segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

congresso da Iniciativa Liberal


 
Alexandre Homem Cristo. A IL é um partido como os outros
Os congressos partidários são momentos nobres de atenção mediática e, por isso, uma oportunidade para um partido se apresentar a quem não o conhece por dentro, criando uma dinâmica de afirmação no seu espaço político — com novas propostas, com novas caras, com nova energia. A Iniciativa Liberal (IL) desperdiçou estrondosamente essa oportunidade.
André Azevedo Alves. IL aposta na continuidade
…importa assinalar que o resultado alcançado pela candidatura liderada por Carla Castro e Paulo Carmona é significativo. A lógica de uma candidata underdog a liderar uma coligação (ainda que ideologicamente muito inconsistente) de descontentes acabou por mobilizar uma parte relevante das bases do partido. Obter 44% contra a solução de continuidade num jovem partido vindo de um forte sucesso eleitoral é um feito assinalável e que deve fazer reflectir Rui Rocha e quem o acompanha, nomeadamente do ponto de vista da reorganização e robustecimento interno do partido.
Raquel Abecasis. As armas e os barões assinalados
Pode ser que amanhã a Iniciativa Liberal consiga voltar ao caminho interrompido e atropelado há dois meses. Pode ser que sim. Mas os últimos meses não foram bons e os últimos dois dias foram péssimos.
Miguel Pinheiro. “Sou um bom partido, imagina inteiro”? Na IL, há muita gente zangada
António Costa estava enganado: a Iniciativa Liberal não guincha, porque o guincho é, segundo o dicionário da Porto Editora, um “som inarticulado”. Mas berra — e berra muito. Quem tenha passado todas as horas deste sábado e deste domingo a ouvir os militantes na convenção da IL percebe que o partido está zangado. É uma zanga que se sente e se ouve de alto a baixo e de ponta a ponta.
Miguel Santos Carrapatoso. A Iniciativa Liberal é um pato
Os dois dias da Convenção liberal confirmaram o tom que dominou toda a campanha. Foi um “lavar de roupa suja” com tudo o que a isso tem direito: claques, acusações de caciquismo, discursos contra os barões, discussões sobre dinheiro dos núcleos, quotas e regras de funcionamento interno, denúncias sobre endogamia partidária, referências à “carneirada”, aos “ignorantes” e aos “paus mandados” que circulam pelo partido, e, cereja no topo do bolo, apupos.