualdades. Mal se pronuncia ou escuta a palavra “desigualdade” deve
fazer-se uma expressão de indignação. Faz parte da ordem mediática que a
desigualdade é uma chaga social, ou seja uma espécie de ferida cruelmente
aberta na sociedade. Não fosse esse iníquo prego da desigualdade cravado no
mundo e nós seríamos todos iguais.
…a condenação obrigatória das
desigualdades não se limita a transformar o comunismo uma espécie de paraíso
perdido da sociedade. Pressupõe também que a desigualdade só existe porque uns
se apropriam do que é dos outros. E mais perversamente ainda que os ricos são
ricos porque ficaram com aquilo que é dos pobres.
Por responder fica sempre esta pergunta:
se formos todos igualmente pobres já não há problema? (in Pequeno dicionário do
nosso tempo mediático por Helena Matos no Observador)
sábado, 21 de fevereiro de 2015
saida de sendeiro…
Recapitulemos:
1 - A promessa eleitoral do Cipras
era que iria renegociar a dívida, obter um perdão substancial e formar uma
coligação de convocasse uma conferência europeia sobre as dívidas soberanas
mas
o acordo diz taxativamente que a República
Helénica se compromete a honrar as suas dívidas e os seus prazos de pagamento.
2 - Cipras proclamou que o memorando
tinha acabado e troika também.
mas
no acordo o que ficou escrito foi que
o “memorando” se passa a chamar Master Financial Assistance Facility Agreement
(MFAFA) ou “o actual acordo” e a troika, nome inventado e propagado pelo
nosso reviralho, muda de nome para “as instituições” que continuarão a ser o BCE,
a CE e o FMI e, claro, os técnicos (da troika) que costumavam visitar Atenas
vão continuar a visitar e a vigiar Atenas.
Quanto ao dinheiro, esse só voltará a
fluir para a República Helénica quando “as instituições” e o Eurogrupo o aprovarem.
2 - Na primeira reunião do Governo
Helénico, realizada com as televisões a transmitirem em directo, foram
anunciadas medidas como o imediato aumento do salário mínimo ou a suspensão das
privatizações.
mas
no acordo com o Eurogrupo, a Grécia
aceitou que não tomará “medidas unilaterais”.
E agora, o que se segue?
Porque o “acordo” é
apenas um pré-acordo, o governo helénico, de extremas direita e esquerda, terá de ser "vendido" aos seus próprios deputados e aos seus votantes.
Algo que para quem leu The Pig’s Farm
de Orwell parece fácil
mas
no
final de Abril haverá nova avaliação, pouco antes de o período de extensão do
financiamento caducar no final de Junho e
em Julho
e Agosto quando a República
Helénica terá de pagar 6.9 mil
milhões de euros dos empréstimos vencidos.
Aqui já
começará a ser dificil aplicar as premonições de Orwell. (JMF in Observador)
Em
Outubro haverá eleições em Portugal, depois serão as da Espanha e antes destas
os eleitores ditarão as da Finlandia…
Até lá…
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
do desemprego
2014
A taxa de desemprego foi
de 13,9% no ano passado, uma diminuição de 2,3 pontos percentuais face a 2013
2013
A taxa de desemprego em 2013
foi de 15,3% abaixo das previsões de 16,3%.
2012
A taxa
de desemprego em Portugal aumentou 0,2 pontos percentuais em Dezembro de 2012 e
atingiu um novo máximo histórico de 16,5%-
2011
A taxa
de desemprego em Portugal subiu para 14% no quarto trimestre de 2011
2010
A taxa
de desemprego atingiu um novo recorde. Fixou-se nos 11,1%, no quarto trimestre,de 2010.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
…dos pequenos e médios (e medíocres)
«Quem não atinge os
50% demonstra “fragilidades significativas”, diz o Helder de Sousa,
explicando que “não é preciso saber matemática” para o fazer…»
De vez em quando espanto-me com o
espanto de certas personalidades!
Claro que a maioria dos menores de
50 anos, não fazem ideia de como, por quem e porquê, foram criadas as Associações,
Federações e Confederações dos “pequenos e médios”.
De resto ainda persistem, e têm
direito a tempo de antena e espaço nos jornais, a Associação Nacional dos Pequenos
e Médios Agricultores, Empresários, Vitivinicultores, Armadores e quase
houve uma dos Pequenos e Médios Investidores que não avançou por ter um
nome “esquisito” para a esquerda, a que tivemos e temos direito, e que entende
que “investidor” é nome “faxista”.
Obviamente que com esta gente só
podiamos ter pequenos e médios jornalistas, professores e similares.
Ainda me lembro dos tempos em foram
admitidos no Ensino Superior com pequenas e médias médias de “sete e meio” como
se fossem a um jogo de “sorte ou azar”…
Leia a entrevista AQUI
e pasme-se
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