segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Para mais tarde recordar... noticas do novo Publico!

Fim do português?

Nove mil assinaturas contra Cambridge

Cerca de nove mil cidadãos de todo o mundo assinaram já a petição contra o encerramento da licenciatura em Português na Universidade de Cambridge, iniciativa da associação de alunos lusófonos daquele estabelecimento de ensino. Um deles, André Almeida, disse ontem à Lusa que os estudantes pretendem angariar dez mil assinaturas para serem entregues à reitora da universidade e ao Departamento de Espanhol e Português, onde está incluído o curso. A petição foi lançada na Internet no início de Janeiro e as assinaturas provêm de países como Portugal, Reino Unido e Brasil. Publico 16Fev07

Democratas?

Antifascistas contra museu da ditadura

A União de Resistentes Antifascistas Portugueses quer impedir a criação do Museu do Estado Novo em Vimieiro, Santa Comba Dão, terra natal de Oliveira Salazar. Para isso vai lançar um abaixo-assinado, que pretende entregar no Parlamento.

O projecto de criação do museu está prestes a ser concretizado pela Câmara de Santa Comba Dão, que já possui um terço dos bens imóveis da herança do antigo ditador e está

a negociar os restantes dois terços.

Segundo o presidente da câmara, “uma sondagem realizada há mais de um ano revelou que 99,8 por cento dos munícipes concordam” com a criação do museu. Publico 16Fev07

Joaquim Oliveira demitiu as direcções do DN e do 24 Horas

Joaquim Oliveira, patrão do grupo da Global Notícias, demitiu ontem as direcções do Diário de Notícias e do 24 Horas, dois dos títulos do grupo. A direcção do “DN” tinha tomado posse há pouco mais de um ano e era formada por António José Teixeira (director) e João Morgado Fernandes, Eduardo Dâmaso e Helena Garrido (directores adjuntos). Pedro Tadeu era o director do 24 Horas.

Oliveira comunicou ontem a decisão a António José Teixeira, alegando os maus resultados do jornal. Segundo o PÚBLICO apurou, o patrão do Diário deNotícias também não estava contente com o produto editorial, tendo feito saber a várias pessoas que pretende um jornal mais popular. O director do jornal revelou também ontem à redacção a decisão do patrão do jornal.

As vendas do DN têm vindo a cair, rondando cerca de 33 mil exemplares.

O grupo Global Notícias é proprietário, além do DN e do 24 Horas, do Jornal de Notícias e de O Jogo. L.A. Publico 16Fev07

Lansana Conté “disposto a tudo” para permanecer no poder na Guiné-Conacri

Um aliado de Nino Vieira na região

Se Lansana Conté cair, Nino Vieira perderá um grande aliado na região que, nos seus momentos difíceis, lhe deu apoio incondicional. Oficialmente, as Forças Armadas da Guiné-Bissau não estão em Conacri, mas há testemunhos e informações na imprensa que apontam para a presença de elementos da força especial de Nino Vieira criada em 1998 e conhecida por “aguentas” treinados em Conacri. Publico 16Fev07

Ministro Vieira da Silva mantém promessa de criar 150 mil empregos O ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, manteve hoje a promessa de criação de 150 mil postos de trabalho, justificando o optimismo com a "recuperação da economia".

Vieira da Silva disse que "o objectivo que o Governo fixou mantém a actualidade" e defendeu que "o movimento de agravamento da situação que se iniciou em 2002 teve, em 2006, uma estagnação". Lusa 17.02.2007

Portugal quer receber as empresas espanholas "de braços abertos", diz Manuel Pinho Em entrevista ao "El País"O ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, afirma hoje, em entrevista ao jornal espanhol "El País", que Portugal precisa de investimento e que o país recebe as empresas espanholas de "braços abertos".

"Portugal necessita de investimento. Recebemos as empresas espanholas de braços abertos", disse o ministro, acrescentando que "Espanha vê com bons olhos o mercado português". Manuel Pinho cita os exemplos da Repsol, que vai investir na petroquímica de Sines 800 milhões de euros, da Abertis, que vai construir no Norte de Lisboa uma plataforma logística, e da La Seda, que também está interessada em Sines. Publico 17.02.2007

Por que é que só se discutiu duas soluções para o novo aeroporto?

Fernando Santo tem muitas dúvidas sobre o novo aeroporto e considera que o Estado tem falta de meios para a manutenção de infra-estruturas

Quando chegarmos ao fim da concessão, daqui a 30 ou 40anos, o aeroporto da Ota estará saturado. E depois vamos para onde? Publico 19.02.2007

A polémica da EPUL

“A EPUL está a ser utilizada como arma de arremesso político.” Fernando Santo é quadro da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa e foi seu director-geral até 2004, altura em que assumiu a função de bastonário da Ordem dos Engenheiros. Não subscreve as suspeitas de corrupção que pairam sobre a empresa.

“A partir do momento em que começou a construir melhor e a ser uma ameaça para os privados, a EPUL começou a ser alvo de ataques”, afirma, defendendo o modelo de negócio que lhe está entregue: a posse de terrenos que são por ela urbanizados com qualidade e ordenamento. “Não há bom ordenamento do território sem ter a posse do terreno. Veja-se no Algarve a diferença entre a Quinta do Lago e Quarteira ou Armação de Pêra para perceber os dois modelos.” Publico 19.02.2007

Veículos híbridos são um perigo para os cegos nas ruas

Os veículos híbridos são perigosos para os cegos, que podem não se aperceber da sua aproximação ao atravessar uma rua. Quem o afirma é José Esteves Correia, presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), acrescentando que o barulho do motor é o principal indicador da aproximação de um carro.

Movidos com duas fontes de energia (gasolina e energia eléctrica de uma bateria, por exemplo), os veículos têm um motor mais silencioso, dificultando a identifi cação de um perigo potencial no meio do ruído normal da cidade. Publico 19.02.2007

Como Pinho fez perder a Agência Internacional de Energia

Economia ignorou sempre a máquina diplomática. Primeiro apoio até foi para candidato japonês.

O Ministério da Economia nunca contactou oficialmente os Negócios Estrangeiros para tratar da candidatura de Portugal à Agência Internacional de Energia, AIE, em nenhum dos momentos em que a intervenção da máquina diplomática era importante, nem nunca chegou a Bruxelas um pedido formal de Lisboa para garantir o apoio da Comissão Europeia e dos Estados-membros da UE à iniciativa portuguesa. Por sua vez, o ministro da Economia, Manuel Pinho, chegou a confidenciar, já depois de conhecido o vencedor, que se sentia aliviado por o processo não ter avançado.

Estes são dados recolhidos nas últimas semanas na investigação do PÚBLICO sobre a forma como o Governo português conduziu a candidatura portuguesa à AIE, que nunca se concretizou. São também dados que contrariam o apoio que o Ministério da Economia diz ter dado à iniciativa, enquanto decorriam os prazos úteis para o efeito, e explicarão a movimentação ocorrida a seguir, na tentativa de uma reabertura do processo. Publico 19.02.2007

Nomeação de Durão Barroso para Bruxelas foi longa e cuidadosamente preparada

Ao contrário do que reza a versão oficial, Durão Barroso não foi escolhido para presidir à Comissão Europeia enquanto último recurso dos líderes da União Europeia (UE) em desespero de causa e de candidato para o posto.

Longe de ter constituído um acontecimento inesperado, a nomeação do então primeiro-ministro português para presidente da Comissão Europeia, no fim de Junho de 2004, encerrou um processo cuidadosamente preparado ao longo de meses.

Reservada a primeiros-ministros no activo ou reformados, a presidência da Comissão é negociada e decidida directamente pelos chefes de Governo.

Não é claro o momento exacto em que a hipótese Barroso começou a fazer o seu caminho. Certo é que Tony Blair, primeiro-ministro britânico, começou vários meses antes a encará-la como uma possibilidade real. Primeiro-ministro em funções, oriundo de um pequeno país aliado, liberal no plano económico, atlantista – incluindo no apoio à guerra do Iraque – e com uma concepção da Europa mais próxima da britânica do que da franco-alemã, o português foi desde cedo considerado por Londres como o candidato ideal. Publico 19.02.2007